Os médicos voltam a
alertar para o retorno do crescimento da síndrome respiratória em Minas Gerais.
O alerta é resultado de dados do monitoramento do InfoGripe do Ministério da
Saúde, que acompanha a evolução da doença desde 2014. Segundo o
pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes a síndrome respiratória, com sintomas de
tosse, dor de garganta e dificuldades para respirar, pode levar ao óbito. O pesquisador
lembra que, com a pandemia do novo coronavírus, a situação da crise
respiratória se agravou. “Os registros estão fortemente associados ao novo
coronavírus. Ele tem sido o principal vírus responsável por esses quadros”,
esclarece. O especialista diz ainda que os números aumentam principalmente
em Belo Horizonte e no Vale do Jequitinhonha. “O que nós vimos na última
atualização do sistema InfoGripe, com dados até a segunda semana de novembro, é
que diversos locais estão novamente com uma situação de retomada do crescimento
no número de novos casos de síndrome respiratória. Em Minas Gerais, em
particular, nós tamos aí que de 7 das 14 macrorregião de saúde estão com sinal
de retomada do crescimento. Nessas macrorregiões, está a de Jequitinhonha, que
é a que apresenta mais preocupação porque é a que mais apresenta esse
crescimento, e a própria capital”, explica. De acordo com a lista da
Fiocruz, a síndrome respiratória está relacionada ao novo coronavirus
(covid-19). O pesquisador lembra que esse crescimento pode estar associado ao
fato de muitas pessoas ainda não terem sido infectadas. “O vírus ainda
está presente. Ainda temos muitas pessoas que não se infectaram, que não foram
expostas. Estamos voltando a nos expor mais, voltando a circular mais na rua e
deixando de usar a máscara”, acredita.
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