As fortes e intensas chuvas do último final de
semana em Araxá, colocaram fim a um dos símbolos históricos do município de
Araxá. A lendária e histórica ‘árvore dos
enforcados’, que já tinha sua morte declarada em 2011, caiu no último
sábado. A árvore da espécie da
Copaífera Langsdorffii (nome popular em Minas Gerais: Pau-de-Óleo) pertencente
à Família das Leguminosae-Caesalpinoideae, tinha mais de 200 anos e ficava no largo da rua Gustavo Martins de
Oliveira, no bairro Santa Rita. A árvore bicentenária fazia parte do patrimônio
tombado de Araxá desde 1998. No ano de 2011, segundo o engenheiro florestal Romildo
Klippel, do Instituto Estadual de Florestas, a árvore chegou ao fim do ciclo e
morreu de causas naturais. A ausência de folhas e a soltura da casca indicam a
morte, após 200 anos de história e lendas. A morte foi constatada pelo IEF no
fim de dezembro daquele ano. Mesmo com a constatação e secas, ela continuou
como um dos pontos turísticos da cidade. Diz a lenda que ali naquele pau d´óleo
que fica no alto da cidade, se enforcavam escravos. Dizem também que, no século
XIX, depois do enforcamento de dois escravos, condenados em júri pela morte de
um senhor de escravos, muita gente viu a árvore chorar. A árvore dos
enforcados foi declarada “imune de corte” pelo Decreto Municipal nº 451 de 21
de setembro de 1979. No dia 31 de maio de 2004, no entorno deste bem, foi
inaugurado o Centro de Referência da Cultura Negra que abriga um salão de
exposição, um museu da memória, salas para cursos livres.
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