TUDO IGUAL NO MINEIRÃO
Um clássico que foi do pobre tecnicamente ao
emocionante no segundo tempo. Assim, Cruzeiro e Atlético se apresentaram no
empate por 1 a 1 no Mineirão. O resultado não foi bom para nenhum dos dois na
tabela de classificação. A Raposa segue perto da zona da degola, com 29 pontos,
dois acima do Z4. O Alvinegro viu o Corinthians abrir vantagem de cinco pontos
no topo do Brasileiro.
O primeiro tempo
teve abuso de erros de passe, poucas finalizações e apenas um lance que agitou
os torcedores. O time celeste abriu o placar após uma falha do goleiro Victor,
que “aceitou” por baixo das pernas a finalização de Willian. Porém, o camisa 1
do Galo se tornou herói no fim ao defender um pênalti, aos 44 minutos, do
próprio Willian. O Galo havia empatado um minuto antes, com o garoto Carlos,
aproveitando cobrança de escanteio.
Como tem sido de praxe no Brasileiro,
o embate no Gigante da Pampulha não fugiu das polêmicas de arbitragem. A Raposa
pediu pênalti de Leonardo Silva na primeira etapa, quando a bola bateu na mão
do zagueiro após cabeçada de Manoel. Leandro Pedro Vuaden interpretou como
jogada normal. Já no segundo tempo, o Galo é que teve motivos para reclamar,
pois o pênalti marcado a favor do time celeste nasceu em uma falta cometida
fora da área.
Reclamações não foram a única tônica do clássico, que ganhou dramaticidade no
segundo tempo. O lateral Mena, do Cruzeiro, foi expulso, aos sete minutos, e o
Atlético passou a ter mais posse de bola e pressionar, com méritos defensivos
para a equipe de Mano Menezes. Antes de defender o tiro livre de Willian, Victor
já havia se redimido ao bloquear finalização clara de Alisson, que teve
oportunidade de fazer o segundo. A partida terminou no Mineirão com um empate
eletrizante, com direito a gol no fim, pênalti defendido e provocações dos dois
lados.
Falha no
Mineirão
O clássico entre Cruzeiro e Atlético começou com a equipe celeste mais presente
no campo de ataque. A Raposa apostou em jogar sem um centroavante de
referência, e a velocidade de Willian, Alisson e Marquinhos. O Galo não repetiu
a intensidade de outras partidas no Brasileiro e abusou dos erros de passe.
A pressão sobre a arbitragem foi grande. Antes dos 15 minutos, os celestes
pediram pênalti em bola cabeceada por Manoel, e que acertou o braço de Leonardo
Silva. Leandro Pedro Vuaden não interpretou como penalidade e mandou o jogo
seguir.
A verdade é que o clássico do Mineirão caminhava para um primeiro tempo sem
gols, além de ser pobre tecnicamente. O Cruzeiro havia chegado com perigo com
Alisson e a resposta alvinegra havia sido dada por Lucas Pratto. Porém, sem
tantas emoções no Gigante da Pampulha.
Aos 37 minutos, graças a uma falha do goleiro Victor, o Cruzeiro abriu o placar
no Mineirão. Willian finalizou pressionado por Leonardo Silva, depois de a
defesa do Atlético se atrapalhar ao cortar um cruzamento, mas o goleiro do Galo
“aceitou” o chute despretensioso. A bola passou por baixo das pernas do camisa
1. A torcida celeste se empolgou depois do tento do atacante: 1 a 0.
Os minutos finais da primeira etapa continuaram sem render emoções. O
Atlético cometeu muitos erros de passe e forçou lançamentos mal aproveitados. O
Cruzeiro sentia a falta de mais força
ofensiva, além de também errar muitos passes.
De vilão a herói
O Atlético se arriscou mais no ataque no segundo tempo. O Cruzeiro esperava a
hora de contra-atacar para tentar ampliar a vantagem.
O lateral Eugenio Mena cometeu falta em Giovanni Augusto e foi expulso aos sete
minutos da etapa final. Ele levou o segundo cartão amarelo e, em seguida, o
vermelho.
Apesar da desvantagem numérica, um lance de Alisson poderia ter elevado o moral
do Cruzeiro. Ele aproveitou erro de passe de Rafael Carioca, partiu em
velocidade ao lado de Willian, finalizou de dentro da área e quase fez o
segundo. Victor se redimiu da falha no primeiro tempo, e fez grande defesa.
O Cruzeiro conseguiu evitar uma pressão maior do Atlético com boa postura nas
bolas por cima. O Galo insistia na jogada e tinha dificuldade em superar a
marcação celeste.
O goleiro Fábio fez apenas uma defesa até os 30 minutos do segundo tempo. O
controle do Atlético era superficial, pois o clube não conseguia ameaçar a meta
celeste. O Galo testou em dois arremates de longe.
Quando
parecia que o Atlético não teria forças, o time conseguiu o empate em uma
cobrança de escanteio. O atacante Carlos desviou de cabeça, a bola bateu em
Manoel e parou nas redes de Fábio: 1 a 1.
No minuto seguinte, o Mineirão sacudiu novamente, dessa vez pela emoção dos
cruzeirenses. O árbitro marcou pênalti de Jemerson em Willian. O atacante do
Cruzeiro estava fora da área, mas o lance foi marcado.
Vilão no primeiro tempo, Victor se tornou herói no fim. O goleiro pegou a
cobrança de Willian com bela intervenção em seu canto direito. Nos instantes
finais, quase que o Galo ainda conseguiu a virada após falta de Giovanni
Augusto. O jogo terminou de forma eletrizante no Mineirão.
CRUZEIRO
1 X 1 ATLÉTICO
Cruzeiro
Fábio; Ceará, Manoel, Bruno Rodrigo e Mena; Willians (Charles), Henrique e
Ariel Cabral; Alisson, Marquinhos (Fabrício) e Willian.
Técnico: Mano
Menezes
Atlético
Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Leandro
Donizete (Josué), Rafael Carioca (Dátolo), Luan, Giovanni Augusto e Patric
(Carlos); Lucas Pratto.
Técnico:
Levir Culpi
Gols:Willian,
aos 37 minutos - primeiro tempo (Cruzeiro); Carlos, aos 43 minutos - segundo
tempo (Atlético)
Motivo: 25ª
rodada do Campeonato Brasileiro
Local:
Mineirão, Belo Horizonte
Data: 13 de
setembro, às 16h
Árbitro:
Leandro Pedro Vuaden (RS)
Auxiliares:
Guilherme Dias Camilo e Márcio Eustáquio Santiago (ambos de MG)
Amarelos:
Marcos Rocha, Giovanni Augusto, Leandro Donizete, Josué, Jemerson, (Atlético);
Mena e Fabrício (Cruzeiro)
Vermelho:
Mena (Cruzeiro)
Pagantes:
45.991
Renda: R$
1.605. 850,00