Estudos recentes realizados na população brasileira,
evidenciaram que 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres
com menos de 50 anos
Em 5 de fevereiro é
comemorado o Dia Nacional da Mamografia, com objetivo de
conscientizar a população que o exame é o mais importante na detecção precoce
do câncer de mama, ou seja, o rastreamento. “Sabemos que,
quando diagnosticado em sua fase inicial, o câncer de mamatem mais de 90% de
chance de cura. Isso pode ser conseguido com a realização do exame em mulheres
assintomáticas e que se encontram em uma faixa etária na qual existe uma
relação favorável entre benefícios e riscos do exame”, explica Vivian Castro Antunes de Vasconcelos,
oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.
Segundo a médica, os avanços no tratamento do câncer de mama obtidos ao longo
das últimas décadas levaram a um aumento significativo na chance de cura e a
uma redução no risco de morte pela doença. “No entanto, ainda hoje, uma em cada
oito mulheres receberá o diagnóstico de câncer de mama em algum momento da
vida, até os 65 anos de idade. Esse dado alarmante é, porém,acompanhado de uma
informação tranquilizadora: a disponibilidade de uma excelente ferramenta para
o diagnóstico precoce da doença, a mamografia”, afirma.
De acordo com o oncologista, Leonardo Roberto da Silva, também do Grupo SOnHe,
grandes estudos clínicos, que incluíram mais de 500 mil mulheres, comprovaram o
benefício da mamografia. “Os resultados mostraram que as mulheres que faziam
mamografia regularmente apresentavam uma redução no risco de morte por câncer
de mama entre 10% e 35%, quando comparadas às mulheres que não faziam a
mamografia. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que esse
exame seja realizado a cada dois anos entre os 50 e 69 anos de idade. No
entanto, pesquisas recentes realizados na população brasileira, evidenciaram
que 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres com menos de
50 anos. Além disso, muitos desses casos são identificados em estados mais
avançados da doença, o que reduz significativamente as chances de cura. Assim,
as recomendações atuais do Ministério da Saúde excluem uma faixa importante da
população do programa de rastreamento (mulheres com idade entre 40 e 49 anos),
o que pode resultar em maior mortalidade por câncer de mama, uma doença que
ainda não é facilmente evitável”, lamenta o médico.
Os especialistas afirmam que diversas sociedades médicas vêm recomendando a
realização da mamografia a partir dos 40 anos. “Há estudos mais recentes, que
comprovam que tal estratégia está associada a benefício em termos de
diagnóstico precoce e redução do risco de morte por câncer de mama nessa faixa
etária. Atualmente, existe um Projeto de Decreto Legislativo (número 679/2019)
que propõe assegurar a realização da mamografia de rastreamento para as
mulheres a partir dos 40 anos, no Sistema Único de Saúde (SUS). O Projeto já
foi aprovado no Senado Federal e, atualmente, se encontra em tramitação na
Câmara dos Deputados”, finaliza Dra. Vivian.
* Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, formada
em oncologia clínica pela Unicamp, é oncologista do Caism/Unicamp. Mestre pela
FCM-Unicamp. Doutoranda na FCM-Unicamp e membro titular da Sociedade Brasileira
de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO)
e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Vivian é sócia do Grupo SOnHe –
Sasse Oncologia e Hematologia, e atua na oncologia do Instituto do Radium, do
CAISM e do Hospital Madre Theodora.
* Leonardo Roberto da Silva,
formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é
oncologista do Caism/Unicamp, com função docente junto aos residentes em
Oncologia Clínica da Unicamp. É mestre em Oncologia Mamária pela Unicamp e
doutorando na área de Oncologia Mamária pela FCM-Unicamp, com extensão na
Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de
Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO).
Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe –
Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium Instituto de Oncologia, no
Hospital e Maternidade Madre Theodora e no Hospital Santa Tereza.
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia, é formado por oncologistas
e hematologista que fazem o atendimento oncológico humanizado e
multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Instituto do Radium, Madre Theodora,
três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas. E no Hospital
Santa Casa, em Valinhos. A equipe oferece excelência no cuidado
oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e
humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser
humano. O SOnHe é formado pelos oncologistas: André Deeke Sasse, David Pinheiro
Cunha, Vinicius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos,
Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva e Higor Montovani e
pelos hematologistas Márcia Torresan Delamain e Bruno Kosa Lino Duarte. Saiba
mais: no portal www.sonhe.med.br e nas Redes Sociais @gruposonhe.