sexta-feira, 6 de março de 2020

O fim da lendária e histórica ‘Árvore dos Enforcados’








As fortes e intensas chuvas do último final de semana em Araxá, colocaram fim a um dos símbolos históricos do município de Araxá. A lendária e histórica  ‘árvore dos enforcados’, que já tinha sua morte declarada em 2011, caiu no último sábado.  A árvore da espécie da Copaífera Langsdorffii (nome popular em Minas Gerais: Pau-de-Óleo) pertencente à Família das Leguminosae-Caesalpinoideae, tinha mais de 200 anos e  ficava no largo da rua Gustavo Martins de Oliveira, no bairro Santa Rita. A árvore bicentenária fazia parte do patrimônio tombado de Araxá desde 1998. No ano de  2011, segundo o engenheiro florestal Romildo Klippel, do Instituto Estadual de Florestas, a árvore chegou ao fim do ciclo e morreu de causas naturais. A ausência de folhas e a soltura da casca indicam a morte, após 200 anos de história e lendas. A morte foi constatada pelo IEF no fim de dezembro daquele ano. Mesmo com a constatação e secas, ela continuou como um dos pontos turísticos da cidade. Diz a lenda que ali naquele pau d´óleo que fica no alto da cidade, se enforcavam escravos. Dizem também que, no século XIX, depois do enforcamento de dois escravos, condenados em júri pela morte de um senhor de escravos, muita gente viu a árvore chorar. A árvore dos enforcados foi declarada “imune de corte” pelo Decreto Municipal nº 451 de 21 de setembro de 1979. No dia 31 de maio de 2004, no entorno deste bem, foi inaugurado o Centro de Referência da Cultura Negra que abriga um salão de exposição, um museu da memória, salas para cursos livres.

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