Ginecologista
da Unimed Araxá explica sintomas e como é feito o tratamento
A endometriose é
uma doença inflamatória crônica benigna provocada por células do endométrio
(tecido que reveste o útero) que, ao não serem eliminadas durante a
menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade
abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar. A doença afeta cerca de
10% da população feminina brasileira, segundo a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), sendo mais frequente entre mulheres de 25 a 35 anos de
idade.
“As mulheres sofrem
fisicamente, mentalmente e psicologicamente em função das várias limitações
impostas pela endometriose. Isso afeta a vida conjugal, profissional, social,
reprodutiva e a autoestima delas”, afirma a ginecologista e obstetra da Unimed
Araxá, Maria Sode Kaminise.
Sintomas
Esta é uma doença
exclusiva da fase reprodutiva. O diagnóstico definitivo pode demorar até sete
anos para ser feito, por isso as mulheres devem ficar atentas aos sintomas que
podem iniciar na primeira menstruação e permanecer até o início da menopausa.
Os mais comuns são:
- cólicas intensas
e fortes com piora progressiva durante a menstruação
- dor pré-menstrual
- dor durante o ato
sexual
- sangramentos
irregulares e/ou intensos
- alteração do
hábito intestinal e/ou urinário durante a menstruação
- dor na evacuação
- dificuldade para
engravidar ou infertilidade
Prevenção
Não existe forma
eficaz de prevenção, sendo possível apenas melhorar a qualidade de vida das
mulheres acometidas com orientações sobre alimentação, exercícios físicos,
hábitos de vida; diminuindo estresse, álcool e tabagismo.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito
através de exames de imagens como o ultrassom especializado, exame físico
ginecológico (toque vaginal) e exames laboratoriais (dosagem de marcadores). “Pode
se solicitar a ressonância magnética que apresenta melhores taxas de
sensibilidade e especificidade na avaliação de pacientes com endometrioma e
endometriose profunda e colonoscopia para complementação diagnóstica”,
acrescenta Dra. Maria Sode.
Após a identificação
de lesão endometriótica, o médico poderá solicitar uma biópsia através de
videolaparoscopia, momento em que é feito o diagnóstico e o tratamento
concomitantemente.
Tratamento
O tratamento pode
ser feito por meio de medicamentos ou em procedimento cirúrgico a depender da
sintomatologia e intensidade da doença de cada paciente. “O tratamento
medicamentoso pode ser feito com analgésicos, anti-inflamatórios, análogos de
GNRH, dienogeste e outros. No tratamento
cirúrgico muitas das vezes o médico fará a remoção das lesões endometrióticas,
podendo ser necessária a retirada de órgãos pélvicos total ou parcialmente”,
explica.
É importante sempre
lembrar que a endometriose não tem cura. A paciente deve ser acompanhada para
minimizar os sintomas, assim como para alcançar objetivos desejados no caso da
reprodução.
Unimed
Araxá
A Unimed Araxá atua na região há 32 anos. Tem atualmente 200 médicos cooperados das mais diversas
especialidades, com aproximadamente 25 mil clientes, 650 empresas
contratantes nas cidades de Araxá, Ibiá, Campos Altos, Perdizes, Pedrinópolis,
Tapira e Pratinha, além de atender cerca de 15 mil beneficiários de
intercâmbio.
Desde 2017 a Unimed Araxá tem seu
hospital próprio, que conta com o que há de mais moderno e eficiente na área e
que também integra um Centro de Diagnóstico por Imagens e um moderno
laboratório de análises clínicas. Mais recentemente inaugurou sua Clínica
Multidisciplinar que tem atendimento exclusivo de profissionais como
psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Junto ao
prédio central, oferece ainda equipe integrada e programas de saúde voltados à
melhoria de qualidade de vida, promoção da saúde e
prevenção de doenças no Espaço Viver Bem.
A rede credenciada de serviços é
composta ainda por seis hospitais, 15 laboratórios, 33 clínicas, além de
aproximadamente 300 colaboradores de forma direta.
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