O
fim de uma lenda histórica de 2 séculos
A mais tradicional árvore de Araxá, conhecida como “árvore dos
enforcados”, com mais de 200 anos e que ficava na rua Gustavo Martins de
Oliveira, no bairro Santa Rita, não resistiu as fortes chuvas dos últimos dias
e caiu na madrugada deste sábado (29).
A árvore é que era um patrimônio tombado desde 1998, era de uma
espécie da Copaífera Langsdorffii (nome popular em Minas Gerais: Pau-de-Óleo)
pertencente à Família das Leguminosae-Caesalpinoideae.
Em 2011, segundo o engenheiro florestal Romildo Klippel, do Instituto
Estadual de Florestas, a árvore chegou ao fim do ciclo e morreu de causas
naturais. A ausência de folhas e a soltura da casca indicam a morte, após 200
anos de história e lendas. A morte foi constatada pelo IEF no fim de dezembro
daquele ano.
Mesmo com a constatação, ela continuou como um dos pontos
turísticos da cidade.
História:
Diz a lenda que ali naquele pau d´óleo que fica no alto da cidade,
se enforcavam escravos. Dizem também que, no século XIX, depois do enforcamento
de dois escravos, condenados em júri pela morte de um senhor de escravos, muita
gente viu a árvore chorar. A árvore dos enforcados foi declarada “imune de
corte” pelo Decreto Municipal nº 451 de 21 de setembro de 1979.
No dia 31 de maio de 2004, no entorno deste bem, foi inaugurado o
Centro de Referência da Cultura Negra que abriga um salão de exposição, um
museu da memória, salas para cursos livres.
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