Minas Gerais respira uma onda roxa provocada por mais um surto de Covid-19 no Estado. Os dados da Secretaria de Estado de Saúde provam que a situação é calamitosa. Entre o início da pandemia, em março do ano passado, e o último dia 31 de março, Minas Gerais contabilizou 1.124.000 casos confirmados de Covid-19. De lá pra cá, foram mais de 24.300 mortes, enquanto outros 94 mil casos ainda estão sob acompanhamento.
Só em Belo Horizonte já são 141 mil pessoas contaminadas, das quais mais de 3.200 foram a óbito. Não bastassem os números alarmantes, é perceptível, nos números da Secretaria, a elevação do número de contaminações por Coronavírus de janeiro pra cá, alcançando recordes sucessivos de casos confirmados por dia e também de óbitos.
Até o início de março, os maiores picos de novos casos registrados em um único dia desde o início da pandemia foram nos dias 23/12 (6.519 novos casos), 22/01 (9.593) e 4 de fevereiro (10.052 casos). Mas somente em março, todos esses números foram superados nove vezes, com um pico de 14.062 casos registrados em um único dia (em 26/03).
O dia em que houve maior quantidade de notificações de óbitos desde o início da crise sanitária foi em 27/03, com 479 mortes em todo o Estado – 19,87% do total registrado até agora.
O administrador e gestor comercial da You Saúde, Lucas Vilela, considera que a explosão de novos casos verificados a partir do mês de março justifica a decisão do Governo de Minas de decretar a onda roxa.
“Não há dúvidas de que são muitos casos de Covid-19, mas é possível notar uma curva ascendente desde o começo do ano, que eclodiu com números bem preocupantes agora, no mês de março”, avalia Villela. “É preciso redobrar os cuidados para diminuir essa elevação e não provocar um colapso na saúde no Estado. Não há capacidade física nem pessoal para administrar o atendimento de tantos pacientes ao mesmo tempo, e isso tem impacto direto no número de novos casos e na quantidade de mortes”, sentencia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário