Uma em cada três mulheres em
todo o mundo já sofreu violência física e/ou sexual, mas
"é provável que esta crise piore como resultado da pandemia" do novo
coronavírus (Sars-CoV-2), aponta o relatório "A sombra da pandemia:
violência contra mulheres e meninas e Covid-19". O
documento foi divulgado em abril pela ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para
igualdade de gênero e empoderamento. O secretário-geral da ONU, Antonio
Gutierrez, disse em um comunicado no começo do mês que "nas últimas
semanas, à medida que as pressões econômicas e sociais e o medo aumentaram,
vimos uma
onda global horrível de violência doméstica". "Em alguns países, o
número de mulheres que telefonam para serviços de apoio dobrou." Elas relatam que ambientes familiares que
já eram violentos antes da pandemia ficaram mais agressivos diante da
falta de dinheiro – quase todos ali trabalham em oficinas
de costura, que estão fechadas desde o dia 17 de março – e do convívio em tempo integral dos
familiares dentro de casa. Em abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou
a demonstrar maior preocupação com o aumento das agressões contra as mulheres
na pandemia. “Pedimos que os países considerem os serviços
de combate
à violência doméstica como um serviço essencial,
que deve continuar funcionando durante a resposta à Covid-19”, afirmou o
diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva da
qual participou em 3 de abril.
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