Visita
convida turistas e toda a comunidade local a conhecerem a estrutura do museu,
que recentemente passou por modernização apoiada pela CBMM
Tour
virtual 360º
Após cerca de um ano de sua reforma e reabertura, o Museu Dona Beja, localizado em Araxá,
Minas Gerais, presenteia o público com mais uma novidade: o Tour virtual 360°. Trata-se de uma visita em formato
audiovisual para aqueles que, por algum motivo, não podem comparecer
presencialmente ao casarão, que hoje é símbolo da cultura histórica da cidade
de Araxá e região.
Para realizar o Tour virtual gratuito, basta acessar o link abaixo:
http://fundacaocalmonbarreto.mg.gov.br/tour-virtual
Em tempos de distanciamento social, a solução digital vem para ampliar o
acesso à instituição, que resguarda e promove o zelo à história local da cidade
mineira. Com o apoio da CBMM, o Museu foi revitalizado, e se tornou um dos
pontos turísticos mais atrativos de Araxá. Desta
parceria, nasceu a ideia do Tour 360º em modo virtual, seguindo a tendência
contemporânea de outros museus ao redor do mundo, como o Louvre (Paris) e o MET (Nova
Iorque).
“Educação,
cultura, saúde e esporte são fundamentais para transformar a sociedade. Por
isso, apoiamos iniciativas que tem como objetivo o desenvolvimento de nossa
comunidade”, afirma Leonardo Rocha, Gerente de Engenharia da CBMM. “É uma honra
participar de um projeto que fortalece a cultura da nossa comunidade. Temos
orgulho de ser uma empresa araxaense e uma das maiores apoiadoras da cultura do
estado de Minas Gerais”, continua.
Portanto, para aqueles que ainda não conhecem os
interiores do Museu Dona Beja ou que apenas desejam revisitar o local após sua
restauração, a dica é navegar pela tela de seus dispositivos eletrônicos. Um
dos objetivos deste projeto foi, justamente,
acolher os cidadãos durante o isolamento social e disponibilizar o acesso
remoto ao serviço cultural que é oferecido pela casa.
“A visita virtual foi excelente para o momento da pandemia”, diz Cynthia
Verçosa, presidente da Fundação Calmon Barreto, que hoje é proprietária do
Museu Dona Beja. “O museu tem toda a parte da arquitetura tombada, ele é da
comunidade. As pessoas têm muito carinho pelo casarão na praça e muitas pessoas
ainda não estão saindo, estão no processo ainda de vacinação”, complementa. A
alternativa virtual seria um remédio para estes “momentos difíceis”, coloca
Cynthia, uma vez que “o museu é de todos”.
O
mito Dona Beja
O folclore popular está ligado à vida da influente Ana Jacinta de São
José (1800-1873), que viveu na região de Araxá, em Minas Gerais, e foi
considerada uma das mulheres mais belas do Brasil Imperial.
O codinome “Dona Beja” foi dado por seu avô, quando criança, devido ao
seu charme, pequeno porte e doçura. Tanto em Araxá, quanto na cidade de
Formiga, onde Ana Jacinta passou a segunda metade de sua vida, grande parte da
memória coletiva dos cidadãos passou a ser alimentada com referências e a
trajetória de Dona Beja.
Em parte, isso se deve ao fato de que a reconquista do território do
Triângulo Mineiro por Minas Gerais, em oposição à Goiás, é atribuída a esta
personagem. Após ter sido raptada em 1814 pelo ouvidor do Rei, Beja influenciou
na decisão de transferência deste território para o estado mineiro. Sua casa,
então, tornou-se um monumento histórico.
O
início de um sonho
O casarão foi inaugurado como um museu regional na praça Coronel Adolpho
em 1965 pelo jornalista Assis Chateaubriand. O “Museu Regional Dona Beja” tinha
como razão social Associação Artística e Cultural do Triângulo Mineiro e Alto
Paranaíba, justificando a sua categoria regional. Esta foi a primeira
inauguração de uma série de museus regionais por todo o Brasil, tendo também
marcado os 100 anos de emancipação política da cidade de Araxá, Minas Gerais.
Trajetória
administrativa
Em 1986, o imóvel foi renomeado e passou a chamar “Museu Municipal Dona
Beja”, época na qual também passou por uma restauração e teve seu primeiro
projeto museológico e museográfico realizado pelas equipes técnicas da então
Secretaria Estadual da Cultura por meio do Instituto Estadual do Patrimônio
Histórico (IEPHA).
Em 1987, após reabertura ao público e inauguração da exposição “Dona
Beja recebe Calmon”, o museu passa a ser administrado pela Fundação Cultural
Calmon Barreto, cujo nome referência é o artista plástico cearense Calmon
Barreto.
Em 1990, o prédio e acervo do museu são tombados pela Lei Municipal Nº
2.410 e em 1998 o local passa a se chamar “Museu Histórico de Araxá - Dona
Beja”, nome que reconhecia a importância local e evidente influência para a
cena museológica da região.
Em fevereiro de
2017 o imóvel foi adquirido pelo município, após acordo entre o Jornal Estado
de Minas S/A e a Prefeitura Municipal de Araxá. Em setembro do mesmo ano,
graças ao apoio da CBMM, a Fundação Cultural Calmon Barreto adquiriu
mobiliário. A partir desta data, o móvel passou a integrar o acervo do Museu
que teve Dona Silvéria Aguiar como sua primeira presidenta de honra.
Mais
acessibilidade e segurança
Por meio do
patrocínio da CBMM via Lei Federal de Incentivo à Cultura, em 2018 foi
realizado um projeto de reforma e restauração do Museu Dona Beja. O museu foi
reaberto em 27 de agosto de 2020, e toda a comunidade araxaense e de turistas
puderam desfrutar da nova “cara” do edifício e seus cômodos. Esta ação teve
como objetivo garantir não só a preservação das obras do museu, mas o bem-estar
dos visitantes a longo prazo.
Algumas das
principais novidades lançadas com o projeto da reforma foram:
●
elevador
●
rampas antiderrapantes
●
banheiros com acessibilidade
● deck na fachada
frontal
Para além destas vantagens, o projeto também deu conta de fazer reparos
gerais, como uma nova pintura das paredes, a troca e revisão do madeiramento e
telhado e a substituição da rede elétrica.
Serviço
Museu Dona Beja
Visitação:
de terça a sexta das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 17:00
E-mail: museus@fundacaocalmonbarreto.mg.gov.br
Site: fundacaocalmonbarreto.mg.gov.br
Telefone:(34)
992571160
Endereço:
Praça Coronel Adolpho, nº 98
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