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Brincadeira pode causar acidentes fatais e provocar grandes interrupções de energia
Uma tradição muito popular em nosso país, a prática de “empinar” pipas e papagaios tem divertido muitas gerações de brasileiros ao longo dos anos. O meio do ano geralmente é um período propício para a brincadeira por causa do aumento da incidência dos ventos. Mas a Cemig vem, mais uma vez, alertar a respeito do lado negativo dessa diversão: apesar de parecer inocente, soltar pipas próximo às redes de energia elétrica pode trazer transtornos para as pessoas, ocasionando desligamentos emergenciais e ainda causar acidentes graves e até fatais com a população.
Em maio desse ano, um gravíssimo acidente levou uma vítima à fatalidade em Barbacena, no Campo das Vertentes, quando uma linha chilena, que é proibida por lei, provocou o rompimento de um cabo da rede elétrica que caiu no exato momento em que um motociclista passava pelo local. A piloto da motocicleta levou um choque elétrico e não resistiu, vindo a falecer.
Somente nos cinco primeiros meses deste ano, ocorrências relacionadas a pipas prejudicaram mais de 285 mil clientes em Minas Gerais com falta de energia. Apenas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, essa brincadeira deixou 179 mil clientes sem luz. Em 2020, incidentes com pipas causaram 2796 ocorrências na área de concessão da Cemig, que prejudicaram cerca de 740 mil clientes.
O gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, alerta que nunca se deve tentar resgatar pipas presas na rede elétrica, pois o risco de acidentes é muito grande "As redes de distribuição, de transmissão e as subestações da Cemig são construídas dentro dos padrões das normas técnicas brasileiras com características e distanciamento que são seguros. Dessa forma, a aproximação indevida e o uso de cerol e linhas chilena tem sido o motivo dos principais acidentes com a rede elétrica da companhia", alerta.
João José Magalhães também destaca que os pais devem orientar seus filhos a praticar esse tipo de brincadeira em locais descampados e longe da rede elétrica. “Em ambientes urbanos é muito difícil termos locais sem rede elétrica aérea. Dessa forma, os pais devem procurar locais afastados e que não possuam fiações próximas. Além disso, o uso de cerol ou linha chilena pode causar acidentes tanto para a própria pessoa que está brincando quanto para outras pessoas, principalmente motociclistas, como o caso de Barbacena este ano. Um outro ponto de atenção é que algumas crianças, jovens ou adultos sobrem em lajes para soltar pipas incluindo o risco de quedas que também podem ser fatais”, destaca o gerente de Saúde e Segurança da Cemig.
O cerol e a linha chilena são proibidos em Minas Gerais pela Lei 23.515/2019, que prevê a aplicação de multas as pessoas que estão manuseando ou comercializando esses itens, além da possibilidade de incriminar os responsáveis pela sua utilização.
“Um outro ponto é quando as pipas ficarem presas em árvores nunca se deve tentar subir para retirar. Ao subir nas árvores para retirar a pipa as pessoas não observam a rede elétrica e acabam tocando, sofrendo choque elétrico seguido de queda o que, na maioria das vezes, se torna um acidente fatal.”
Fios partidos: cuidado, risco de choque elétrico iminente!
Além disso, o gerente da Cemig destaca que as pessoas não devem jamais se aproximar de fios partidos. “Caso as pessoas se deparem com um fio partido, elas não podem se aproximar ou tocar no cabeamento e, se possível, não devem permitir que outras pessoas se aproximem também.
A recomendação é telefonar imediatamente para o Fale com a Cemig, no telefone 116, que funciona 24 horas por dia e acrescenta que mesmo se a pessoa achar que o cabo é de telecomunicações a recomendação é a mesma porque nem sempre as pessoas leigas conseguem identificar se o cabo é de energia ou de telecomunicações ou se o cabo de telecomunicações está tocando a rede elétrica e, com isto ficando energizado”, afirma. O especialista ressalta, ainda, que somente os profissionais autorizados pela companhia podem fazer intervenções na rede elétrica.
O ano passado representou um momento decisivo para a descarbonização global, o que é positivo para todas as tecnologias de carbono zero. Anúncios recentes de metas de emissões líquidas zero de países como a China, o Japão, Coréia do Sul e Canadá, juntamente com a retomada do compromisso dos Estados Unidos com o Acordo de Paris, mostram que, agora, não tem mais como desacelerar as políticas para enfrentar o aquecimento global.
O hidrogênio verde é um dos principais beneficiados, já que assume a frente de outros métodos de produção de gás. Na verdade, a produção de baixo carbono baseada na eletrólise agora representa 67% do oleoduto geral de hidrogênio. O interesse pelo hidrogênio verde está disparando inclusive entre as principais empresas de petróleo e gás.
O Pacote de Recuperação Verde da União Europeia, anunciado no ano passado, destina 150 bilhões de euros para o hidrogênio verde.
Como resultado direto, a Europa está atualmente impulsionando o crescimento, representando 79% do gasoduto geral de hidrogênio com baixo teor de carbono. No entanto, com 17 países (incluindo Japão, Coréia do Sul e Canadá) tendo anunciado alguma estratégia para o hidrogênio e a tendência global para metas líquidas zero, esse domínio provavelmente será temporário.
“O hidrogênio verde é o combustível mais limpo do mundo, já que não emite gases poluentes, nem durante sua combustão e nem durante o processo de produção. A descarbonização do planeta é a saída apontada por todos nós, cientistas, para chegarmos em 2030, 2050, mantendo um crescimento da temperatura global em menos de 2%, emitindo no máximo 1,6 toneladas de carbono por segundo – contra os 5,2 toneladas emitidas no mundo hoje”, explica o diretor técnico do Instituto Internacional Arayara, Juliano Bueno de Araújo, que é engenheiro e possui doutorado em Riscos e Emergências Ambientais.
Entenda melhor como funciona
O hidrogênio verde poderia praticamente eliminar as emissões usando energia renovável para alimentar a eletrólise da água. Com a eletrólise, tudo que você precisa para produzir grandes quantidades de hidrogênio é água, um grande eletrolisador e suprimentos de eletricidade.
Se a eletricidade vem de fontes renováveis, como eólica, solar ou hídrica, o hidrogênio é efetivamente verde. As únicas emissões de carbono são daquelas referentes à infraestrutura de geração.
Finalmente, a principal vantagem do hidrogênio é que ele atua como uma forma versátil de energia armazenável. O chamado ‘Power-to-X’ – que transforma eletricidade em hidrogênio verde – é crucial para maximizar a eficiência de fontes de energia renováveis como a eólica e solar.
Teoricamente, existem muitas coisas úteis que você pode fazer com o hidrogênio verde, como adicionar ao gás natural e queimar em usinas termelétricas ou de aquecimento urbano. Outra forma de utilizar é como um precursor para outros transportadores de energia, da amônia aos hidrocarbonetos sintéticos, ou para alimentar células de combustível diretamente em carros e navios, por exemplo.
O hidrogênio verde também pode simplesmente substituir o hidrogênio industrial que é feito todos os anos a partir do gás natural.
É extremamente versátil, permitindo não só descarbonizar áreas como transporte e aquecimento, onde as energias renováveis têm potencial, mas também descarbonizar processos industriais que não podem ser convertidos em eletricidade.
“As mudanças climáticas requerem atenção urgente. Se continuarmos a produzir CO2 nos níveis atuais, em dez anos iremos ultrapassar o limite tolerável e, assim, teremos que arcar com consequências climáticas devastadoras, aumentando os custos alimentares e a disponibilidade hídrica para o consumo humano e de animais a números alarmantes”, complementa o diretor da Arayara.
Descarbonizar é a bandeira mundial. É a bandeira da nova economia. É a oportunidade única que temos para transformar o mundo. Portanto, esse combustível altamente democrático e sustentável, que é o hidrogênio verde, reflete tudo aquilo que a nossa sociedade tanto necessita hoje”.
O possível protagonismo do Brasil
Você conhece as vantagens que o Brasil oferece para o desenvolvimento do hidrogênio verde?
Em termos gerais, para produzir hidrogênio verde a partir da eletrólise, são necessárias água doce e uma fonte de energia renovável. O Brasil possui recursos naturais, fontes de água significativas e potencial solar, eólico e de biomassa inexplorado que podem ser usados no processo de eletrólise. Nosso país também tem potencial para produzir hidrogênio a partir do etanol, com uma indústria consolidada de etanol de cana.
Dados do Hydrogen Council, apontam que a produção e exportação do hidrogênio deverá responder, em 2050, por 20% de toda a demanda de energia global, gerando um mercado de US$ 2,5 trilhões. Como o Brasil tem cerca de 80% da sua matriz elétrica renovável, pode se tornar um dos grandes protagonistas desse mercado.
Hoje, o país tem um dos menores custos marginais para geração de energias renováveis e isso é fundamental para barateamento do processo de eletrólise. Fontes como solar, eólica, biomassa, biogás e etanol entram no rol de opções para geração de hidrogênio verde.
Países como a Alemanha já querem o Brasil como parceiro para importação de hidrogênio verde. O olhar especial dos alemães pelo país se justifica também porque 60% das empresas alemãs que trabalham no desenvolvimento de hidrogênio verde têm subsidiárias no Brasil e 95% das companhias globais também têm subsidiárias no país.
O principal objetivo do uso do hidrogênio é descarbonizar a economia e, por isso, faz sentido usar o tipo de hidrogênio que oferece o maior benefício ambiental.
Hidrogênio verde avança na América Latina
Vários países contribuem para o crescente interesse pelo hidrogênio verde em toda a região da América Latina, incluindo Brasil, Chile, Bolívia e Uruguai.
Na Bolívia, o Ministro de Hidrocarbonetos e Energias, Franklin Molina, informou a promoção de um plano estratégico para a geração de hidrogênio verde.
Poucos detalhes do plano foram divulgados, mas um comunicado do ministério afirma que seu objetivo é aumentar o potencial energético da Bolívia e contribuir para a redução de suas emissões de gases de efeito estufa, incluindo um planejamento para a introdução do hidrogênio verde.
A previsão é que se construa um pólo de energia alternativa em que o hidrogênio seja um componente, também promovendo a geração de renováveis, solar, eólica, hídrica, geotérmica e biomassa.
Um grupo chileno também está trabalhando em um fundo de 300 milhões de dólares para impulsionar o desenvolvimento do hidrogênio verde como uma ferramenta na transição para uma energia mais limpa.
A Fundación Chile, uma organização público-privada sem fins lucrativos focada no desenvolvimento sustentável, está arrecadando fundos para investir em projetos de hidrogênio verde que estão a dois ou três anos de serem lucrativos. O lançamento está previsto para o próximo ano.
Índice de vacinação vem caindo; ONG Prematuridade.com faz alerta
O medo de contágio pelo coronavírus fez com que muitas pessoas adiassem tratamentos, consultas de rotina e interferiu também em outra importante questão: a vacinação. A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que ao menos 80 milhões de crianças no mundo estão sob risco de contrair uma doença evitável por conta da queda na taxa de imunização. A situação é ainda mais preocupante no caso dos bebês prematuros, alerta a fundadora e diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.
"A vacinação é fundamental em qualquer circunstância, sobretudo para os prematuros, que são mais suscetíveis à doenças e infecções. Os bebês prematuros inspiram cuidados especiais, pois costumam apresentar baixa imunidade e sistema respiratório mais frágil", fala.
Análise inédita do Ieps (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), com base em dados do Ministério da Saúde atualizados até o dia 4 de abril, mostrou que menos da metade dos municípios brasileiros atingiu a meta estabelecida pelo PNI (Plano Nacional de Imunizações) para nove vacinas. A maior redução foi da cobertura da vacina contra a hepatite B em crianças de até 30 dias. De 2019 a 2020, caiu de 78,6% para 62,8%. A tríplice viral primeira dose (contra sarampo, caxumba e rubéola) teve redução de 15 pontos percentuais. Já a queda de cobertura da vacina que protege contra poliomielite caiu de 84,2% para 75,9%. Em 2015, o país tinha registrado cobertura de 98,3%. Para obter imunidade coletiva, é necessária uma cobertura de 95%.
Outra pesquisa, do Ibope Inteligência, apontou que 29% dos pais adiaram a vacinação dos filhos desde o início da pandemia, e 9% disseram que só pretendem levá-los para a imunização quando a situação melhorar. "É uma situação muito preocupante, pois diversas doenças que estavam erradicadas, graças ao nosso exitoso PNI, podem voltar. Além disso, o calendário de vacinação do prematuro é especial, como os próprios pequenos. Manter a imunização desses bebês em dia, mesmo na pandemia, é garantia de proteção contra muitas doenças e infecções", pontua Denise.
Além da pandemia, que trouxe impacto à procura pelas vacinas, outro ponto de entrave, no que diz respeito à imunização dos prematuros, é a falta de conhecimento da segurança e da resposta imunológica em recém-nascidos com este perfil. "É muito importante que os profissionais de saúde orientem corretamente as famílias, ressaltando a necessidade de manter o calendário vacinal do prematuro em dia, a fim de garantir mais saúde e qualidade de vida ao seu bebê", conclui Denise.
Vacinas
O calendário de vacinação dos bebês prematuros se equivale, em geral, ao esquema de vacinas da criança que nasceu à termo, com exceção da vacina BCG-ID (que evita formas graves de tuberculose). Para aplicação dessa, o prematuro deve atingir o peso de 2 kg e, principalmente, ter a avalição do neonatologista que o acompanha. Também é preciso aplicar um reforço a mais da vacina para hepatite B um mês após a primeira dose (esquema 0-1-2-6 meses).
Quando falamos de prematuros, é importante lembrar do palivizumabe, que não é uma vacina, mas uma imunoglobulina – um tipo de anticorpo "pronto" que induz imunização passiva específica contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Esse vírus pode causar a bronquiolite, infecção que pode ser muito grave em bebês pré-termo. Além de cuidados básicos, como higienização das mãos, manter locais ventilados e evitar aglomerações, o palivizumabe é a única forma disponível, hoje, para a prevenção de quadros graves de infecções respiratórias em lactentes.
Esse imunobiológico é disponibilizado para bebês prematuros, cardiopatas e com displasia broncopulmonar através da rede pública e deve ser tomado em doses mensais, até cinco doses, nos meses em que o vírus tem maior circulação na região em que o bebê vive. As regiões Norte e Nordeste apresentam maior circulação do vírus já em janeiro ou fevereiro. Regiões Sudeste e Centro-Oeste, inicia em março e abril e, na região Sul, começa entre abril e maio.
Outra particularidade da vacinação dos prematuros é o uso de vacinas acelulares, que oferecem proteção para mais de uma doença com a aplicação de uma única injeção. Elas são compostas apenas pelas proteínas responsáveis por gerar a resposta imune, fazendo com que os efeitos colaterais sejam menores.
Há duas vacinas que entram nessa categoria: a pentavalente e a hexavalente acelulares. A primeira protege contra cinco tipos de doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza B e hepatite B). Já a segunda, contra seis (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza B, hepatite B, contando ainda com a vip - a vacina inativada da poliomielite).
Boas notícias
Desde janeiro desse ano, as vacinas pentavalente e a hexavalente acelulares foram incorporadas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs). A finalidade desses centros de atendimento especializado é facilitar o acesso de pessoas com necessidades específicas de imunização, disponibilizando ampla gama de vacinas, soros e imunoglobulinas, gratuitamente, e que não são oferecidos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) ou o são apenas para faixas etárias restritas.
Vacinas como a pentavalente e a hexavalente acelulares são destinadas a populações específicas, como os bebês prematuros, mas sua disponibilidade ainda é pouco conhecida.
As vacinas combinadas disponíveis nos CRIEs têm como benefícios menos efeitos colaterais para o bebê, o que contribui também para a adesão ao esquema vacinal. Todo estado brasileiro tem pelo menos um CRIE em atividade – ao todo, são 52 unidades. "Esses centros têm um papel muito importante para garantir a saúde dos nossos bebês e crianças, por isso, precisamos reforçar a existência deles, onde eles se localizam e que serviços oferecem", salienta Denise.
No link https://prematuridade.com/index.php/noticia-mod-interna/saiba-onde-estao-os-cries-no-pais-9277, é possível verificar os endereços dos CRIEs pelo Brasil.
A fundadora da ONG Prematuridade.com lembra que, para proteger o bebê, não apenas ele precisa estar com as vacinas em dia, mas também todas as pessoas de sua convivência. "É fundamental que pais, avós, tios, enfim, todos que estão próximos ao bebê também estejam imunizados, para garantir proteção integral à saúde do pequeno", reforça.
No dia 20 de julho, às 19h, a importância da imunização do bebê prematuro será tema de live promovida pela ONG Prematuridade.com, com transmissão no Youtube (https://youtube.com/c/Prematuridade) e Facebook (Facebook.com/prematuridade).
Sobre a ONG Prematuridade.com
A Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com, é a única organização sem fins lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção da prematuridade, à educação continuada para profissionais de saúde e à defesa de políticas públicas voltadas aos interesses das famílias de bebês prematuros.
A ONG é referência para ações voltadas à prematuridade e representa o Brasil em iniciativas e redes globais que visam o cuidado à saúde materna e neonatal. A organização desenvolve ações políticas e sociais, bem como projetos em parceria com a iniciativa privada, tais como campanhas de conscientização, ações beneficentes, capacitação de profissionais de saúde, colaboração em pesquisas, aconselhamento jurídico e acolhimento às famílias, entre outras.
Atualmente, são cerca de 5 mil famílias cadastradas, mais de 150 voluntários em 21 estados brasileiros e um Conselho Científico Interdisciplinar de excelência. Mais informações: https://www.prematuridade.com/
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