sábado, 25 de abril de 2020

Violência física e sexual contra mulheres aumenta durante isolamento social provocado pelo coronavírus




Uma em cada três mulheres em todo o mundo já sofreu violência física e/ou sexual, mas "é provável que esta crise piore como resultado da pandemia" do novo coronavírus (Sars-CoV-2), aponta o relatório "A sombra da pandemia: violência contra mulheres e meninas e Covid-19". O documento foi divulgado em abril pela ONU Mulheres, entidade da Organização das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento. O secretário-geral da ONU, Antonio Gutierrez, disse em um comunicado no começo do mês que "nas últimas semanas, à medida que as pressões econômicas e sociais e o medo aumentaram, vimos uma onda global horrível de violência doméstica". "Em alguns países, o número de mulheres que telefonam para serviços de apoio dobrou." Elas relatam que ambientes familiares que já eram violentos antes da pandemia ficaram mais agressivos diante da falta de dinheiro – quase todos ali trabalham em oficinas de costura, que estão fechadas desde o dia 17 de março – e do convívio em tempo integral dos familiares dentro de casa. Em abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a demonstrar maior preocupação com o aumento das agressões contra as mulheres na pandemia. “Pedimos que os países considerem os serviços de combate à violência doméstica como um serviço essencial, que deve continuar funcionando durante a resposta à Covid-19”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva da qual participou em 3 de abril.



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