Como forma de intensificar as ações
de combate à pandemia em Minas Gerais, o governador Romeu Zema anunciou, esta
semana, que o repasse para financiamento de leitos de UTI por parte do Estado
passará a ser de R$ 46 milhões mensais. Esses recursos serão destinados a
leitos de UTI para pacientes com covid-19 e também leitos de UTI de outras
enfermidades que têm sido utilizados no tratamento de infectados pela doença e
leitos de enfermaria. A média mensal de repasse aos leitos de UTI de covid-19
foi de R$ 21 milhões nos últimos meses.
O financiamento foi comunicado durante reunião
com prefeitos das cidades que possuem mais de 100 mil habitantes, consideradas
“cidades-polo”, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
“Nos últimos meses, gastamos pelo menos R$ 21
milhões mensais com essa destinação. Com o agravamento da pandemia, esse valor
está chegando a R$ 46 milhões em abril. O Estado está aqui para devolver para a
população aquilo que ela paga com tanto sacrifício a título de impostos.
Estamos fazendo tudo o que é possível, queremos ajudar no que estiver ao nosso
alcance”, afirmou o governador.
Zema também reafirmou o compromisso de manter o
diálogo com os municípios, para entender as principais necessidades locais
neste momento.
“Quero lembrar que estamos no mesmo barco,
juntos. Sabemos que não adianta fazer só a nossa parte, neste momento é preciso
ajudar os municípios. No passado, as prefeituras não recebiam 100% dos repasses
que tinham direito. Hoje, recebem 100% e têm o adicional do parcelamento que
fizemos, no valor de R$ 7,2 bilhões”, afirmou, referindo-se ao acordo firmado
entre o Executivo estadual e a Associação Mineira de Municípios (AMM) para
regularização de repasses do ICMS, do IPVA e do Fundeb, em atraso desde 2017.
Também presente no encontro, o secretário de
Estado de Governo, Igor Eto,
ressaltou o compromisso da gestão estadual de trabalhar em conjunto com as
prefeituras. “A nossa intenção é ouvir os prefeitos, entre eles os
representantes das cidades com mais de 100 mil habitantes, as cidades-polo,
que, além de cuidar dos seus, também cuidam dos vizinhos, das regionais.
Queremos ouvir as demandas, dialogar e prestar, na medida do
possível, nosso apoio e solidariedade a cada um dos prefeitos. A situação
do Estado não é fácil, mas estamos aqui para trabalhar”, disse.
Entre os assuntos discutidos no encontro estão a
reposição de insumos para os hospitais, os recursos no enfrentamento da
pandemia, os recursos e dívidas relacionados à Saúde, a vacinação e o auxílio
emergencial.
União
A prefeita de Vespasiano e presidente da
Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel),
Ilce Rocha, destacou a importância da união para o enfrentamento da
pandemia.
“Agradeço por esse espaço para discutirmos
questões comuns. Neste momento, eu diria que só muda o número de habitantes e
as cidades, mas os problemas são muito próximos e pertinentes a todos. Eu e o
presidente da AMM, Julvan Lacerda, estivemos aqui na última sexta-feira
trazendo pautas que vejo que são de todos os prefeitos. Quanto mais ficarmos
juntos no mesmo propósito, mais chances temos de passar por esse momento tão
difícil para todos”, afirmou.
Durante a reunião, o prefeito de Patos de Minas,
Luís Eduardo Falcão, também enfatizou a importância da união entre as gestões
municipais e estadual. “A situação toda ocorre na ponta, no município. Não
posso deixar de registrar que tem sido um alento compartilhar experiências e
poder trazer essas demandas ao governador. Não é o momento de politizar as
ações, nada melhor que o diálogo. A aproximação entre todas as partes é
fundamental neste momento”, finalizou.
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