terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

TOSTÃO 70:



Maior artilheiro da história do Cruzeiro, craque Tostão celebrou aniversário de 70 anos

                                                          
O maior artilheiro da história do Cruzeiro com 245 gols em 383 jogos, o craque Tostão – batizado Eduardo Gonçalves de Andrade – comemorou no último dia 25 de janeiro de 2017,  quarta-feira aniversário de 70 anos. Nascido em 25 de janeiro de 1947, em Belo Horizonte, o ex-ponta-de-lança começou a jogar futebol profissionalmente pelo América, em 1963, quando tinha 16 anos. Nessa época, a Raposa contratou o promissor jogador, que viria a se tornar grande ídolo do clube e a ser presença importante na Seleção Brasileira. Por causa de uma bolada no olho esquerdo – em dividida com o zagueiro corintiano Ditão num jogo pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 24 de setembro de 1969 –, Tostão sofreu descolamento da retina e precisou parar de jogar futebol quatro anos mais tarde, mesmo tendo passado por tratamento nos Estados Unidos. Da estreia em 1963 à despedida em 1973, Tostão ficou conhecido pela excelente visão de jogo e pelo vasto repertório de lances. Quem o acompanhou “in loco” pôde ver um atleta habilidoso, inteligente e de grande capacidade de finalização. Canhoto, ele gostava de percorrer toda a extensão de campo para participar da troca de passes da equipe e da construção dos ataques. No Cruzeiro, Tostão vestia a camisa 8, enquanto o amigo Dirceu Lopes, com quem fez parceria de muito sucesso, era o número 10. Foram eles os líderes do time que encantou o Brasil em 1966, na épica conquista da Taça Brasil sobre o Santos do Rei Pelé. No dia 30 de novembro daquele ano, a equipe celeste recebeu o Peixe no Mineirão e ganhou de goleada por 6 a 2. Uma semana depois, tornou a ganhar o confronto – dessa vez no Pacaembu, em São Paulo – por 3 a 2. Nessa competição, Tostão marcou quatro gols. A “era Tostão” ficou marcada por grande supremacia do Cruzeiro em Minas Gerais. Com ele em campo, o time estrelado ganhou por cinco vezes seguidas o Campeonato Mineiro: 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969, sendo os dois últimos de maneObviamente que as grandes atuações pelo Cruzeiro proporcionaram a Tostão lugar cativo na Seleção Brasileira. Foram 36 gols marcados em 65 partidas vestindo a amarelinha. Na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, o jovem de 19 anos anotou o tento de honra do Brasil no revés por 3 a 1 para a Hungria, na fase de grupos. No Mundial de 1970, disputado no México, o craque foi improvisado no ataque, como espécie de pivô, e teve papel tático fundamental, abrindo espaço para Jairzinho e Pelé se aproximarem das metas rivais. Com a camisa 9, Tostão fez dois gols no triunfo por 4 a 2  sobre o Peru, pelas quartas de final da competição. Na decisão da Copa de 1970, contra a Itália, Tostão foi o responsável por roubar a bola no campo de defesa e iniciar a mais famosa troca de passes da história do futebol. Com direito a show de dribles do volante Clodoaldo e assistência precisa de Pelé, o lateral Carlos Alberto Torres, falecido em 2016, bateu cruzado no canto direito do goleiro Dino Zoff e fechou a vitória brasileira em 4 a 1. Uma curiosidade é que Tostão sempre recusou prêmios oferecidos pelo governo federal aos campeões de 1958, 1962 e 1970 por compreender que dinheiro público só pode seria gasto com a população de modo geral. Por conta dessa conduta, acabou recebendo críticas de ex-colegas de Seleção.

Dr. Eduardo

As complicações causadas pela bolada no olho esquerdo interromperam a trajetória de Tostão no futebol. Aos 26 anos, depois de curta passagem pelo Vasco, o jogador anunciou o fim da carreira. Ele havia sofrido, à época, novo descolamento de retina e passou pelo mesmo tratamento em Houston, nos Estados Unidos. A orientação do médico Roberto Abdalla Moura, responsável pelas cirurgias (em 1969 e 1973), era que o atleta deixasse de jogar, pois corria o risco de ter uma recidiva.
ira invicta.  Tostão, então, partiu para um novo caminho: o da medicina. No livro Tempos vividos, sonhados e perdidos: Um olhar sobre o futebol, ele conta que em 1974 – quatro anos depois de ter sido titular da Seleção Brasileira tricampeã mundial – conseguiu aprovação para os cursos de medicina, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e fisioterapia, da Faculdade de Ciências Médicas.

“(...) Escolhi a medicina por várias razões. Tinha uma grande curiosidade de entender e conhecer os segredos do corpo, da alma, da vida e da morte. Mas aprendi nos livros de Dostoiévski, Sartre, Camus, Machado de Assis, Hermann Hesse, Freud e outros, e nas poesias de Pessoa e Drummond, muito mais da vida e da morte do que na medicina e na dissecação de cadáveres (...)”.

“(...) A profissão de médico é sedutora, traz prestígio social e possibilita ajudar as pessoas, além de interferir na doença e no destino dos pacientes. Sentia-me importante como ser humano. Tinha também uma boa relação pessoal com médicos e com pessoas ligadas à profissão. Era o início da descoberta de um novo mundo (...)”.

Tostão cursou medicina na UFMG de 1975 a 1981. Posteriormente, tornou-se professor da Faculdade de Ciências Médicas e médico da Santa Casa. Por 20 anos, dedicou-se exclusivamente à área da saúde e teve pouco tempo para acompanhar futebol. Somente no fim da década de 1990 é que largou a medicina para virar cronista esportivo.

Cronista esportivo

O intelecto de Tostão também foi aproveitado em análises futebolísticas. Por muitos anos, o ídolo do Cruzeiro foi colunista do Estado de Minas, cujos textos viraram referência na parte acadêmica do jornalismo. Atualmente, ele escreve duas vezes por semana para a Folha de S. Paulo e costuma analisar esquemas táticos, filosofias de jogo e assuntos relativos à Seleção Brasileira, entre outros temas. Além de Tempos vividos, sonhados e perdidos: um olhar sobre o futebol, lançado em 2016, Tostão publicou em 1997 a obra Tostão – Lembranças, Opiniões e Reflexões sobre Futebol.

Tostão


Nome: Eduardo Gonçalves de Andrade
Data de nascimento: 25/01/1947
Naturalidade: Belo Horizonte
Clubes: América (1963), Cruzeiro (1963 a 1972) e Vasco (1972 a 1973)
Gols: Cruzeiro (245), Seleção Brasileira (36), Vasco (7), Seleção Mineira (2), Seleção do Rio de Janeiro (1) e América (1).
Títulos: Taça Brasil (1966), Campeonato Mineiro (1965, 1966, 1967, 1968, 1969), Copa do Mundo (1970), Copa Rocca (1971) e Taça da Independência (1972)
Artilharias: Mineiro 1966 (18 gols), Mineiro 1967 (20 gols), Mineiro 1968 (20 gols), Taça de Prata 1970 (12 gols) e Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970 - Zona Sul-Americana (10 gols)

sábado, 25 de fevereiro de 2017

COLUNA DO ' AGRICULTOR DAS LETRAS':






Veja só o que o tempo faz
João Bosco Félix
‘Passei a mão na cabaça d’água e na palia de pito
Com meus bois eu dei um grito pra começa a ‘trabaiá’
Chamei meu cachorro valente e o guia Vicente pra nós mais cedo chegar lá.

Eu que era o carreiro, fui saindo bem ligeiro com o carro carregado
Era o carro de boi cantando
 e eu com os bois conversando e em pouco tempo descarregando.

Era uma vida muito dura, levava cana e trazia rapadura, mais meu Deus como era ‘bão’ aquelas estradas de terra, subia e descia a serra tudo isso não podia acabar
Quando eu me lembro da vontade de chorar.

Sei que não volta nunca mais, vejam só o que tempo faz.
Sei que estou velho e tristonho, mais não me esqueço do velho Tonho que me ensinou a carrear.

Meu carro de boi parou faz tempo.
Chuva poeira e vento, tudo isso se acumulou, e olha amigo, esse carro foi herança do meu avô
É madeira de primeira e debaixo da comunheira pra sempre ele vai ficar
Pode falar o quiser morre eu e morre a ‘muié’ e o carro de boi sempre  continuará em pé.’


HOJE TEVE RODADA DO CAMPEONATO MINEIRO:



Galo vence Democrata em tarde de folia e segue disparado na liderança
O Atlético bateu o Democrata de Governador Valadares, em tarde de muito calor destesábado de carnaval, por 3 a 2, em confronto válido pelo Campeonato Mineiro. O resultado mantem o Galo na liderança isolada do torneio estadual, com 15 pontos.
O Galo venceu o Democrata mas encontrou algumas dificuldades durante a partida. O Atlético saiu na frente, no primeiro tempo, com um gol do atacante Fred. Na volta do intervalo sofreu o empate, mas conseguiu fazer outros dois. No fim, levou outro que assustou. O Galo volta a campo na quarta-feira, pela Primeira Liga, contra a Chapecoense.

Primeiro Tempo
O Galo chegou na primeira vez com grande perigo. Em descida com velocidade, Robinho tentou o lançamento para Fred, mas a defesa estava esperta e ficou com a redonda. O jogo começou equilibrado, o Atlético fazia um jogo tranquilo, mas o Democrata não assustou com o tamanho do oponente. Detalhe para a boa partida que Otero fazia ate o momento. Aos 19 minutos o Galo abriu o marcador. Em cruzamento na área, o artilheiro antecipou e aproveitou a bola mandada por Robinho para colocar no canto direito do arqueiro Ramon e dar o primeiro tento atleticano.
O Galo se mostrava um time eficiente, tinha velocidade e conseguia trocar passes e se mostrava uma equipe complicada de ser marcada. O Democrata tentava impor sua força como mandante, mas não tinha técnica suficiente para superar o alvinegro de Belo Horizonte. Logo no fim do primeiro tempo, Marcos Rocha fez jogada individual, mas parou nas mãos do goleiro Ramon que mandou a bola para escanteio. 

Segundo tempo
A Pantera voltou decidida a, pelo menos, empatar o jogo. E prova disso foi o gol logo aos 3 minutos, porém, reprovado pelo bandeira. Na jogada, Esquerdinha cruzou para Rafael Tanque que balançou as redes, mas foi anulado.
A equipe do interior continuou crescendo. Aos 10 minutos, Márcio Diogo chegou com perigo e Giovanni foi importante para manter a vitória parcial atleticana. O crescimento do Democrata foi confirmado aos 16 da etapa complementar. Em ótima jogada pela direita, com Alan Silva, deixou Márcio Diogo na cara de Giovanni e ele teve tranquilidade para tirar o arqueiro preto e branco. Após sofrer o tento, Roger tentou a estratégia do jogo anterior de colocar o atacante Rafael Moura para pressionar o adversário. E funcionou. Minutos após a entrada do camisa 13, em cobrança de escanteio, o He-Man marcou seu gol.
Aos 38, Fred fez um belo gol. O atacante recebe na frente, dá um chapéu no defensor e coloca a bola no cantinho, para fechar a contagem. Minutos depois o Democrata voltou a assustar. Esquerdinha recebeu na área, chutou no canto, sem defesa para o goleiro Giovanni e passou a buscar o empate. Porém, não foi suficiente para acabar com a festa atleticana.
Outros jogos da rodada:

Em Juiz de Fora, o Tupi venceu a URT por 2 a 0, e conseguiu alcançar a oitava colocação na tabela. O time de Patos de Minas, segue em quarto, com oito pontos. 
No Castor Cifuentes, o Villa apenas empatou com o Tricordiano e precisou da ajuda da Polícia Militar de Minas Gerais para deixar o estádio, por causa da pressão dos torcedores. O Leão está em nono, com quatro pontos. O Tricordiano está na zona de rebaixamento, com três tentos, na 11ª colocação.
No Parque do Sabiá, o Uberlândia venceu com tranquilidade o América-TO, por 3 a 0. O time da casa está em terceiro, com nove pontos, já o time de Teófilo Otoni está na última posição, com dois tentos anotados. 

FICHA TÉCNICA:
DEMOCRATA 2 X 3 ATLÉTICO
Local: Estádio Mamudão, Governador Valares  (MG)
Data: 25 de fevereiro de 2017, sábado
Horário: 16h30 (de Brasília)
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira
Assistentes: Ricardo Júnio de Souza e Leandro Salvador da Silva.
Cartões: Rafael Carioca, Elias (Atlético)
Gols: Fred, aos 19 minutos do primeiro tempo, Rafael Moura, aos 31 minutos do segundo tempo, Fred, aos 38 minutos do segundo tempo.
(Atlético); Márcio Diogo, aos 16 minutos do segundo tempo, Esquerdinha, aos 43 minutos (Democrata)
DEMOCRATA – Ramon, Alan, Renato Santos,
Wellington, Gérley, Glaydson, Michel Eloi (Esquerdinha), Lenine, Andrey, Rafael Tanque e Thiaguinho (Márcio Diogo).
Técnico: Eugênio Nunes
ATLÉTICO – Giovanni, Marcos Rocha, Felipe
Santana, Gabriel, Fábio Santos, Rafael
Carioca, Elias, Danilo (Maicosuel), Otero (Rafael Moura), Robinho (Cazares) e Fred.
Técnico: Roger Machado.

EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO:




Blitzen educativas são realizadas em Araxá
Em uma ação coletiva que envolveu a Polícia Militar, a Prefeitura Municipal e outras entidades parceiras, foi realizada com muito sucesso uma série de blitzen educativas nesta semana que antecede o Carnaval. Pontos estratégicos da cidade foram escolhidos como uma maneira de atingir um maior número de veículos e pedestres em uma só data. Cerca de oitocentos veículos por dia receberam orientações importantes para cair na folia com responsabilidade nesta semana considerada como de pré-carnaval. Blitzen realizadas na avenidas Imbiara e Antônio Carlos encerram nesta sexta-feira, 24, esta etapa de orientações à comunidade. A série de blitzen educativas foi idealizada a partir da união de parceiros que fazem parte da Agenda Comum Intersetorial, dentre eles, a Prefeitura de Araxá, representada pelos seus setores como as Secretarias Municipais de Ação e Promoção Social, de Segurança Urbana e Cidadania, por meio da Assessoria de Trânsito e Transporte (Asttran) e de Saúde. Muitas pessoas que passaram na manhã desta sexta-feira pelas avenidas Imbiara, em frente ao Estádio Fausto Alvim, e Antônio Carlos, próximo ao Banco do Brasil, foram abordadas e receberam o kit de carnaval com material educativo e preventivo, folhetos, panfletos e adereços de mãos. As atividades começaram na última segunda-feira, 20. Nos outros dias da semana, as avenidas Tancredo Neves, Wilson Borges e Amazonas, a rua Uberaba e os postos das Polícias Rodoviárias Federal e Estadual também estiveram sendo focos das blitzen. Para a coordenadora do Núcleo de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do bairro Leblon, Maria das Graças Rezende Vasconcelos, a aceitação da população com relação a campanha foi muito positiva. “As pessoas estão tomando consciência que a orientação é importante porque a gente faz várias abordagens; tem material de prevenção, de segurança, material sobre a questão da violência sexual, inclusive entregamos preservativos, já que nesse período muitos ficam vulneráveis e tem pessoa que se esquece de se proteger. Estamos orientando toda a família, da criança ao idoso”, comenta a coordenadora. De acordo com o tenente Paulo Roberto Arduini, a Polícia Militar é parceira nesse tipo de ação por acreditar que a prevenção é o melhor caminho. “O balanço que nós fazemos neste período pré-carnavalesco é muito positivo. A orientação, sem sombra de dúvida, é o melhor caminho. Estamos trabalhando juntamente com a Asttran, a Prefeitura e demais órgãos de sistema social”, acrescenta o tenente da PM. O vigilante Paulo Castro de Almeida recebeu as dicas de cunho educativo e preventivo e elogiou a iniciativa. “Achei muito boa a campanha. A orientação e a prevenção caminham sempre em uma direção positiva e evitam muitas coisas negativas”, finaliza o vigilante.