sexta-feira, 26 de julho de 2019
CBMM realiza cadastro socioeconômico para aprimorar Plano de Ação de Emergência em Barragens
Em
continuidade às ações previstas para o aprimoramento do seu Plano de Ação de
Emergência em Barragens, a CBMM iniciaará, no dia 29 de julho, o cadastro
socioeconômico para identificação, qualificação e registro de todos os
imóveis, edificações rurais, comerciais, públicas ou privadas, localizados no
vale abaixo das barragens da Companhia, que não passa pela zona urbana de
nenhum município. Este procedimento, recomendado pela Defesa Civil e Corpo de
Bombeiros, tem o objetivo de garantir a segurança dos moradores e atender às
novas exigências da legislação sobre barragens. O cadastramento será realizado
por agentes da “Integratio Mediação Social e Sustentabilidade”, com o apoio do
Corpo de Bombeiros de Araxá. A Integratio é uma empresa especializada na
consultoria de Projetos de Sustentabilidade, Gestão de Relacionamentos e
Mediação Social, que atua facilitando o diálogo e as parcerias entre empresas,
instituições, sociedade civil e autoridades. A CBMM reafirma que todas as suas
barragens estão em condições estáveis, inclusive com fatores de segurança acima
dos recomendados pelas normas técnicas e exigidos pela legislação vigente. As
barragens passam por verificações técnicas periódicas, monitoramento e
manutenções constantes, visando garantir o desempenho esperado e as condições
de segurança. Mais do que cumprir as legislações vigentes, a CBMM reforça o seu
compromisso com a segurança da comunidade e trabalha de forma proativa, junto
aos órgãos competentes, na Gestão de Segurança de suas Barragens.
quinta-feira, 25 de julho de 2019
Para dobrar o tamanho da empresa, CBMM vai investir 5 bilhões até 2025
O anuncio foi feito oficialmente na manhã do último dia 19
de julho ( sexta-feira), na sede da empresa em Araxá, pelo Diretor Industrial, Rogério Contato, e pelo Diretor
Comercial, Adalberto Parreira, durante reunião com a imprensa local. Notícia
que o JORNAL INTERAÇÃO, já havia adiantado na edição 838 de 14 de junho deste ano. O desafio de acordo com Rogério Contato, “se
trata de um projeto arrojado de um plano de expansão, que já foi iniciado pela
mineradora”. De acordo com o Diretor
Industrial, “a meta é dobrar o tamanho da empresa nos próximos seis anos. Serão investidos neste período em torno de R$
5 bilhões de reais, com o objetivo de ampliar a comercialização do produção no
mercaado de 90 mil toneladas por ano ,
para 130 mil toneladas de nióbio por ano. Com a nova estratégia, a CBMM também irá
promover ações específicas para a comunidade araxaense, com foco nas crianças,
jovens e adolescentes – gerações que
representam o futuro”. Ainda de acordo
com os diretores da mineradora, “a CBMM vai
priorizar projetos, iniciativas
culturais e educativas que possam
fomentar a formação dessas novas gerações do futuro, buscando uma melhor
qualidade de vida para as pessoas e a cidade de Araxá, levando-se em conta a
saúde, educação, urbanbização e o meio ambiente, ” disse Rogério Contato. A CBMM, também informou que no ano de 2018,
foram investidos mais de R$ 34,1 milhões no desenvolvimento social de
Araxá; R$ 9,1 milhões em saúde e R$ 28,3
milhões em cultura e educação. Atualmente a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração
responde pelo abastecimento de 82% do
mercado mundial de nióbio. A retormada de obras, serviços e geração de novos
postos de trabalho na CBMM, se deu a partir
do ano passado ( 2018), após o mercado mundial de nióbio ter sofrido uma retração
significativa em 2016. Com o projeto de expansão em andamento, a direção da
empresa pretende construir 14 novas
fábricas e com isso consolidar-se no pleno atendimento da demanda
mundial do nióbio e também ampliar os investimentos agregados em pesquisas e
novos projetos de aplicação de seu produto ( nióbio). Ainda durante o encontro com representantes da
imprensa araxaense, os diretores da CBMM apresentaram outros números relevantes,
de ações, projetos e parcerias com o município de Araxá, entre eles a distribuição de 1,4 milhão de mudas para
recuperação ambiental em áreas da cidade. Finalizando, o Diretor Industrial da
CBMM, Rogério Contato, agradeceu a presença de todos e disse que, “ nesta nova fase, a companhia está buscando a diversificação do
mercado com novas aplicações do nióbio como por exermplo, na mobilidade elétrica,( baterias para
véiculos entre outros). “O compromisso nosso com o mercado é muito
forte, muito grande, e não há como fazer crescimento sem ter credibilidade”.
sexta-feira, 12 de julho de 2019
O adeus a Zé Duarte:
Morreu
ex-prefeito e ex- deputado araxaense José Duarte
Faleceu nó último
dia 11 de julho ( quinta-feira ), na capital mineira, o ex-prefeito de Araxá e
ex-deputado estadual, o advogado José Rodrigues Duarte, aos 83 anos. Uma das últimas entrevista do saudoso Zé
Duarte, foi feita pela edição de estreia da
REVISTA ARAXÁ em dezembro e 2015.
A companhe:
“Na história
dos 150 anos de Araxá, na minha visão, um dos fatos marcantes que certamente
considero a maior revolução econômica da cidade, vou descrever agora. Ao
assumir a presidência da Associação
Comercial e Industrial de Araxá (ACIA) no ano de 1969, passei a freqüentar São
Paulo com certa regularidade à procura do Grupo Itaú, sabendo do interesse
deles na exploração do fosfato natural. Ao ser nomeado prefeito de Araxá em
1971, pelo então governador do Estado de Minas Gerais, Rondon Pacheco, um
vocacionado pela industrialização do Estado, as negociações com o Grupo
Paulista (Itaú) no sentido da mineração do nosso fosfato se intensificaram.
Ainda em ambiente de desilusão da população araxaense da época, contaminada por
placas nas ruas esburacadas, pobreza, desemprego, desalento social, onde se
espelhava aquela máxima: “Quem sair por último da cidade, apague as luzes”. E
após as medidas preliminares, nós partimos para a capital mineira (Belo
Horizonte), onde, ao lado de vários conterrâneos de Araxá, testemunhamos a
assinatura de 100 milhões de dólares apara o financiamento do Complexo Araxá
Fertilizantes – Arafértil (hoje Vale). Eram tempos de ditadura militar, tempos
difíceis, e Araxá vivia um ambiente de descrença, pessimismo e desconfiança dos
conterrâneos. Mas com aquela ação, recebemos, no gabinete da prefeitura de
Araxá, o emissário da empresa com alguns pedidos entre os quais estavam:
“precisamos de mão de obra urgentemente e 150 alqueires de terra para a
implantação do Complexo Industrial em Araxá. Diante de eminente pedido, como
prefeito, enviei em regime de urgência, à Câmara Municipal, um projeto de lei
criando um centro de treinamento de mão de obra especializada, por intermédio
de Fundação Educacional Agro Industrial, em convênio com o Programa Intensivo
do governo Federal.
“Levanta casa,
derruba casa”
Pedreiros, eletricistas, encanadores, carpinteiros foram urgentemente
preparados, treinados, diplomados e aptos para o trabalho que exigia o complexo
de Araxá. O governador Rondon autorizou-me a negociar as terras da Hidrominas,
abrindo o processo de compra e vende das mesmas. O ronco das pesadas máquinas
dos caminhões fora de estrada, a movimentação dia e noite de trabalhadores
egressos dos mais variados cantos do País assustavam os moradores da então
pacata e humilhada Araxá, ainda sem água nas torneiras de suas casas,
aguardando caminhões-pipa do DER com água do Barreiro. E tempo correu e surge o
grande complexo industrial, com 6.000 empregos diretos e indiretos, mudando
definitivamente a história econômica e social de Araxá. É oportuno relembrar
que durante as negociações para viabilizar o empreendimento, exigimos a
conciliação do projeto com o complexo hidrotermal do Barreiro. O governador
Rondon exigiu o maior afastamento possível do complexo industrial do Grande Hotel do Barreiro. Já na constituição
de 1989, como constituinte, apresentei duas propostas sobre o assunto, ambas
aprovadas e inseridas no teto constitucional. A primeira, obrigando a todas as
mineradoras do Estado de Minas Gerais a recompor imediatamente as áreas
mineradas e a segunda, o tombamento, para fins de conservação, do complexo hoteleiro e hidrotermal do Barreiro de Araxá.
(Art.84 das disposições constitucionais). A obrigação legal de fiscalizar o
cumprimento da constituição e das leis também está prevista na própria
constituição. O semblante cabisbaixo, sem esperança, humilhado de nossa gente
mudou-se para um sorriso aberto, confiante e cheio de esperança. Confirmada a
sábia sentença do saudoso jurista Sobral Pinto: “A esperança morre cinco
minutos depois da morte”. Por isso essa minha visão de Araxá, em 150 anos de
história, e também minha homenagem.”
(Reportagem Armindo Maia) - FONTE:
Revista Araxá – dezembro de
2015
Em nota a Prefeitura
de Araxá lamentou a morte de Zé Duarte e decretou luto por tres dias.
O sepultamento de José Rodrigues Duarte, foi em Belo
Horizonte, onde viveu os últimos 6 anos ao lados da família.
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