Boa intenção e incoerência: uma boa convivência?
É
muito fácil encontrar saudosistas que ainda teimam em defender teses políticas
caducas. Esses não são capazes de voltar no tempo e revisar suas crenças.
Afinal, bandeirasridículas ainda estão “quentes” ou “frescas” (como queiram) na
memória. São posições “nacionalistas” adotadas num passado não tão distante
assim. Empresas multinacionais eram tratadas por eles como inimigas da pátria.
A malhação desses “Judas” era o jogo predileto dos autointitulados “progressistas”.
Reunidos em mesas de bar vociferavam contra o capital internacional e a um só
tempo matavam a sede com um refrigerante chamado Coca Cola. Quem se lembra
disso? Pois é, parece que ninguém mais! Também, pra que lembrar essas coisas
desagradáveis num momento em que até a China incorporou-se de forma plena à
internacionalização da economia?E o que ocorreu com a China após essa mudança
de paradigma? Prosperou ou não? Será que essa gente não sabe que o gigante
asiático transformou-se na segunda maior economia do planeta? Aqui, os
“progressistas” condenavam a política de exportação com um argumento que
julgavam perfeito: “não se deve exportar um quilo de alimento enquanto houver
um só brasileiro passando fome”. Não eram capazes de entender que para exportar
é preciso produzir e somente a produção gera riqueza e sem riqueza não é
possível evolução social. O que faz da China a potência da atualidade senão o
fato de ser um gigante da exportação? Hoje, com a entrada de divisas e a
incorporação de expressivas camadas da população ao mercado de consumo a China
prioriza o mercado interno. Agora, Cuba resolve adentrar ao século XXI e o que
se vê é a população cubana sair às ruas em manifestação por todo o país. O
cubano sai para protestar contra a abertura? Não, sai para comemorar o fim de
um ciclo de atraso e pobreza imposto por décadas com o propósito exatamente
oposto do que de fato ocorreu. Ao longo dos anos a revolução socialistaprometeu
prosperidade e bem estar social e a “receita” levou o país ao desastre. Mas os nossos
bem-intencionados “progressistas” não são capazes de dar o braço a torcer. Será
que o novo modelo dos saudosistas tupiniquins será a Coréia do Norte? A
Venezuela em bancarrota não será... Afinal, não restam alternativas! Aguardemos... Deus queira que não demorem mais algumas décadas
para chegar à Escandinávia onde, enfim, encontrão um modelo político que mereça
tanto empenho, tanta luta!!!
João
Jacques Affonso de Castro
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