sábado, 7 de novembro de 2020

Campanha Novembro Azul alerta para prevenção do câncer de próstata

 


 Muitos homens acham que são fortes, praticam atividades físicas e comem de tudo. Acreditam que não vão ficar doentes e que não precisam ir ao médico, principalmente, se não tiverem sentindo nada, ou seja, se acham ‘invencíveis’. É a chamada Síndrome do Superman. Segundo o Oncologista Clínico Wesley Vargas Moura,  é exatamente aí que mora o perigo, pois muitas doenças começam de forma silenciosa e quando há sintomas é porque na maioria das vezes o estágio da doença está avançado, como é o caso do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. É por isso que a campanha do Novembro Azul vem para reforçar os cuidados que os homens devem ter com sua saúde o ano inteiro e a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, já que segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) quando a doença é identificada em sua fase inicial a cura ocorre em cerca de 90% dos casos. A idade é um dos principais fatores de risco do câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos. Também há fatores genéticos e até mesmo hábitos alimentares e estilo de vida da pessoa como sobrepeso e obesidade. “O ideal é iniciar os exames da próstata a partir dos 50 anos e em casos da doença na família, essa rotina de exames deve ser antecipada para os 40 anos. O grande risco do câncer de próstata é que ele tem evolução silenciosa. Muitos homens não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam: dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite, ou mesmo dores, infecção generalizada ou insuficiência renal, o estágio da doença está mais avançado. Por isso, a importância do exame de rotina para diagnóstico precoce”, explica ele. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada em frente ao reto e abaixo da bexiga, responsável pela produção de parte do líquido seminal que constitui o esperma. Com o avançar da idade, essa glândula aumenta de tamanho de forma benigna. O câncer se instala em qualquer área dessa glândula, e à medida que o tumor cresce vai ocupando os lobos direito e esquerdo da próstata causando dores, infecções, e outros sintomas. A rotina de exames de próstata para detectar qualquer alteração inclui o toque retal que avalia o tamanho da glândula, se há nódulos, e se ela está mole ou granulosa e se causa dor. Já o exame de sangue PSA mede os níveis do antígeno prostático específico, que é produzido pela próstata, e se houver concentração elevada dessa proteína pode ser indicativo da doença. A partir desses exames, se for detectada alterações na glândula, se parte para outros exames que vão desde biópsia até tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros. “Detectado o câncer de próstata, o tratamento vai desde cirurgia a radioterapia, tudo vai depender do estágio da doença, contraindicações do paciente, saúde atual, e etc. Vale ressaltar que a medicina está cada vez mais avançada nesse quesito com cirurgias robotizadas com mais chances de recuperação funcional, eliminando o medo que o paciente tem de ficar impotente ou com incontinência”, explica. O oncologista também faz mais um alerta: “a campanha do Novembro Azul também vem para romper tabus, ou seja, quebrar o preconceito sobre o exame de próstata. Em pleno século XXI e ainda ouvir homens dizerem que não vão ao urologista porque não querem ser tocados e que isso afeta sua masculinidade é um pensamento absurdo. Os homens precisam se cuidar e se prevenir. O exame é rápido, simples e fundamental para salvar muitas vidas”, explica ele.

 

 

 

 


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