Sede do CNPEM, em Campinas
– SP
O medicamento, cujo nome não foi divulgado para que
não haja corrida às farmácias, segue em testes clínicos com 500 pacientes
internados com covid-19 em sete hospitais de todo o país.
Sabe-se também que, a partir desta
semana, o hospital privado Vera Cruz,
também de Campinas, encampará uma pesquisa com cinquenta pacientes infectados
por Covid-19. O grupo passará por um estudo que
atestará a eficácia do vermífugo nitazoxanida 600 miligramas no combate à
infecção causada pelo coronavírus, que é o medicamento citado pelo Ministro.
Nesse
hospital, o teste será realizado em homens e mulheres acima de 18 anos em
estado não muito avançado da doença. Há também restrições para pacientes com
problemas hepáticos ou renais, entre outras questões de saúde relacionadas a
doenças virais. As pesquisas têm data prevista para finalização até setembro
deste ano.
Pelo
menos mais dois tratamentos estão em teste com outros medicamentos no Brasil,
além, claro, da hidroxicloroquina, usada há mais de 70 anos no combate à
malária, mas que apresenta efeitos colaterais, tais como a arritmia cardíaca.
Outra pesquisa em andamento foi aprovada
recentemente pela Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio), ligada
ao Ministério da Tecnologia. O estudo busca uma vacina contra o novo
coronavírus e é realizado pelo Centro de Pesquisa da Fiocruz. Para realização
do estudo, os cientistas irão manipular o vírus influenza com proteínas do coronavírus
para o desenvolvimento da vacina para dupla prevenção da gripe sazonal e
covid-19.
Assim como em São Paulo, também nos
Estados Unidos está sendo testada a transfusão de plasma, a parte líquida do
sangue, de quem superou a doença. Nesse plasma recuperado existem
proteínas chamadas anticorpos que podem ajudar pessoas doentes.
Mas, talvez, os resultados mais
promissores até o momento venham de um medicamento experimental para tratar o
ebola. No estudo em um hospital da Universidade de Chicago, 113 doentes em
estado grave receberam doses do Rendezivir e mostraram rápida recuperação do
sistema respiratório.
Enfim, toda a classe médica e
cientistas de todo o mundo estão em busca de uma solução definitiva para a
covid-19, que só deve ocorrer quando tivermos uma vacina comprovadamente
eficiente contra a pandemia.
Por
João Batista de Freitas – jornalista araxaense
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