domingo, 14 de fevereiro de 2021
Minas Gerais é escolhida como uma das dez regiões mais acolhedoras do mundo
Minas Gerais foi considerada uma das regiões mais acolhedoras do mundo pelo Traveller Review Awards 2021, concurso promovido pela empresa Booking.com. O Estado ficou entre os dez melhores destinos na premiação neste ano, sendo o único brasileiro. O Traveller Review Awards leva em consideração as avaliações feitas pelos clientes na plataforma, sendo realizado anualmente. É a primeira vez que um estado do Brasil aparece na lista.
egundo a empresa, as regiões foram consideradas pelos viajantes como as mais acolhedoras do planeta, levando em consideração a hospitalidade e a simpatia. Confira a lista:
1- Taitung County (Taiwan)
2- Prešovský kraj (Eslováquia)
3- Oberösterreich (Austria)
4- Tasmânia (Austrália)
5- Canterbury (Nova Zelândia)
6- Nova Scotia (Canadá)
7- Chubut (Argentina)
8- O'Higgins (Chile)
9- Iowa (Estados Unidos)
10- Minas Gerais (Brasil)
Desenvolvimento Econômico lança Catálogo do Circuito Mineiro de Oportunidades e Negócios
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede) lança nesta sexta-feira (5/2) o catálogo “Circuito Mineiro de Oportunidades e Negócios – Boas Histórias”. O material, desenvolvido pela Diretoria de Apoio aos Pequenos Negócios e Cooperativismo, apresenta os resultados dos dois últimos anos do projeto, que promove a aproximação e inserção de pequenos negócios com fornecedores do segmento supermercadista.
Criado em parceria com a Associação Mineira de Supermercados (Amis), o Circuito Mineiro de Oportunidades e Negócios (CMON) é resultado de ações do Estado focadas nas vocações econômicas de cada região de Minas Gerais.
Para o secretário adjunto da Sede, Fernando Passalio, por muito tempo o poder público colocou diversas amarras ao setor produtivo, impondo excessiva regulamentação que acaba, por fim, prejudicando a liberdade de escolhas e de oportunidades das pessoas.
“Felizmente, estamos em tempos de mudanças profundas em nosso ambiente de negócios. Há espaço e oportunidade para se presumir a boa-fé do cidadão, especialmente no exercício das atividades econômicas”, afirma Passalio.
Projeto
Originado do Circuito Mineiro de Compras Sociais, o projeto passou por mudanças para atender diretrizes da atual gestão. No primeiro ano, o CMON, que passou a adotar como tom a política de fomento aos negócios, expandiu a sua atuação, incluindo edições em mais regiões do estado. Assim, em 2019, foram realizadas nove rodadas do Circuito: Divinópolis, Ipatinga, Uberlândia, Pouso Alegre, Montes Claros, Teófilo Otoni, Juiz de Fora, Belo Horizonte e Araçuaí.
Ao todo, foram capacitados 272 pequenos negócios e 539 pessoas, além da distribuição de 138 vagas em estandes de feiras de negócios do setor supermercadista.
Para o subsecretário de Desenvolvimento Regional, Douglas Cabido, o Circuito tem uma dinâmica interessante, que atrai participantes já veteranos. “Representam cerca de 70% as pessoas que sabem da oportunidade que o Circuito Mineiro proporciona e retornam nas edições seguintes. Isso, porque, elas conseguem fazer negócio e dão valor a isso”, afirma Cabido, garantindo que o reconhecimento também vem dos supermercadistas.
De acordo com pesquisa realizada com os participantes, 84% avaliaram o workshop como aprendizado aplicável ao negócio; 40% aumentaram a produção em até 20% para atender nova demanda; 26,7% contrataram novos colaboradores para seus negócios; 46,7 % fecharam negócios no Circuito Mineiro de Oportunidades e Negócios; 75% receberam algum tipo de retorno da negociação; 53% fizeram melhorias nos seus produtos; 29,00 % estão com negociações em andamento; 42% fecharam mais de um negócio durante a Superminas; e 53,3% melhoraram a divulgação de seus produtos via redes sociais e sites.
Encontros Virtuais 2020
Com o atual cenário gerado pela pandemia de covid-19, o CMON, que até 2019 ocorria de forma presencial, tornou-se virtual. Diferente da metodologia executada até então, o encontro entre empresas fornecedoras e compradoras passou para Rodadas de Negócios Virtuais, com tempo estimado de 15 minutos de negociação. Na sequência, havendo interesse entre empresas, o produto é encaminhado para aprovação e posterior fechamento de negócios.
Neste ano, foram realizadas cinco edições on-line, atendendo as regiões da Zona da Mata; Vales do Aço, Rio Doce, Mucuri e Jequitinhonha. Os encontros também foram focados no setor de panificação, nas regiões Metropolitana de Belo Horizonte e Centro-Oeste, além da Feira Virtual - Conexão Amis.
Ao todo, 267 empresas foram capacitadas; foram realizados 340 agendamentos on-line; 249 empresas em rodadas de negócios realizadas com os seguintes perfis de empresas: 39,96% microempresa – ME; 22,97% Microempreendedor Individual – MEI; 19,03% Empresas de Pequeno Porte – EPP; 11,16% Agricultura Familiar – AF e 7% Empreendimentos coletivos.
Os workshops de capacitação e preparação, que já tinham aprovação dos participantes, foram mais bem aceitos durante essas rodadas, sendo que 95,3% das empresas entrevistadas avaliaram que o conteúdo do workshop trouxe aprendizado para o seu negócio. Quanto à geração de negócios, 61,22% das empresas entrevistadas pós-evento informaram que estavam com negociação em andamento.
Esses dados e outras informações podem ser vistos na cartilha, além de depoimentos dos participantes do Circuito Mineiro de Oportunidades e Negócios. Clique aqui para conferir o material completo.
Estado alerta sobre golpes na vacinação de covid-19
Grupos mal-intencionados têm aproveitado a vacinação contra a covid-19 para aplicar golpes no país. Em Minas Gerais, o Governo do Estado alerta os públicos prioritários sobre os cuidados ao serem chamados para receber as doses da imunização. Checar a informação recebida e nunca passar dados bancários são algumas das recomendações.
Os golpistas aproveitam o momento de esperança e ansiedade pelas doses para simular agendamentos falsos de vacinação para a covid-19, conforme o diretor de Operações da Polícia Civil de Minas Gerais, Aloísio Daniel Fagundes. Segundo ele, as simulações, feitas por meio de telefonemas ou contato por mensagem, têm o objetivo de roubar dados bancários das vítimas.
“É preciso ter cuidado também com o acesso a links enviados por WhatsApp para um provável cadastro de vacinação. O ideal é, ao se cadastrar, entrar direto no site oficial da prefeitura responsável”, alerta Aloísio Fagundes.
Agendamentos
Os agendamentos para a vacinação da covid-19 são de responsabilidade de cada município. Em Minas, há cidades que optaram por fazê-los por cadastros dos grupos prioritários, outras escolheram entrar em contato com as pessoas por telefone. Ainda há aquelas que agendam a vacinação nas próprias unidades de Saúde.
Independentemente da forma adotada pelas prefeituras, a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Janaína Fonseca Almeida, recomenda aos cidadãos pertencentes aos grupos prioritários a checagem das informações recebidas. “Os municípios devem informar sua população sobre a vacinação da forma mais transparente possível, traçando estratégias de comunicação com o objetivo de esclarecer qualquer dúvida”, diz.
Ela recomenda que a população fique atenta sobre os agendamentos e os contatos. “Os agentes de Saúde devem se identificar sempre que forem às residências, usando uniforme e/ou crachás. Antes de receber a equipe em seu domicílio, é importante que o indivíduo cheque a informação com a sua unidade de Saúde. Em caso de dúvidas, também é possível acessar os sites oficiais, como as páginas das prefeituras, da SES-MG ou do Ministério da Saúde”, orienta.
Produtora de Queijo Minas Artesanal de Tapira é pioneira ao conquistar selo para venda nacional
Empreendedora contou com a assistência da Emater-MG no processo de adequação da queijaria
Perto de completar cinco meses da obtenção do registro de sua queijaria no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a produtora de queijo Minas Artesanal e empreendedora, Maria Geralda de Souza Silva, de Tapira, comemora os resultados da atividade. Depois de um processo de quase quatro anos, ela é a primeira produtora do município, na microrregião de Araxá, no Alto Paranaíba, a conseguir também o Selo Arte para seu estabelecimento.
A chancela, concedida pelo órgão estadual de inspeção sanitária, permite a venda de produtos alimentícios artesanais para outros estados. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), orientou e monitorou todo o processo de registro e a conclusão do requerimento do Selo Arte.
A técnica de Bem-estar Social da unidade regional da Emater-MG de Araxá, Gisele Maria Santos, explica que a produtora tapirense atendeu a todos os requisitos necessários para chegar à certificação. “Ela teve capacitação em boas práticas agropecuárias; estruturou a queijaria de forma adequada. Também fez o exame do gado e os exames físico químicos e microbiológicos do queijo e da água. Todo o processo foi acompanhado pela Emater-MG”, afirma.
A produtora Maria Geralda conta que não foi fácil obter o selo, com os ajustes e adequações exigidos, mas a persistência venceu. “A técnica da Emater vinha todo dia e falava: ‘Tenha paciência, você vai conseguir’. Então fomos pelejando. Finalmente chegou o Selo Arte. Vendo queijo para Brasília, Uberlândia, São Paulo, Curitiba e Ribeirão Preto”, comemora.
Produção
Atualmente, a produtora de Tapira fabrica, sozinha, em média, de oito a dez quilos de queijo por dia, dependendo da produção de leite da propriedade. Segundo Maria Geralda, a renda com a venda do alimento aumentou 100%, pois as modificações implementadas agregaram valor ao produto.
Os pedidos de compra não param e ela atende demandas de compras que variam de 30 a 50 quilos do produto. A peça é vendida a R$ 40 o quilo. A queijaria de Maria Geralda fica na Fazenda Antas, próxima à região urbana de Tapira. O queijo foi batizado de “Pingo da Serra”, nome inspirado no soro usado na fabricação do Queijo Minas Artesanal e também no relevo do local.
Registro
O gerente de Inspeção de Produto de Origem Animal do IMA, André Duch, afirma que o tempo de regularização de uma queijaria no órgão depende de vários fatores e pode estar relacionado ao histórico de pendências do produtor.
“Depende de qual estágio a pessoa está. Por exemplo, tem produtor que chega aqui pra gente registrar e não tem nada. Outro já tem uma queijaria muito bem encaminhada e só falta a documentação. Tem alguns que dependem de crédito ou financiamento”, diz.
O gerente do IMA esclarece que o Selo Arte não é automaticamente concedido no ato de registro da queijaria no órgão. “O produtor tem de solicitar em requerimento. A gente tem de ter um documento demonstrando o interesse dele”, informa, acrescentando ainda que é possível pedir o selo após o registro. Segundo Duch, o estado tem 35 queijarias com a chancela.
Garantia para o consumidor
A coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal, Maria Edinice Soares, reforça que a Emater-MG pode fornecer todas as informações necessárias ao trâmite do registro da queijaria e do Selo Arte. Ela destaca que a chancela é uma garantia a mais para o consumidor e uma forma de ampliar o alcance da comercialização para o fabricante.
“O selo fala ao consumidor que aquele queijo é artesanal e segue parâmetros de legislação de boas práticas agropecuárias e de fabricação. Com isso, o produtor pode colocar o seu produto em qualquer gôndola, tanto dentro como fora do estado”, justifica.
De acordo com a coordenadora, entre os documentos que o produtor tem de entregar ao IMA estão um memorial socioeconômico, descrevendo toda a estrutura de queijaria e de curral, os programas operacionais de higiene e sanitização, comprovante de sanidade do rebanho, entre outros. “O papel da Emater-MG é orientar e apoiar o produtor na organização desses documentos e na assistência técnica”, afirma.
O Queijo Minas Artesanal pode ser produzido legalmente em todo o estado de Minas Gerais. Mas somente aqueles queijos que estão em microrregiões caracterizadas como produtoras podem explorar, no rótulo, a nomenclatura da região. Em Minas são oito as regiões caracterizadas: Araxá, Serro, Cerrado, Campo das Vertentes, Serra do Salitre, Triângulo Mineiro, Canastra e mais recentemente, Serras da Ibitipoca.
Tapira
O município de Tapira fica na região produtora de Queijo Minas Artesanal de Araxá e tem tradição na fabricação deste alimento. Ao longo da história, o produto foi fonte da renda de muitas famílias. A estimativa é que haja hoje em torno de 120 produtores da iguaria, segundo a unidade regional da Emater-MG de Araxá.
Atualmente, quatro produtores de Queijo Minas Artesanal de Tapira estão em processo de regularização dos seus estabelecimentos.