Os preços do aço, que já estão em patamares elevados, têm espaço para subir ainda mais, aponta a Ágora Investimentos em relatório enviado a clientes.
Segundo os analistas Thiago Lofiego e Luiza Muss, a Usiminas (USIM5) anunciou um novo aumento de 10% nos preços para abril.
“Considerando a BQ (aços laminados a quente) de exportação chinesa a US$ 810 por tonelada e o real a R$ 5,60, calculamos que os preços domésticos de BQ estão sendo vendidos com um desconto de aproximadamente 9% “, apontam.
Para a dupla, não seria nenhuma surpresa se o preço da commodities sofresse mais aumentos após abril. A construção civil forte somada às incertezas em torno de cortes na produção e cortes de descontos nas exportações continuam inquietando o mercado. “Os preços da BQ chinesa já estão em alta de US$ 90 por tonelada na comparação com o mês anterior, e os participantes do mercado veem mais alta no curto prazo”, completam.
De acordo com a Inda, entidade que representa distribuidores de aço plano, CSN (CSNA3) anunciou aumento de preços para abril na ordem de 10% e a Gerdau (GGBR4) elevou seus produtos planos entre 8% e 10%.
Qual melhor empresa para capturar essa alta?
Os analistas reiteram a preferência pelas ações da Usiminas.
Além das condições favoráveis no exterior, aqui no Brasil a demanda doméstica mantém o ritmo aquecido, com os principais participantes sugerindo que o reabastecimento de aço ao longo da cadeia ainda não acabou.
“A demanda de uso final por bens de capital, maquinário, construção e automóveis continua forte”, afirmam.
Tarifas de importação não são ameaça
Para eles, uma possível redução das tarifas de importação de aço no Brasil não irá impactar os preços no mercado interno.
“Mesmo no pior cenário de tarifas caindo de 12% para 0% (o que vemos como altamente improvável), os recentes aumentos de preços, que ainda não estão totalmente em nosso modelo, compensariam totalmente o impacto negativo de tarifas mais baixas em nossas estimativas”, dizem.
A Ágora tem recomendação de compra para Usiminas, com preço de R$ 22, e Gerdau (preço-alvo de R$ 33). FONTE MONEY TIMES
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