Um grupo de produtores de queijo de Minas Gerais
embarcará para a França, em junho, para conhecer o processo de maturação dos
queijos de leite cru. Na oportunidade, eles também irão expor a produção das
sete regiões certificadas de Minas Gerais e participar do “Mondial du Fromage”
(Mundial do Queijo), um dos certames mais tradicionais do mundo. A oportunidade
é considerada fundamental para divulgar o Queijo Minas Artesanal no mundo. De
acordo com o superintendente técnico da FAEMG (Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Minas Gerais), Altino Rodrigues, a viagem é um
complemento do curso de formação em cura de queijos artesanais, realizado em
fevereiro pela professora da Escola de Produtos Lácteos EnilBio de Poligny, na
França, Délphine Gehant. “Nosso objetivo é levar produtores, representantes de
cooperativas e associações de queijos das sete regiões certificadas para
conhecer, na prática, o sistema de maturação de queijos com leite cru existente
na França. Achamos que essa iniciativa seria um complemento perfeito, para que
a gente possa evoluir. Vamos visitar grandes cavas de maturação e pequenos
produtores, com locais de maturação de menor porte. A experiência será completa”,
explicou Rodrigues. A viagem começa no dia 3 de junho. Até o dia 10 de junho,
os produtores mineiros visitarão várias unidades de maturação. Entre 11 e 13
será realizado o “Mondial du Fromage”, na cidade de Tours, e os mineiros
participarão junto com produtores de todo o mundo. Ao todo, 40 pessoas
participarão da viagem, sendo que deste total 25 serão produtores. Além dos
queijos que serão inscritos no concurso, os produtores mineiros também irão
expor outras peças do Queijo Minas Artesanal, permitindo que os participantes,
especialistas e visitantes do concurso degustem os queijos produzidos nas sete
regiões cerificadas de Minas Gerais que são: Serro, Araxá, Canastra, Campo das
Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre e Triângulo Mineiro. “Nesta edição os produtores
estarão presentes e poderão acompanhar o concurso e apresentar os queijos para
os visitantes e especialistas presentes no evento. Isto é importante para que
eles apresentem o produto”, disse Rodrigues. Devido à legislação brasileira, o
queijo mineiro não poderá ser comercializado durante o evento, mas expectativa
é que até 2019, a legislação seja modificada e permita a negociação dos
produtos fora do País. “Estamos felizes pela oportunidade de expor e concorrer
ao prêmio, mas a oportunidade de comercializar os queijos seria muito
importante para os produtores. Devido à legislação brasileira o queijo não
poderá ser comercializado, mas esperamos que em 2019, o governo brasileiro
tenha modificado as leis. Neste evento, os produtores são os convidados de
honra e terão a oportunidade mostrar os queijos”, disse a mestre queijeira e
presidente da OMG SerTãoBras, Débora de Carvalho Pereira. As expectativas em
relação ao concurso são positivas. Em 2015, Débora inscreveu no concurso
francês o Queijo Minas Artesanal produzido na Estância Capim Canastra, em São
Roque de Minas, na região Central do Estado. O produto conquistou a medalha de
prata do certame. “Vamos apresentar os queijos mineiros e esperamos alcançar
bons resultados. Em 2015, levei um queijo e ganhamos medalha de prata, imagina
com todos estes produtores participando”, explicou Débora.
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