sexta-feira, 25 de novembro de 2016
COLUNA DO ERNESTO ROSA:
Onde está a verdade, no Criacionismo ou no Darwinismo?
A verdade está no Criacionismo! O Darwinismo não é uma verdade, é uma teoria.
Verdade é fé, teoria é lógica.
A verdade é eterna e cada teoria científica é
provisória até aparecer outra mais útil. Por exemplo, explicando a queda dos
corpos, primeiro Aristóteles, que foi “substituído” por Newton e este, por
Einstein.
Para quê servem as teorias científicas? Servem
apenas como utilidades e não como explicações! O Darwinismo é apenas uma teoria
útil na prática. Ela está funcionando bem, até aparecer outra que funcione
melhor. Qual é a utilidade do Darwinismo? Com o Darwinismo, pudemos fazer um
frango virar Chester. Podemos direcionar as mudanças nas espécies, fazendo
aparecer novos vegetais e animais que, há tempos, estão na nossa mesa. As
escolas de Zootecnia estudam como fazer essas mudanças. Há muitos vegetais e
animais novos criados pelo Darwinismo. E também temos os seres transgênicos com
alterações genéticas provocadas. É isso que interessa à Ciência: a ação
transformadora.
No interior da Ciência não existem verdades,
não existem fórmulas perfeitas, finais e inquestionáveis. A Ciência não explica
nada, não possui mistérios, não procura a verdade. Isso fica para a religião e
para alguns filósofos. A Ciência constrói teorias que sempre são testadas, contestadas
e reformuladas. Desse modo, modernamente não há incompatibilidade entre Ciência
e Religião. A Religião é verdadeira e a Ciência trabalha com modelos úteis. A
Ciência não nega nem afirma a Religião, porque não possui verdades. Ciência e
Religião são coisas diferentes, com diferentes objetivos, com diferentes
métodos e sem contradições mútuas.
As verdades são crenças e as teorias são
utilidades! A religião não lida com teorias lógicas e a Ciência não lida com
verdades.
O objetivo da Ciência é a Tecnologia, é a
transformação da natureza, o que, muitas vezes, é feito de forma desastrosa,
infelizmente. A Ciência não é boa nem má. Ela cria as ferramentas úteis, que
dão poder. Bom ou mau é o seu uso por empresas que apenas visam o lucro sem
outros compromissos.
A Religião não exige provas, exige fé! Faz-se
religião sem provas, mas não sem fé.
A Ciência não exige fé, exige provas! Faz-se
ciência sem fé, mas não sem provas. Mas essa palavra prova é usada em outro sentido. Sentido lógico, ou seja, que
podemos deduzir de postulados. E os
postulados não são verdades, não são dogmas. São apenas ponto de partida e
trocando-se postulados alteramos o ponto de partida. São muitas as possibilidades.
Provar um teorema não é atestar que ele é verdadeiro, é mostrar que ele é
consequência lógica dos postulados. E tudo fica no ar! Isto significa que, onde
os postulados forem úteis, todos os teoremas deles deduzidos também serão úteis.
Onde os postulados não forem úteis, nada podemos afirmar das suas
consequências. Assim, escolhemos livremente alguns postulados e, por uma
lógica, obtemos várias consequências, formando um sistema com sua coerência e utilidade.
Com outros postulados, construímos outros modelos, cada um com suas utilidades.
Apenas isso. Assim, temos vários sistemas disponíveis e, em cada caso,
utilizamos aquele que oferece melhor resultado.
E também temos várias lógicas, até
inconsistentes.
A Ciência é prática. É base da Tecnologia.
A Ciência pensa no aqui e a Religião, no
além. Até complementam-se,
para quem pratica as duas. Quem pratica as duas age com fé quando trata de
religião e age com lógica quando trata de ciência. Sem problemas!
E, além dos que praticam ciência e religião,
há aqueles que praticam apenas uma delas, outros, nenhuma das duas. Tudo bem!
Todo mundo é bom! Por medo ou por consciência.
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