segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Araxá e CBMM são destaques no Jornal Nacional sobre rastreamento de infectados pelo Covid-19

 


Na noite do último sábado, dia 29 de agosto de 2020, a cidade de Araxá e a empresa CBMM foram destaques em uma reportagem no Jornal Nacional da Rede Globo. A matéria referiu-se ações de monitoramento e controle da pandemia. Confira a matéria a baixo:

 Cidades brasileiras passaram a adotar um procedimento que dá mais controle sobre o avanço da pandemia: o rastreamento de pessoas que tiveram contato com quem foi contaminado.

A proteção da geografia não ajudou por muito tempo. O coronavírus demorou mas chegou assustando os interiores do Brasil. Araxá, no Triângulo Mineiro, tem 120 mil habitantes. Monitorar e colher exames do tipo PCR em cada caso suspeito, seus familiares e contatos tem sido a estratégia usada para evitar que a Covid se alastre.

“De dois meses atrás nós intensificamos esses exames, aumentamos aí 280% de exames e de 1.600 pessoas monitoradas, nós conseguimos chegar aí a 94 pessoas assintomáticas que no rastreamento nós identificamos. Então se a gente for pensar que uma pessoa transmite para uma ou duas, o tanto que nós conseguimos aí bloquear nessa disseminação”, destaca Diane Dutra, secretária de Saúde de Araxá.

A empresa de mineração CBMM patrocina o monitoramento, que conta com 20 profissionais que fazem o rastreamento e os contatos diários.

Lucimar Aparecido de Jesus é cozinheiro e a Graziela Bertolino dos Santos é técnica de enfermagem. Trabalham com o público e ficaram preocupados com os filhos quando testaram positivo para Covid. O monitoramento com exames da família inteira tranquilizou o casal.

 

“A gente ficou bem preocupado com medo de eles pegarem, mas depois que falaram para a gente que eles iam fazer o teste, aí fiquei bem tranquilo”, conta o cozinheiro.

“Os exames dos meus filhos foram eles que já marcaram e a gente já foi agendado. É bem importante o monitoramento”, destaca a técnica de enfermagem.

Desde o início da epidemia, países que testaram muito, identificaram e isolaram os casos suspeitos foram mais eficientes em conter o avanço da doença. No Brasil, passados seis meses, ainda são poucas as iniciativas de monitoramento.

A Universidade Johns Hopkings estabeleceu como ideal o monitoramento de todas as pessoas que tiveram contato até dois dias antes do doente manifestar sintomas.

A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, por exemplo, contratou 3 mil pessoas só para fazer esse rastreamento.

Todo o estado de São Paulo tem 7.500 profissionais de vigilância epidemiológica e atenção básica.O Comitê Paulista de Contingências do Novo Coronavírus chegou a fazer marcação cerrada dos primeiros casos e seus contatos. Sem fôlego para continuar no mesmo ritmo, o governo do estado iniciou um projeto piloto de monitoramento mais firme.

São Bernardo do Campo é uma das três cidades que já estão usando a plataforma que facilita o trabalho dos agentes.

“Nós vamos até a casa dessa pessoa e testamos toda a família. Além desse, você pega também os outros contactantes. Alguns casos você recomenda o seguinte: fica em casa. Se você não tem sintoma, não tem nada, a gente vai encaminhar um documento para que ele apresente no serviço, na escola, onde quer que seja. A ideia é que a gente evite o alastramento da doença”, destaca Geraldo Reple, secretário de Saúde de São Bernardo do Campo.

O epidemiologista Júlio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz, diz que é fundamental o auto isolamento em casos suspeitos; o reforço nos cuidados de distanciamento e higiene e que os governos invistam em monitoramento com exames de PCR, que revelam quem está com o vírus ativo.

 

“As ações de isolamento, principalmente de casos e contatos, têm que ser feitas precocemente justamente para evitar a transmissão. Nós ainda temos pouca testagem por mil habitante comparado com outros países. Então, é necessário um esforço do município, do estado e do governo federal para ampliar essa testagem no momento que nós estamos flexibilizando a maioria das atividades”, finaliza Júlio. (Fonte G1)


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