sexta-feira, 15 de junho de 2018

CUIDADO!!! TATURANAS QUE MATAM E ESTÃO ENTRE NÓS...




Taturana encontrada no Brasil tem veneno capaz de matar uma pessoa
O Instituto Butantan alerta para os perigos do contato de pessoas com os “espinhos” envenenados de taturanas (ou lagartas) do gênero Lonomia, que apenas em 2017 foram responsáveis por 741 acidentes no país, de acordo com o Ministério da Saúde. O contato com a grande maioria das lagartas provoca dor e queimação, com inchaço e vermelhidão no local atingido. Porém, o acidente com a Lonomia pode causar uma síndrome hemorrágica, com sangramento na gengiva e na urina, até complicações graves como a insuficiência renal aguda, provocando a morte na falta de um tratamento correto.
Atualmente, o tratamento disponível para reverter os efeitos do envenenamento é a utilização do soro antilonômico produzido pelo Instituto Butantan desde 1994, único produtor do medicamento no mundo. O soro é obtido a partir do próprio veneno da Lonomia, em um processo no qual animais são imunizados com antígenos específicos e preparados com a toxina da lagarta.
Para manter a disponibilidade do medicamento, o Instituto recebe a cada ano uma quantidade suficiente dessas lagartas por meio de parcerias com secretarias de saúde da região Sul do país, geralmente entre os meses de dezembro e fevereiro. “Existe uma cadeia de participação para a produção do soro que envolve a população, órgãos de saúde e o Instituto Butantan. Tudo isso para viabilizar o soro”, explica Fan Hui Wen, gestora de projetos do Núcleo Estratégico de Venenos e Antivenenos do Butantan.
“Na medida em que divulgamos a existência dessas lagartas consequentemente se estabelecem ações de prevenção”, explica a médica do Butantan.

Sobre a espécie
Lonomia é um inseto em fase larval que possui quatro estágios de desenvolvimento – ovo, lagarta, pupa e mariposa – frequentemente encontrada nos períodos de calor e chuva em troncos de árvores, camufladas e agrupadas em colônias. Somente na fase de larval a lagarta possui cerdas “espinhudas” que contêm um veneno que, em contato com a pele, causa “queimaduras”, dor local e sangramentos. Os acidentes com Lonomia nem sempre causam envenenamento e a gravidade do caso depende da quantidade de lagartas que a pessoa tocou e o quanto de veneno foi inoculado a partir do contato, se foi um contato leve ou se houve pressão sobre as cerdas.
O encontro da lagarta com o homem deve-se provavelmente ao desmatamento e é facilitado pela existência de moradias próximas à ilhas de mata nativa, inclusive no meio urbano.

Desmatamento
Os motivos da expansão populacional da taturana Lonomia obliquaforam identificados pelo pesquisador Roberto Henrique Pinto Moraes já em 2002. “O desmatamento é o responsável pelo aumento populacional da taturana; o número de acidentes é consequência”, afirmou Moraes, em reportagem divulgada pela Universidade de São Paulo (USP) em 2003.

Diminuição de predadores explica avanço da taturana
Outra razão para o aumento da população da taturana do gênero Lonomia é a extinção de um ou mais de seus predadores naturais. O principal deles é uma mosca da família Tachinidae. Ela deposita cinco ou seis ovos. Outro predador é o vírus loobMNPV, nocivo apenas para a Lonomia obliqua. Entre os motivos de extinção dos predadores estariam o desmatamento e o uso de agrotóxicos nas plantações. “Para reduzir acidentes o melhor é a conscientização. Conhecer a lagarta e saber como evitá-la”, alerta Moraes.
(fonte: G1 – Terra da Gente)


sexta-feira, 30 de março de 2018

ÁLBUM HISTÓRICO DAS FAMÍLIAS ARAXAENSES: UM SUCESSO









Música, emoção e homenagens no lançamento do ‘Álbum Histórico das Famílias Araxaenses
                                                          
A noite do último dia 26 de março de 2018 ( segunda-feira ), foi diferente e especial em Araxá. Esta foi a data escolhida, para o lançamento do terceiro livro do escritor e artista plástico araxaense, José Dagualberto Borges – intitulado, ‘ Album Histórico das Famílias Araxaenses’.  O Teatro Municipal de Araxá foi o palco da festa, que recebeu dezenas de amigos, familiares, imprensa e convidados especiais. Tudo foi muito bem preparado para a grande ‘Noite de Registro Histórico’.  O jornalista Alexandre César foi o mestre de cerimônia, com assessoria exclusiva da Presidente da Fundação Cultural Calmom Barreto, Annette Akel.  A noite começou com a bela apresentação musical da Orquestra Camerata de Araxá ( Escola Municipal de Música Maestro Elias Porfírio de Azevedo). Discursaram, destacando o trabalho do autor, Annette Akel (Presidente da FCCB),  Tarcísio Cardoso ( Presidente da Academia Araxaense de Letras), Magaly Cunha ( advogada, musicita e amiga de Dalgo), Suely Borges ( esposa de José Dagualberto) e   Maria Laura Resende( Irmã Laura).  Muito emocionado, o autor José Dagulaberto Borges, agradeceu a presença de todos e disse que, “ este é um momento marcante em minha vida, pois hoje estpu realizando um sonho antigo, de homenagear amigos, familias tradicionais e pessoas que ajudaram a construir a história de nossa Araxá.” No final o escritor fez  uma sessão de autógrafos especial para os convidados.  O livro Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’,  de autoria de José Dagulaberto Borges, tem 198 páginas ilustradas com quase mil fotografias inéditas e exclusivas das mais tradicionais famílias de Araxá. O livro,  Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’ , tem a chancela do Ministério da Cultura por meio do Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura ( Pronac – 171080 ) e patrocínio da empresa CBMM . O evento teve o apoio e parceria especiais da Fundação Cultural Calmon Barreto de Araxá, Escola Municipal de Música Maestro Elias Porfírio de Azevedo, Teatro Municipal de Araxá  e da Presidente da FCCB – Annette Akel.


sexta-feira, 23 de março de 2018

Álbum Histórico das Famílias Araxaenses:










‘Dalgo’ fala sobre o lançamento do terceiro livro da carreira
             
Na próxima segunda-feira, dia 26 de março de 2018, o escritor araxaense José Dagualberto Borges, estará lançando o terceiro livro da carreira, entitulado: ‘ Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’. A noite especial e de autógrafos, terá como palco o Teatro Municipal de Araxá, e acontecerá a partir das 19 horas.  Trata-se de uma obra bastante esperada, que chega com muitas novidades e fotos inéditas. Segundo o autor, “ nossa expectativa é muito grande em torno da chegada  do  ‘ Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’, com certeza é um livro contagiante, curioso, que faz várias homenagens às famílias tradicionais de nossa Araxá e da região”.  ‘Dalgo’, disse também que, “ eu me sinto muito feliz e realizado, por ter conseguido chegar ao terceiro livro da minha carreira. Só lembrando, que o primeiro livro foi , ‘Os Montandon de Minas Gerais’, em seguida o ‘Album Histórico de Araxá’, e agora o ‘Album Histórico das Famílias Araxaenses’. “ José Dagualberto, explica ainda que,“ eu levei quase dois anos para concluir todo o trabalho de pesquisa e garimpagem deste novo livro. Foi um trabalho muito detalhado, mas gratificante, pois todas as famílias tradicionais de Araxá, que estão no livro, me abriram as portas de suas casas, disponibilizando, fotos, documentos e acervos pessoais, com toda gentileza e satisfação. Esse relacionamento fraterno e amigável com as famílias foi contagiante, pois eu fui recebido de braços abertos em todas as casas.” A nova obra do escritor e artista plástico araxaense José Dagualberto Borges, ‘Album Histórico das Famílias Araxaenses’, tem 198 páginas ilustradas com quase mil fotografias inéditas e exclusivas das mais tradicionais famílias de Araxá. Finalizando, Dalgo, revelou que,  “entre essas famílias, se destacam: os ‘ Montandon, os Borges, os Paiva, os Cunha, entre tanto”.  A expectativa em torno do lançamento do ‘Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’, na cidade é muito grande e será no próximo dia 26 de março de 2018, ( segunda-feira ) a partir das 19 horas, no Teatro Municipal de Araxá. O evento, terá as participações especiais dos ilustres araxaenses Magaly Cunha e Tarcísio Cardoso, além da apresentação especial da Orquestra Camerata de Araxá. No final o escritor Dalguito Borges fará uma sessão de autografos para os convidados.  O livro,  Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’ , tem a chancela do Ministério da Cultura por meio do Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura ( Pronac – 171080 ) e patrocínio da empresa CBMM . O evento tem o apoio e parceria especiais da Fundação Cultural Calmon Barreto de Araxá, Escola Municipal de Música Maestro Elias Porfírio de Azevedo, Teatro Municipal de Araxá  e da Presidente da FCCB – Annette Akel.

quinta-feira, 15 de março de 2018

JOSÉ DAGUALBERTO BORGES APRESENTA:










 ‘Uma noite de registro histórico’
                                              
Está quase tudo pronto, para a grande noite de lançamento, do novo livro do escritor e artista plástico araxaense, José Dagualberto Borges, o Dalgo. A  tão aguardada obra, que chega com muitas novidades e fotos inéditas, tem o título de ‘ Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’. Um livro contagiante, curioso, que faz uma reverência as famílias tradicionais de Araxá e região, e que foi concebido com muito trabalho de pesquisa e garimpagem pelo autor. O livro demorou quase dois anos, para ficar pronto e José Dagualberto, com muita paciência e faro de historiador nato, conseguiu mais de mil fotos inéditas e esxclusivas, para compor a obra,  que tem 198 páginas ilustradas. A expectativa em torno do lançamento do ‘Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’, na cidade é muito grande e será no próximo dia 26 de março de 2018, a partir das 19 horas, no Teatro Municipal de Araxá. O evento, terá as participações especiais dos ilustres araxaenses Magaly Cunha e Tarcísio Cardoso, além da apresentação especial da Orquestra Camerata de Araxá. No final o escritor Dalguito Borges fará uma sessão de autográfos para os convidados.  O livro,  Álbum Histórico das Famílias Araxaenses’ , tem a chancela do Ministério da Cultura por meio do Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura ( Pronac – 171080 ) e patrocínio da empresa CBMM .

sábado, 24 de fevereiro de 2018

PÁSCOA ILUMINADA 2018:

Páscoa Iluminada 2018: vai começar em Araxá, o maior evento temático da Páscoa do Brasil
A Rede Tauá de Hotéis lançou oficialmente,  a 5ª edição da Páscoa Iluminada Araxá. Com novas atrações, o festival se consolida como o maior evento temático de Páscoa do Brasil, apresentando uma programação que reúne quatro emocionantes espetáculos lúdicos, com muita música, teatro e tecnologia. De 2 de março a 8 de abril, o Tauá Grande Hotel e Termas Araxá se transformará na maior tela do País, e o Castelo se tornará um reino fantástico, onde crianças e adultos se encantarão com as histórias da vida de Jesus Cristo em “Jesus: paixão, vida e luz”, principal espetáculo do festival, além do “Baile da Beja”, “Páscoa Lago Show: do caos ao cosmos”, “Paixão de Cristo: um Cordel no Sertão” e a conhecida e cheia de fantasia “Vila do Coelhinho”. “Estamos ansiosos. Temos certeza que as novidades irão surpreender”, afirma João Luiz Chequer, idealizador do festival. “Já recebemos mais de cem mil pessoas nas quatro edições anteriores e nossa expectativa é receber mais de 30 mil pessoas este ano”, revela. “Os espetáculos acontecem de segunda à sábado, sempre à noite, com exceção da Vila do Coelhinho, que será produzida em um dos lindos jardins de Burle Marx do Grande Hotel de Araxá”, completa. As diárias para dois adultos, com pensão completa, podem ser reservadas a partir de R$ 854,00, em apartamento superior, com cortesia para duas crianças de até 8 anos, no mesmo apartamento. Para o feriado da Semana Santa, o pacote com três noites, nas mesmas condições, sai por R$ 3.949,95. Mais informações e reservas em www.taua.com.br ou 34.3669-7020.

Páscoa Solidária
De segunda à quinta-feira, os Araxaenses podem adquirir ingressos através da doação de um quilo de alimento ou ração. O objetivo é bater recorde de donativos para as instituições sociais da cidade, e de ração para os animais que foram adotados pelo complexo do Barreiro – ação realizada em parceria com a ONG Amo Peludinhos. As doações, alimentos não perecíveis ou ração animal, podem ser trocadas por ingressos nos supermercados Barbosão e Megamix. Às sextas e sábados, os ingressos custam R$ 20,00 reais para Araxaenses e, todos dos dias, R$ 40,00 para turistas e visitantes. Os hóspedes que doarem um ovo de Páscoa ganharam cortesia para duas crianças de até 12 anos.

Programação (de 2/3 a 7/4)
Segundas e sextas-feiras às 20 horas: “Jesus: Paixão Vida e Luz!”, com interações e efeitos inéditos!
A história do Salvador contada de uma forma extremamente iluminada. Com muitos efeitos especiais, a projeção mapeada na fachada do Grande Hotel fará do castelo uma imensa tela de cinema. Os passos do Messias serão mostrados de forma dinâmica, com várias milhares de interações tecnológicas, lembrando as passagens da vida Jesus em um espetáculo fantástico.

Terças e sábados às 21h30: “Baile da Beja”, inédito!
Uma animada banda levará os participantes do baile ao reencontro de uma das personagens mais ousadas de Araxá, Dona Beja. Embalados por hits dos anos 60, 70 e 80 o baile de época conta com uma boa dose de humor. Pequenas esquetes do nosso cotidiano serão vividas pelos personagens que margeiam a cortesã, tornando o baile um verdadeiro teatro. E a viagem no tempo não pára por aí, ela ainda nos leva aos gloriosos carnavais vividos no Grande Hotel de Araxá, relembrando as mais animadas marchinhas de carnaval.

Quartas e sábados às 20 horas: “Páscoa Lago Show: do caos ao cosmos”, inédito!
Uma odisseia fantástica através das eras, buscando entender o que somos, e o que há para além do invisível. Com fogos de artifícios, uma cortina d’água se transforma em uma enorme tela, que recebe a projeção mostrando a incrível odisseia dos seres humanos através das eras vividas durante a história do universo. O espetáculo faz um paralelo entre o que nos envergonha em nossa existência e atos que nos fazem ter orgulho de ser quem somos!

Quintas-feiras às 20 horas: Teatro “Paixão de Cristo: um cordel no sertão”, inédito!
Embalado pela magia da literatura de Cordel, o espetáculo mescla com maestria a história de Jesus e o cotidiano do Sertão Nordestino. Com muita irreverência, a peça mostra a vida do Mestre embalada pela zabumba e o acordeom, trazendo assim toda a influência nordestina para o palco. Esta é a história do homem que mudou a realidade da humanidade, desfiada em versos.

Texto: Luciana Lima


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

IMPLACÁVEIS E TALENTOSOS: GLAYER FRANÇA E PAULO MURILO PREPARAM DOCUMENTÁRIO INÉDITO:





A SAGA PELO SERTÃO COM SEUS ENCANTOS E MISTÉRIOS

Por Armindo Maia Neto

Os encantos, a tradição e história de Araxá a tornaram parte integrante do Circuito Turístico da Serra da Canastra, conhecido hoje em todo o País. Também não é por menos, a região é de uma beleza de tirar o fôlego. E o seu maior atrativo é o Parque Nacional da Serra da Canastra, criado em 1972 para proteger as nascentes do rio São Francisco. Além de Minas Gerais o rio percorre ainda mais quatro estados até desaguar no mar. Os sertanejos lhe deram o apelido carinhoso de “Velho Chico”, pois esse rio faz parte da ocupação do sertão. Desde o século 16 suas águas constituíram em estrada para a colonização brasileira.

 É a partir daí que nossa viagem começa, e que tal contar isto num filme. O cenário já esta criado: os cerrados com seus vastos espaços, suas paisagens magníficas e de uma beleza singular. Vêm depois as pessoas, as plantas e os animais que ali habitam, com sua história e cultura muito próprias. E é isto que o diretor Glayer França Jordão e o produtor Paulo Murilo Fonseca, ambos de Araxá, pretendem mostrar em documentário e levar sua exibição para a TV a nível nacional. É algo assim como a saga que narra a conquista da civilização pela nação brasileira.

 O projeto de Glayer “A Invenção do Sertão”, foi aprovado e tem o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo Cultural.  Além da região de Araxá e a Serra da Canastra, a produção contempla ainda os sertões de Guimarães Rosa descritos no romance “O Grande Sertão: Veredas”; o norte de Minas, com o Parque Nacional do mesmo nome, na divisa com o estado da Bahia, com um imponente chapadão e verdejantes veredas, verdadeiros oásis em meio à paisagem. Vamos dar um pulo também pelo sertão da Bahia, na região de Canudos e no Raso da Catarina, que é uma Área de Proteção Ambiental. A produção quer registrar ali de bem perto a arara-azul-de-lear e sua luta de resistência junto com o sertanejo para sobrevier numa terra árida, mas com paisagens e histórias encantadoras.

Esta relação do homem com a natureza é parte também do roteiro. E o fantástico lobo-guará é outro animal que caracteriza bem esse sertão mítico. Este que é certamente um dos mais bonitos e misteriosos animais da fauna brasileira está metido até a ponta do rabo em lendas e mitos pelo interior do País. Até hoje, acredita-se que os lobos são criatura místicas, tem o olhar mágico, capaz de hipnotizar. Na literatura foi eternizado nos contos de Guimarães Rosa.

 Segundo Glayer coube ao escritor, num formidável golpe de mestre, o papel de ampliar o significado dos vastos espaços do cerrado e criar essa mitologia nacional. Aí é que se encontra o sertão. O lugar passou então a ser povoado de sons e lendas. Rosa confrontou a tradição arcaica dessa região com a vanguarda da literatura e filosofia ocidental. A música do maestro Villa-Lobos nos remete em alma a este encontro, Tom Jobim também ficou encantado com o sertão de Guimarães Rosa e passou a traduzir os sons que ouvia trazendo-os para o seu disco Matita Perê.

GUIMARÃES ROSA E A CULTURA

Sendo assim o documentário irá mostrar o sertão, como a nossa paisagem afetiva, o sertão como possuidor de uma brasilidade particular, intensa e bela. Enfim, como as artes visuais, a música e a literatura, por meio de seus criadores, viram e retrataram o sertão como um espaço mítico, onde podia ser encontrado aquilo que era mais verdadeiro no Brasil. É o sertão como a nossa paisagem afetiva, possuidor de uma brasilidade particular, intensa e muito bonita. No roteiro o sertão é retrato não apenas como uma questão geográfica. Certa vez Guimarães Rosa declarou: “levo o sertão dentro de mim e o mundo em que vivo é também o sertão”.

 Glayer que já conhece os Parques Nacionais no Estado de Minas, parte de nosso sertão, é um apaixonado pela obra de Guimarães Rosa e diz que o projeto é um sonho antigo. Então nada mais oportuno que o seu reconhecimento pelo Ministério da Cultura. A pesquisa e uma pré-produção já teve início.  Agora, o que ele e todos os envolvidos neste projeto precisam é captar recursos para produção em si e sua realização.

Ao final da produção, os realizadores irão exibir o documentário nas comunidades onde serão feitas as filmagens, dando continuidade ao projeto que é também educativo. Com os estudantes, tanto de Araxá como das demais regiões, serão realizadas oficinas de como se produz um vídeo documentário, mas principalmente despertar nos jovens o amor pela natureza e o interesse pelas espécies da fauna e flora ameaçadas.

 Mas além da luta em prol de uma ou duas espécies em risco de extinção, ao conversar com Glayer percebo em seu projeto uma causa muito maior. Vejo um desejo de preservar a cultura, os costumes que fazem parte de nossa história e ideais. É o sertão como depositário do passado da sociedade. Como memória, pode mesmo constituir numa ameaça e deve ser derrotado, literal e simbolicamente? Mas, ao apreciar iniciativas assim e ver tanta paixão por uma causa, tenho certeza de uma coisa: o Sertão é um reino (ainda) a encantar e a ser decifrado por todos nós brasileiros.  Imagino que a partir daí, ao visitarmos uma regiãodos cerrados, reduto deste sertão, veremos que ainda é possível viver aventuras e descobrir segredos.
E quem sabe um diavocê juntamente com seus habitantes, seja capaz de decifrar sua linguagem. E até lá, num próximo passeio, simplesmente dando asas à imaginação o sertão possa então lhe contar histórias incríveis, cheias de encantos.
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Sugestão para uma janela

"A beleza aqui é como se a gente a bebesse, em copo, taça, longos, preciosos goles servida por Deus. É de pensar que também há um direito à beleza, que dar beleza a quem tem fome de beleza é também um dever cristão."

Guimarães Rosa /Grande Sertão: Veredas

Jornalista Armindo Maia
Telefones 34 3661 8242 ou 34 991386799

Araxá MG