sábado, 14 de março de 2015

A " COLUNA DO JOÃO":



A ingenuidade na rua!
Nos tempos dos presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek o Brasil conheceu uma oposição malévola e irresponsável. A UDN e seu líder maior, Carlos Lacerda, pregaram abertamente golpes contra dois presidentes eleitos e sobre os quais não se imputava crimes de responsabilidade. Getúlio, diante do inevitável, preferiu morrer a ceder aos golpistas. Juscelino tinha uma grande habilidade política e um compromisso inabalável com a democracia e foi capaz de desmoralizar as tramoias udenistas. A meu juízo, as convicções e a inteligência política de JK permitiram que, mesmo sob o fogo cruzado dos adversários, realizasse o melhor governo da história do Brasil. Além do fogo cerrado da UDN e demais forças opositoras, JK não contava com a simpatia da esquerda. Com o término do governo Juscelino veio a posse e a renúncia do presidente eleito, o udenista Jânio Quadros. Mesmo com a resistência da UDN, o vice, João Goulart(PTB) assumiu respaldado pelo maior partido brasileiro, o PSD, e pela esquerda. Por ignorar o brutal jogo internacional de poder, Jangofoi derrubado pelo golpe tramado e adiado desde os tempos de Getúlio. Na opinião de historiadores e na minha também, faltou a Jango a visão de estadista que JK possuía. Ele, ao presidir o país em momento extremamente delicado, caiu na armadilha dos radicais de esquerda e avalizou inclusive movimentos que pregavam a insubordinação nas forças armadas. Jango deu guarida ao movimento patrocinado por marinheiros que pregava a quebra de hierarquia militar. Resumindo: bombardeado pela UDN e por forças conservadoras, Jango apoiou-se na esquerda e caiu na armadilha do estímulo à radicalização. A ingenuidade de Jango ofereceu aos adversários a munição para sua queda. O golpe foi verbalizado pela UDN e operacionalizado pelas Forças Armadas. Vale dizer que a derrubada de Jango contava com amplo apoio de uma sociedade cujo temor maior era o comunismo. Como pano de fundoestava a “guerra fria” onde URSS e EUA disputavam o domínio de territórios e a América Latina era vital neste tabuleiro geopolítico. Após a atuação golpista da UDN, o país só conheceu uma oposição ainda pior com a criação do PT. O partido que hoje fala em “golpe das elites conservadoras” liderou o movimento do “fora FHC”. Tal campanha ocorreu em momento de normalidade institucional onde não havia o menor motivo para a derrubada de um presidente. Agora, quem se encontra sob uma grande pressão popular em razão de má gestão do governo e corrupção, é o PT, partido constituído em grande parte por gente que pegou em armas durante o regime militar. Espertamente o objetivo da guerrilha não é objeto de comentários de Dilma, José Dirceu, Genoíno, Franklin Martins e outros petistas combatentes do marxismo. O fato é que eles pegaram em armas para substituir o governo militar por um regime comunista, a “ditadura do proletariado”, nos moldes soviéticos. Quem quiser conferir essas informações, basta pesquisar sobre as organizações MR-8, COLINA, VAR-PALMARES, por exemplo, e ver o que pregavam esses grupos. Aliás, hoje ninguém contesta que os guerrilheiros brasileiros eram financiados e treinados em países comunistas, em especial, em Cuba. Mostrando dignidade, existem guerrilheiros daquela época que admitem publicamente as intenções da guerrilha e reconhecem os equívocos de suas antigas crenças. O fato é que petistas e simpatizantes falam em golpesempre que a sociedade mobiliza-se para contestá-los e pedir justiça. Uma das estratégias utilizadas pelos petistas para camuflar os desmandos por eles praticados é dizer que quem lhes contesta quer prejudicar a Petrobrás e destruir a democracia. Na concepção autoritária dos fundamentalistas do PT, a democracia existe única e exclusivamente para apoiá-los e nunca para contestá-los!”
João Jacques Affonso de Castro
Araxá, 14 de março de 2015.

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