sexta-feira, 11 de março de 2016

Compra e venda de apoio político na Câmara de Araxá:




Ministério Público denuncia sete vereadores criminalmente
                                                                      
Em entrevista coletiva na tarde da última quarta-feira, dia 09 de março, na sede do Ministério Público de Araxá, o Promotor de Justiça, Dr. Marcus Paulo Queiroz  Macêdo, informou à imprensa local que o MP, de posse do inquérito da Polícia Civil de Araxá, sobre o caso de  compra e venda de apoio político no Legislativo Araxaense na administração do ex-vereador Miguel Júnior, “ nós estamos denunciando criminalmente sete vereadores da Câmara Municipal de Araxá e um ex-funcionário da casa”. De posse de um relatório de 21 páginas Dr. Marcus Paulo, disse que, “ Miguel Júnior e Carlos Alberto Cachoeira  praticaram o crime de corrupção ativa e os demais de corrupção passiva. No nosso entendimento, além dos crimes cometidos, todos os sete parlamentares municipais quebraram o decoro parlamentar por cometê-los no exercício do cargo de vereador”. Os denunciados criminalmente pelo Ministério Público de Araxá, são: Miguel Alves Ferreira Júnior (ex presidente) e Eustáquio Pereira que já renunciaram aos cargos de vereador; José Domingos Vaz, José Maria Lemos Júnior ( Juninho da Farmácia),  Marcílio Faria ( Marcílio da Prefeitura) e Carlos Alberto Ferreira (Cachoeira)  que estão afastados do cargo de vereador  por determinação da justiça e ainda e Amilton Marcos Moreira ( Sargento Amilton)  que foi cassado pela Câmara Municipal”. O Promotor ainda revelou que, “ além dos sete políticos ( vereadores) o Ministério Público também  denunciou o ex- funcionário da Câmara Municipal de Araxá, Francisco Fernando do Prado,  que não havia sido indiciado no inquérito da Polícia Civil. Ele foi denunciado pelo PM por ter recebimento de  recursos públicos indevidos”. Os sete vereadores e o ex-funcionário, segundo Dr. Marcus Paulo, “ estão sendo denunciados pelo Ministério Público ao Poder Judiciário por corrupção, alguns por corrupção ativa e outros por corrupção passiva”. Em caso de condenação dos denunciados, a  pena prevista em lei para ambos os casos ( corrupção passiva ou ativa) é a mesma: de 02 a 12 anos de cadeia. Relembrando o caso; as investigações de compra de apoio político na Câmara Municipal para eleição e reeleição à presidência da Casa, Miguel Júnior, tiveram início com a prisão temporária de três vereadores envolvidos no esquema de corrupção. No decorrer das investigações, a Polícia Civil ouviu escutas telefônicas que revelaram detalhes do caso. Os delegados concluíram que o presidente da Casa se reelegeu por meio de corrupção, além de ter confessado o pagamento de propina à políticos. Ainda segundo Dr. Marcus Paulo que responde pela curadoria de  Defesa do Patrimônio Público de Araxá, “ as denuncias serão encaminhadas ao juiz criminal de Araxá, Dr. Renato Zupo e a partir daí ele terão um prazo para uma defesa inicial”. Até o fechamento desta edição a produção do JORNAL INTERAÇÃO, tentou entrar em contato com os denunciados e seus advogados, mas nenhum deles quis comentar a decisão do Ministério Público Araxaense.  Finalizando Dr. Marcus Paulo também recomendou que os vereadores denunciados continuem afastados de seus cargos, até a definição do caso.   





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