Renan Calheiros afirma que legalização do
jogo vai trazer arrecadação e ampliar o turismo no Brasil
Na noite da última segunda-feira, dia 21 de
novembro de 2016, o presidente do Senado, Renan Calheiros, falou no programa
Senado em Revista, sobre os projetos incluídos na pauta de votações da Casa até
o final do ano. Ele afirmou que a maior parte das propostas deve ajudar o país
a sair da crise. Sobre a inclusão na pauta de projetos polêmicos como a
legalização dos jogos de azar (PLS 186/2014) e a regulamentação do serviço
terceirizado (PLC 30/2015), Renan ressaltou que a decisão sobre essas medidas
dependerá dos votos dos senadores. Ele acrescentou que, “ olha, quando nós
começamos este ano legislativo eu fiz questão de dizer que o Senado ia sim
decidir sobre matérias controversas, porque o parlamento não pode apenas
decidir sobre matérias consensuais, quando você tem dificuldades...ontem disse
na reunião com o presidente da República, que eu acho até que o Supremo
Tribunal Federal está certo em decidir sobre questões que o parlamento não teve
como fazê-lo. Não dá para deixar o vazio, de modo que eu acho muito importante,
os líderes colaboraram com este calendário, com esta agenda, que nós possamos
decidir também sobre temas controversos como é por exemplo o tema dos jogos no
Brasil.” Finalizando o presidente do Senado Federal revelou que, “ sem dúvida,
vai trazer arrecadação e vai equiparar o Brasil nessa competição que existe com
relação ao turismo, que é uma fonte insubstituível de receita e de geração de
renda. Eu acho que este marco
regulatório, se for o caso, será muito importante para o país. O projeto de lei
186/2014 de autoria do senador Ciro Nogueira do PP do Piauí, será votado ainda
este ano, garantiu o presidente do Senado Federal Renan Calheiros. E a cidade
de Araxá está na expectativa da aprovação do projeto de legaliza o jogo de azar
e os cassinos por causa da estrutura do Grande Hotel do Barreiro que há 70 anos
abrigou um dos principais cassinos do País. No ano de 1944, o imponente e suntuoso
Grande Hotel de Araxá foi inaugurado para abrigar um cassino que durou pouco
tempo, pois logo veio a proibição do jogo no Brasil. Mas o jogo no hotel das
águas em dois anos atraiu gente do mundo inteiro, empresários, políticos,
artistas e até presidentes. O jogo no Grande Hotel era considerado a alma e
principal atrativo do complexo hoteleiro. O assunto já repercute em Araxá e
principalmente nos setores voltados para o seguimento turístico.
Documentário
“Por que não?” aborda a necessidade de legalizar os jogos no Brasil
Lançado
na última quinta-feira (17) na Paris
Filmes, em São Paulo, o documentário “Por que não?” mostra a trajetória dos
jogos de azar no Brasil desde os anos 30 até os dias de hoje, em total
ilegalidade. O filme mostra a saga do país pela legalização dos jogos de azar,
o quanto o governo perde com a ilegalidade e o que poderia ser feito e
estimulado no Brasil com estes impostos. Além disso, o documentário defende que o Brasil
legalize e regulamente os jogos de azar – que já existem ilegalmente no País.
De acordo com a consultoria KPMG seria possível arrecadar mais de R$ 37 bilhões
por ano com a iniciativa. Segundo o Instituto Brasileiro Jogo Legal – IJL, dos
193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 37 proíbem o
jogo, estando, entre eles, os países muçulmanos e a Coreia do Norte. Alvo de
várias reportagens, a legalização do jogo está na pauta da sociedade devido a
aprovação do PLS 186/2014 pela Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional –
CEDN (Agenda Brasil) na última quarta-feira (09), o agendamento pelo presidente
do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) da votação em Plenário da proposta
para o próximo dia 7 de dezembro e a realização no próximo dia 13 de dezembro
da Comissão Geral no Plenário da Câmara dos Deputados convocada pelo presidente
da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). No documentário, narrado pelo ator
Paulo Betti, estão presentes grandes nomes da política, justiça e mercado,
entre eles o vereador Eduardo Suplicy, o jurista Ives Gandra, deputado
Guilherme Mussi (PP-SP), o jogador de pôquer Flavio Malisa, o Coronel José
Vicente da Silva, o Pai Toninho, o Procurador de Justiça Peterson de Paula e o
presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal, Magnho José, que expressam suas
opiniões contra ou a favor em relação à liberação de bingos, jogo do bicho,
caça-níqueis, cassinos, jogo online e outras modalidade de jogos.
A KPMG estima um potencial de arrecadação de mais
de 37 bilhões de reais anuais com a legalização dos jogos, um valor igual ao
que o governo federal pretendia arrecadar com a volta da CPMF. Ainda, segundo
números auditados pela KPMG, considerando todo o período da proibição, o Brasil
já deixou de arrecadar mais de 368 bilhões de reais em impostos.
Com esse valor, seria possível construir: 1 milhão
de hospitais, 25 milhões de salas de aula, 7 milhões de postos policiais, 10
milhões de casas populares e poderiam ser compradas 895 milhões de cestas básicas.
O cineasta Guilherme Tensol produziu o
documentário, em parceria com a agência de publicidade Idealista, presidida por
Silvio Matos. Este documentário e a pesquisa da KPMG foram produzidos para a BR
Jogos, do empresário Elias Deiab, que defende a legalização dos jogos. O filme
esta disponível na íntegra no Youtube.
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