quinta-feira, 28 de maio de 2020

Bem Brasil vai dobrar a capacidade de produção na planta de Perdizes




A Bem Brasil, líder nacional de vendas de batatas pré-fritas congeladas, com duas unidades fabris em Minas Gerais, vai, mais uma vez, ampliar sua capacidade produtiva. Embora não revele o valor a ser investido, a empresa vai dobrar a capacidade instalada da fábrica de Perdizes, no Alto Paranaíba, de 160 mil toneladas ano para cerca de 320 mil toneladas anuais. De acordo com diretor comercial da empresa, que tem sede em Araxá, na mesma região, João Ricardo Coleoni, isso vai permitir que a capacidade total da companhia, nas duas unidades, salte das atuais 250 mil toneladas para mais de 400 mil toneladas de processamento por ano, um aumento superior a 60%. Segundo ele, o investimento visa atender a demanda nacional crescente.“Estamos prevendo atingir o limite da capacidade total, hoje em 250 mil toneladas/ano, ainda em 2020. Por isso, já estamos implementando a nova unidade, visando dobrar a capacidade em Perdizes até o final do ano que vem. Já começamos as obras civis que devem ficar prontas ainda neste ano, mas a previsão de inauguração é no final do 2021”, explicou. Conforme o executivo, a demanda tem sido crescente e, nos últimos anos, as vendas cresceram acima de 40%, graças ao trabalho de proximidade com os clientes. A empresa tem mais de 20 itens voltados para foodservice e varejo nacional, que hoje representam cerca de 50% dos negócios cada um deles. Apenas o segmento de autosserviço cresceu próximo de 100%, em termos de volume, nos últimos anos.E, mesmo em meio ao cenário recessivo imposto pelo novo coronavírus (Covid-19) ao País, as apostas da Bem Brasil são otimistas para 2020. A diferença, conforme Coleoni, é que a expectativa de crescimento de vendas está menor que o projetado no início deste exercício. Inicialmente era aguardada expansão entre 8% e 10% e, agora, revisamos para 6% na comparação com 2019. Ainda assim, consideramos o resultado favorável, principalmente considerando o cenário atual, em que a maior parte das empresas prevê desempenho negativo”, avaliou.Sobre os impactos específicos à marca, o diretor afirmou que foi observada migração da demanda do segmento de foodservice para o varejo. Por isso, de acordo com ele, assim que perceberam a mudança no perfil dos pedidos foram realizadas adequações nas linhas de produção, concentrando no autosserviço. “Já em março, redimensionamos as embalagens, voltando para as menores porções e abastecemos nossos distribuidores, o que nos permitiu entregar 99% do objetivo de vendas daquele mês. Abril já foi um pouco pior e conseguimos entregar 65% da meta traçada. Já para este mês, estamos prevendo algo acima de 85%. Porém, acreditamos que estas perdas serão repostas no decorrer do segundo semestre”, detalhou.De toda maneira, ele ponderou que os impactos no parque fabril não foram intensos. Isso porque as paradas programadas anuais da Bem Brasil tradicionalmente ocorrem em abril. Para se adequarem às medidas de distanciamento social, a empresa também antecipou feriados e concedeu, agora em maio, férias coletivas aos funcionários. “Isso vai até o dia 31. Em junho, estarão todos de volta ao trabalho”, garantiu. Sobre o mercado de atuação, Coleoni disse que dois terços da produção é vendido no Sudeste e o restante distribuído pelo Brasil. Além disso, nos próximos meses, a empresa inicia seus embarques de batatas pré-fritas congeladas para o exterior. Outros detalhes não foram revelados.

Fonte: Diário do Comércio



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