A cansativa reforma de uma casa
Ter uma casa própria faz parte dos sonhos da vida de muita gente. A moradia é
uma das necessidades do ser humano segundo a pirâmide de Abraham Maslow (1908-1970) como parte do quesito segurança.
Vou contar aqui o caso de um casal amigo – que também acontece com outras pessoas – que resolveu recentemente fazer uma pequena reforma em sua casa própria, com 150 m² de área construída, numa verdadeira demonstração de autoestima, de renovação e energização do ambiente do viver cotidiano. A meta estabelecida foi pintar a casa e os muros, bem como revisar o telhado (antes do período chuvoso), em seis semanas contínuas de trabalho, de segunda a sexta.
Todo o planejamento foi detalhado num plano de ação cuja primeira medida era a especificação dos serviços a serem feitos. Logo em seguida vinha a contratação de um prestador de serviços da modalidade Microempreendedor Individual (MEI), com dois ajudantes e com referências de qualidade na prestação de serviços a dois clientes. Essa fase foi bem difícil e demorou três semanas para ser concluída. Foram consultados 4 fornecedores, dos quais 1 estava com a agenda cheia e outro combinou uma reunião para conhecer o que seria feito, não compareceu, remarcou para a semana seguinte e, de novo, não apareceu e nem deu satisfação. Um terceiro que foi procurado ficou de apresentar uma proposta, foi cobrado algumas vezes para que a enviasse e até hoje nada, também não deu nenhuma satisfação. Acabou sendo contratado o único que apresentou proposta, por sinal compatível com a capacidade financeira do casal prevista no planejamento.
Assim os serviços se iniciaram na primeira semana de agosto para serem concluídos em meados de setembro. Dentro das condições gerais do contrato ficou estabelecido que caberia ao contratante – cliente – a compra de insumos e materiais necessários, mas que deveriam ser especificados e apresentados pelo contratado – fornecedor – com antecedência mínima de 24 horas. Na prática isso acabou gerando fadiga entre as partes, pois quase todos os dias se solicitava alguma quantidade de algum item que estava acabando, ou seja, a previsão inicial falhou.
Outros aspectos que incomodaram muito aos contratantes foram a limpeza do ambiente, bastante descuidada, a organização em geral (muita bagunça) e um certo desperdício de materiais, inclusive de tempo. Ainda bem que o casal se hospedou na casa de uma filha durante a prestação do serviço.
Outra percepção clara foi sobre o ritmo de trabalho no dia-a-dia, notadamente na segunda, “pegando no tranco”, e na sexta, com muita ansiedade pela chegada do fim de semana. Houve também pouca pontualidade em relação ao horário de início dos trabalhos pela manhã e na retomada após o almoço, mas a assiduidade foi plena. Diante de tudo que aconteceu, acabou sendo inevitável um atraso de duas semanas e os serviços foram concluídos no dia primeiro de outubro, data limite para o início do período chuvoso.
Qualquer semelhança com alguma experiência já vivida por você, caro leitor, pode nos permitir a repetição de um dito popular afirmando que isso “só muda de endereço”. É isso mesmo?
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