Minas 'não é viável' se não diminuir inchaço
e renegociar dívida com a União, diz Zema
O governador eleito de Minas, Romeu Zema
(Novo), afirmou na última quarta-feira, em Brasília, que caso não consiga
renegociar a dívida e diminuir o inchaço da máquina pública, Minas “não é
viável” com efeito na governabilidade. Ele participou de reunião
entre os governadores eleitos e o grupo também almoçou com Jair Bolsonaro
(PSL). Na pauta, a intenção de construir uma agenda comum de demandas e
construir novo pacto federativo.“Vamos
diminuir o inchaço, vamos fazer a renegociação da dívida de Minas com a União,
caso contrário, o estado não é viável. Isso vai ser essencial para termos
governabilidade em Minas Gerais.”, afirmou Zema. Ainda
de acordo com o governador eleito, a equipe dele vem fazendo a análise do
diagnóstico da atuação situação financeira de Minas e o quadro verificado não é
dos mais promissores. “Vamos ter que analisar. Estamos levantando. Só sabemos
que ela está muito além do que deveria”, afirmou em rápida conversa com
jornalistas. O custo da folha de
pessoal chegou a 79,18% da Receita Corrente Líquida (RCL) – somatório das
receitas tributárias e transferências, deduzidos os valores repassados aos
municípios – no ano passado. O dado faz parte da 3ª Edição do Boletim de
Finanças Públicas dos Entes Subnacionais, divulgada ontem pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN). Em sua fala aos governadores, o
presidente eleito disse que vai se empenhar na demanda dos governadores, mas
não sinalizou que as medidas serão fáceis, pelo contrário, “amargas”. "Algumas
medidas são um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a
possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por
exemplo", declarou Bolsonaro, para quem a Câmara, o Senado e os
governadores têm "perfeita noção" do que precisa ser feito. ( Estado
de Minas online – 13 de novembro).
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