segunda-feira, 25 de outubro de 2021

COLUNA DO LUIS BORGES

 

Curtas e curtinhas


Preços da energia elétrica

As distribuidoras de energia elétrica estão pleiteando junto ao Governo Federal um aumento no preço da tarifa extra – que está no seu mais alto patamar. Hoje a bandeira de escassez hídrica adiciona R$14,20 à conta de energia a cada 100 kwh (quilowatts-hora) consumidos. As usinas termelétricas alegam que esse preço não cobre o aumento do custo do óleo diesel e do gás natural usados na geração de energia.

O Ministério das Minas e Energia disse que está estudando o assunto e relembra que a taxa extra vigorará de setembro de 2021 a abril de 2022. O período chuvoso já começou, mas pelo visto está a caminho mais um aumento para o consumidor que sempre “paga o pato”. E o poder aquisitivo continuará indo embora. Ou será que o Presidente da República revogará numa canetada as disposições em contrário no que tange à vigência da tarifa extra da escassez hídrica?

Aulas presenciais

O governo do estado de São Paulo determinou a volta total das aulas presenciais no ensino público e privado, até o nível médio, a partir deste 18 de outubro. Já no dia 3 de novembro deixará de existir a obrigatoriedade da distância mínima de 1 m entre as carteiras, mas continua sendo obrigatório o uso de máscara e do álcool em gel para a limpeza das mãos, tanto para os alunos quanto para os professores e funcionários técnico-administrativos.

Enquanto isso as Universidades Federais e os Institutos Tecnológicos dão sinais de que só voltarão à plenitude do ensino presencial no primeiro semestre de 2022. Como será a continuidade do ensino híbrido – presencial e remoto – e em quais condições poderá ser utilizado? A conferir.

Trabalhadores por conta própria

O IBGE divulgou que o número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,8 milhões no segundo trimestre do ano. Esse número é composto por Microempreendedores Individuais (MEI), que tem CNPJ e contribuem para o INSS, e por informais, sem qualquer tipo de garantia. Juntos, representam 28% das pessoas que estavam trabalhando no período. Em 12 estados esse índice passa dos 30%, sendo que no estado do Amapá chega a 40%. O trabalho por conta própria tende a continuar nas alturas diante da lentíssima recuperação econômica e do altíssimo desemprego. Os números são coletados, observados e analisados cientificamente e falam por si. Não dá para negá-los, ignorá-los ou tentar justificá-los com uma desculpa qualquer que signifique abuso da inteligência alheia.

Cenários do FMI para o mundo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou no dia 12 de outubro o seu segundo relatório anual com os cenários projetados para o restante deste ano e para o ano eleitoral de 2022. Ele mostra o crescimento da inflação mundial, que deve ficar entre 3 e 4% no ano. Isso foi o suficiente para o Ministro da Economia tentar justificar a inflação brasileira – de 10,25% nos últimos 12 meses – culpando os alimentos e a energia que, segundo ele, respondem pela metade do índice inflacionário. Entretanto foi mais conveniente deixar de falar que estamos muito além e que a meta do Conselho Monetário Nacional para a inflação deste ano era de 3,75%. Também nada disse sobre o preço do barril de petróleo a U$80,00 , pressionado pelo aumento do consumo sem aumento da produção, e a variação cambial desvalorizando o real em meio às incertezas políticas.

O FMI projeta um crescimento de 5,1% para os países emergentes no ano que vem, mas especificamente para o Brasil esse índice é de apenas 1,5%. É o que temos para hoje!

Nenhum comentário:

Postar um comentário