quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

TJMG cria grupo para elaborar política contra assédio moral

 


Propostas serão apresentadas em março e devem atender Resolução 351, do CNJ

Prevenir e enfrentar situações humilhantes e constrangedoras no trabalho, bem como impedir o tratamento diferenciado que inferioriza determinados grupos ou pessoas no ambiente corporativo. A partir desta semana, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais deu mais um passo para a criação de uma política que garanta a atuação e a abordagem adequada de casos desse tipo, que adoecem o trabalhador e prejudicam a execução das tarefas. Os temas assédio moral, assédio sexual e discriminação serão estudados por um grupo de trabalho instituído em 8 de fevereiro.

O grupo fará propostas que vão integrar a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação, criada a partir da Resolução 351, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), publicada em outubro do ano passado. O trabalho de cada um dos integrantes vai contribuir para a reestruturação da Comissão Paritária e Multidisciplinar de Estudos, Prevenção e Recebimento de Reclamações, que já atua no TJMG desde 2013. "O grupo instituído fortalecerá os trabalhos já adotados no Tribunal para lidar com esses temas de extrema importância para os nossos públicos, sejam eles minoritários e vulneráveis ou não", explica o superintendente administrativo-adjunto do TJMG, desembargador José Arthur Filho, que coordenará os trabalhos. Para o magistrado, o combate às atitudes de assédio e discriminação, por qualquer motivo, no âmbito das relações socioprofissionais, deve ser abraçado, garantindo aos servidores, magistrados, estagiários e colaboradores a segurança, o diálogo, a cooperação e o respeito que o ambiente de trabalho requer.

Dignidade humana

O coordenador dos trabalhos ressalta ainda que a criação de uma política vai dar mais amparo à comissão que já existe na Casa, favorecendo a atuação de seus membros. "O combate aos casos de assédio e discriminação deve ser constante, e o Poder Judiciário precisa adotar estratégias efetivas e coletivas. Não mediremos esforços para garantir os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal, com ênfase na dignidade humana e na integridade física, psíquica, sexual e moral de todos que atuam no TJMG", afirma.

O superintendente de Saúde do Tribunal, desembargador Bruno Terra Dias, que também integra o grupo criado, acredita que o processo civilizador impõe a necessidade de freios morais que impeçam ou desencorajem as atitudes de assédio e discriminação. "Esse grupo de trabalho inscreve o Tribunal como protagonista de uma transformação cultural essencial nesse processo civilizatório, nos tirando da posição de apenas espectadores", diz.
 O superintendente de Saúde, desembargador Bruno Terra Dias, acredita que combater o assédio moral exige uma transformação de cultura

O desembargador alerta para o fato de que atitudes que não são éticas contaminam os ambientes, inclusive o de trabalho, motivando conflitos que se desdobram em desequilíbrios emocionais e, em situações extremas, até em transtornos de comportamento graves. Atualmente, a Superintendência de Saúde do TJ toma conhecimento dos casos de assédio por meio da Diretoria Executiva de Administração de Recursos Humanos (Dearhu) e da Gerência de Saúde no Trabalho (Gersat). O magistrado acredita que, para o aperfeiçoamento do acompanhamento desses casos, será necessário desenvolver uma metodologia que, inclusive, leve em conta as transformações ocorridas no ambiente corporativo com a pandemia.

Produção de conhecimento

O desembargador defende que as primeiras ações do grupo de trabalho sejam voltadas para a produção do conhecimento, que vai nortear a concepção de uma política. "Outro passo que temos em mente é a atuação voltada para a criação de um ambiente adequado, em que as vítimas se sintam seguras para revelar as situações conflitivas sem receios", diz. Para o magistrado, enfrentar as situações de assédio e discriminação é também uma forma de garantir a prestação de um serviço judicial qualificado ao cidadão. "Estamos falando de uma mudança cultural necessária, o que não se alcança apenas com esforço do Judiciário, mas com a participação de todos."

A juíza Maria Isabel Fleck, presidente da Comissão Paritária e Multidisciplinar de Estudos, Prevenção e Recebimento de Reclamações acerca do Assédio Moral no Trabalho no âmbito da Justiça Comum do Estado de Minas Gerais (Coassed), explica que a resolução do CNJ e a criação do grupo de trabalho no TJMG vão melhorar a estrutura que já existe. "Já temos uma atuação consolidada e, até o período anterior à pandemia, nosso foco era a prevenção. Já estávamos conseguindo mapear as comarcas adoecidas", detalha. A pandemia, no entanto, não apenas dificultou o trabalho, como mudou o perfil das reclamações atendidas pela Coassed.
  A juíza Maria Isabel Fleck, presidente da comissão que lida com as denúncias de assédio moral no TJMG, afirma que o número de casos aumentou durante a pandemia

"Tivemos um aumento no número de denúncias. Há muitos profissionais trabalhando sob pressão, sobrecarregados e muito estressados. Assim, nossa atuação deixou de ser preventiva, neste momento, e está mais voltada para a intervenção", explica a juíza. Outra nova realidade enfrentada pela Comissão Paritária, com a pandemia, tem sido a de casos de denúncia de assédio moral coletivo. "Precisamos nos readaptar a uma nova realidade e aprender a lidar com as diferenças também nesse momento tão delicado."

Regionalização

Maria Isabel Fleck ressalta que a política desenvolvida hoje no TJMG prioriza não só prevenir, mas também apaziguar conflitos e apontar soluções quando as situações de assédio já estão instaladas. O acréscimo do assédio sexual e da discriminação no escopo do trabalho, na visão da magistrada, apenas complementa as situações atendidas pela Comissão. "Todo caso de assédio sexual e de discriminação acaba por culminar também no assédio moral", explica.

Entre as sugestões da magistrada para as discussões do grupo de trabalho estão a necessidade de regionalização das ações de prevenção e combate e a integração das áreas do TJ que atuam nos casos de assédio. A magistrada também ressalta a importância de que a equipe da Comissão seja qualificada para lidar com o tema, garantindo o sigilo das denúncias e o correto tratamento de cada caso, de forma a minimizar o medo das vítimas de denunciar.
A sala da Comissão Paritária, que recebe as denúncias de assédio moral no TJMG, começou a funcionar em junho de 2019, no Fórum Lafayette

A presidente da Comissão Paritária lembra também que o assédio moral não apenas adoece, mas leva ao absenteísmo, o que compromete significativamente os resultados do trabalho. "Precisamos reconhecer essa realidade e criar mecanismos para tratá-la. A criação desse grupo de trabalho fortalece as ações que já estamos desenvolvendo", afirma. Em 30 dias, as propostas serão apresentadas ao presidente do TJMG, desembargador Gilson Soares Lemes.

Além do superintendente adjunto do TJMG, do superintendente de Saúde e da presidente da Comissão Paritária, integram o grupo de trabalho a desembargadora Maria Inês Rodrigues de Souza, superintendente de Equidade de Gênero, Raça, Diversidade, Condição Física ou similar; a ouvidora do TJMG, desembargadora Cláudia Maia; os juízes auxiliares da Presidência e das Vice-Presidências; o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça Eduardo Gomes dos Reis; o servidor Guilherme Augusto Mendes do Valle, da Secretaria Especial da Presidência e das Comissões Permanentes (Sespre), que dará apoio ao trabalho do grupo; e a servidora Sheila Augusta Ferreira Fernandes Salomé, representante do Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais (Serjusmig). A critério da coordenação do grupo, servidores de outras áreas poderão ser convocados para participar das discussões.

Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG 

CBMM INFORMA:

 


Jovem que perdeu os pais pede conscientização para população de Araxá

 


A Prefeitura Municipal de Araxá divulgou mais um vídeo nas redes sociais que faz parte do movimento “Viva Por Inteiro”. Na peça, o técnico de mineração, Vicente de Paula Carvalho Júnior (Juninho), 32 anos, conta como o Covid-19 afetou sua família e pede conscientização para a população. Em menos de cinco meses, Vicente perdeu a mãe, o pai e um tio vítimas da Covid-19. Ele também perdeu uma tia que sofreu infarto em decorrência do susto com o número de casos na família.

 

“A hora que o problema atinge sua família, que você começa a perder esses pilares, é que você começa a refletir. Só que aí é tarde e para esse problema não tem solução”, diz. Vicente não tem palavras para definir o que representa o coronavírus na sua família. “É tão complicado que eu não sei nem definir. Mas, destruição de família é o que mais se encaixa.”

 

“Minha mãe era tudo que eu tinha. Ela era minha amiga, conselheira, meu suporte espiritual, pessoal. Ela que me dava conselho, me apoiava em meus projetos. Independentemente de tudo, era a pessoa que estava do meu lado. Eu perdi isso. Eu fiquei sem rumo, as coisas perderam bastante o sentido”, conta Vicente.

 

O jovem pede conscientização da população neste momento de pandemia. “Na minha visão, quem estava nas filas do supermercado, colocou a cerveja acima da família, que é aquilo que você tem de mais precioso na vida.”

 

Em menos de 24 horas, o vídeo já havia alcançado 27 mil visualizações no Facebook da Prefeitura de Araxá. 

 


Implantado o Núcleo de Inovação em Araxá

 


A inovação tecnológica é uma das áreas responsáveis por fomentar o desenvolvimento sustentável e facilitar o dia a dia das pessoas. Com o objetivo de tornar a cidade referência em infraestrutura tecnológica, gestão e serviços, o prefeito Robson Magela designou a implantação efetiva do Núcleo de Inovação no município. O setor, que já existe na nomenclatura da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, ainda não havia sido instituído por falta de profissionais qualificados e especializados para a função.

A nova estrutura visa modernizar processos, por meio da criação de estratégias tecnológicas que facilitem a vida das pessoas na cidade. Também serão firmadas parcerias com empresas e instituições para viabilizar projetos inovadores.

“Convocamos representantes das universidades, empresários e empreendedores do Vale do Nióbio, a fim de que possamos de maneira colaborativa transformar a realidade social e econômica da região de Araxá”, enfatiza o secretário Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Juliano Cesar da Silva.

O processo de inovação tecnológica consiste em uma série de fases para que melhorias sejam implementadas. “A secretaria não possuía uma base de dados das empresas de Araxá. Neste primeiro momento, utilizamos tecnologias baseadas em inteligência artificial para fazer o levantamento que facilitará muitas ações em prol do desenvolvimento econômico da cidade. A médio prazo, teremos a criação de um espaço dentro da Prefeitura de Araxá para pensar, criar, experimentar e impulsionar soluções inteligentes para os problemas do município. A longo prazo, faremos de Araxá, uma cidade inteligente (smart city)”, destaca o secretário.


CBMM INFORMA:

 


Cinco passos para a cirurgia plástica consciente

 

Avaliar a real motivação por trás do desejo de mudar a aparência e ter expectativas equilibradas são algumas medidas que evitam decepções e riscos

 


Quem não gostaria de mudar algo em sua aparência? Pesquisa recente com 7.900 pessoas apontou que 61% dos adultos entrevistados possuem uma imagem corporal negativa de si mesmo, sendo que 53% acredita ter ficado pior ou muito pior durante o isolamento social. Outro estudo com mais de 18 mil mulheres de 40 países – inclusive o Brasil – apontou que apenas 29% delas estavam satisfeitas com o tamanho dos seios: a maioria preferia que fossem maiores. A busca pela satisfação com o que vemos no espelho é mais do que normal e os avanços da medicina permitem à cirurgia plástica auxiliar com grande êxito. O problema começa quando esse não é um desejo baseado em seu próprio bem-estar e se agrava quando entram em cena outras influências, muitas vezes dissociadas da realidade, misturadas ao caldeirão de informação nem sempre confiável das redes sociais. 

 

“Os padrões de beleza definidos e expostos pela mídia, na TV e no cinema sempre influenciaram a sociedade, era muito comum receber no consultório um paciente com uma foto de um famoso ou famosa, com a expectativa de que as intervenções plásticas o tornassem mais parecido com aquele ideal particular de beleza no momento”, destaca o cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Leandro Faustino. “Nos últimos anos, com a evolução dos valores e costumes, se abriu espaço para o debate em torno da diversidade, da beleza natural e suas diferentes manifestações”, acrescenta. “Contudo, as redes sociais, com a superexposição e recursos como filtros e outras edições, continuam estimulando a busca por resultados irreais”.

 

De acordo com o especialista, o que se percebe hoje é um anseio por procedimentos que tornem a pessoa mais parecida na vida real com a foto “perfeita” editada pelo filtro ou por aplicativo – o que é tão improvável quanto se tornar um irmão gêmeo do famoso da foto nas décadas passadas. “Para complicar esse quadro, com o maior uso da internet e redes sociais na pandemia, se alastrou a divulgação de procedimentos inadequados, tidos como milagrosos, e que além de não ter efeito, ainda colocam a saúde em risco”, diz Faustino. “Em geral usam imagens manipuladas para simular resultados inexistentes, criando uma ilusão e aumentando o nível de frustração”.

 

Leandro Faustino enumera abaixo os cinco passos que considera essenciais para a realização de uma cirurgia consciente e que faz questão de percorrer com cada paciente em seu consultório – de anônimos a famosos e influencers:

 

  1. Identifique a real motivação. “Pense na razão pela qual está buscando este procedimento estético. Se for para agradar a si mesmo, ótimo! Se for para agradar a qualquer outra pessoa, se sentir parte de um grupo ou se adequar a um padrão estético, não faça. Sua única motivação deve ser o seu bem estar!”

 

  1. Garanta a segurança. “Existem procedimentos que podem ser feitos tanto nas clínicas como nos hospitais, mas questione se o local onde pretende fazer a cirurgia possui estrutura e as autorizações pertinentes. Verifique também se tem todas as condições de partir para um plano B, no caso de alguma intercorrência. Não se deixe levar apenas por motivações financeiras, é preciso assegurar sua tranquilidade e não colocar sua vida em risco”.

 

  1. Tenha acesso à informação correta. “Converse com seu médico, ele é a pessoa mais indicada para tirar todas as dúvidas. Pesquise, questione, esclareça. Na internet há muita informação equivocada, falsa ou mesmo manipulada por jogos de interesses comerciais, é preciso saber interpretar e filtrar o que é relevante”.

 

  1. Equilibre as expectativas. “De posse das informações corretas, o paciente pode criar uma expectativa realista do resultado, de acordo com seu biotipo. Os resultados são diferentes para cada pessoa, não adianta se basear no que o outro fez ou em fotos das redes sociais e revistas, que são manipuladas. Pergunte a seu médico o que esperar exatamente do seu procedimento”.

 

  1. Cuidado com marketing inadequado e mídias sociais. “O marketing médico exige uma regra para ser seguida, uma ética correta e séria, pois estamos falando de cirurgias. Por esse motivo, inclusive, não se deve divulgar fotos de antes e depois, não podemos expor os pacientes e sua privacidade. A falta de seriedade no marketing das cirurgias plásticas é que está causando essa ilusão e distorção nas redes sociais. Consulte sempre um cirurgião plástico filiado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”.

 

*Sobre Leandro Faustino*

Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e com residência em cirurgia plástica na UNIFESP, passou parte de sua residência no mundialmente famoso Massachussets General Hospital, da Universidade de Harvard, nos EUA. Dr. Leandro Faustino coleciona especializações em instituições renomadas brasileiras e internacionais que possibilitam que ele realize com excelência mais de 30 procedimentos estéticos e de reconstrução.

É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, possui Mestrado em Cirurgia Plástica pela UNIFESP e pós-graduação em Cosmiatria, Laser e Procedimentos Estéticos no Hospital Israelita Albert Einstein. Ao longo de sua carreira coleciona prêmios e homenagens, com formação e experiências complementares nos Estados Unidos, em Dubai e na Áustria. É autor de artigos científicos, capítulos de livros e artigos em revistas de grande circulação na mídia. Atualmente, faz parte do quadro médico de renomados hospitais como Sírio Libanês e Albert Einstein e Human Clinic.

 

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Site: https://doutorleandrofaustino.com.br

Instagram: @drleandrofaustino

 

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Dia mundial da Síndrome de Asperger: Neurocientista explica erros na interpretação sobre inteligência neste caso

 


Doutor em neurociências e psicologia, Fabiano de Abreu discorre sobre a síndrome, causa e tratamento 


A Síndrome de Asperger é uma perturbação do comportamento com uma base genética que se enquadra nas perturbações do espectro do autismo. Algumas das principais características desta síndrome  estão relacionadas com alterações na interação social, na comunicação e no comportamento.


Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger que embora não tenha cura existem uma série de tratamentos para minorar os aspectos negativos associados. O neurocientista e psicólogo Fabiano de Abreu pronúncia-se sobre esta síndrome elucida-nos como é diagnosticada e como pode e deve ser acompanhada. 


Segundo Abreu, pessoas que padecem desta síndrome costumam apresentar alguns traços comuns: dificuldades na interação social, problemas na comunicação e discurso, problemas de empatia e interesses limitados, interpretação literal da linguagem, comportamentos repetitivos ou rotineiros, descoordenação motora e hipersensibilidade a estímulos sensoriais.


Ainda segundo o neurocientista, "A síndrome de Asperger corresponde a um conjunto reconhecível de atipicidades, apesar de uma existência instável na nosografia psiquiátrica. Mais uma condição do que um transtorno, merece reconhecimento como uma entidade isolada dentro do espectro do autismo, em particular porque isso é benéfico para aqueles que se identificam com ele. Em comparação com pessoas com autismo prototípico, os indivíduos Asperger têm interesses intensos e enfrentam questões motoras, afetivas e adaptativas distintas.".


As questões ligadas à inteligência são bastante discutidas. Muitas vezes existe uma confusão entre ser altamente inteligente ou ser altamente especializado. Quem sofre desta síndrome desenvolve focos bastante fortes numa área de interesse que pode levar essas pessoas ao sucesso pois é visto como objetivo primordial.


"Erradamente apontam pessoas com Asperger como inteligentes, essa justificativa é perigosa pois serve como argumento para a falta de cuidado necessário para um melhor desenvolvimento resultando num melhor bem estar para pessoas com esse espectro autista. Pessoas com Síndrome de Asperger podem apresentar determinadas inteligências mas falham na cognição que é, também, uma inteligência. Por isso, deve-se ter todo cuidado educacional e no desenvolvimento cognitivo para que possam se enquadrar melhor na sociedade e contribuir com ela.", indaga Abreu.


O diagnóstico é normalmente realizado por uma equipe multidisciplinar e, este acompanhamento médico segundo o neurocientista é fundamental para o desenvolvimento da criança.


"Ter o acompanhamento adequado ajuda a criança a ter níveis de automatização que provavelmente não conseguiria atingir se não fosse seguido.", explica.


Como foi mencionado acima, a síndrome de Asperger não tem cura pois é uma condição e não uma doença. Contudo, há passos a desenvolver para melhorar a qualidade de vida de forma geral.


"Existem diversos tratamentos e intervenção terapêutica que proporcionam oportunidades para os pacientes de se desenvolverem e terem melhor qualidade de vida. Mesmo quando pode incluir tratamento medicamentoso. O acompanhamento psicológico  é essencial e muito importante para que a pessoa aprenda a conhecer e a aceitar.", esclarece Fabiano de Abreu.


Para o neurocientista, "As pessoas Asperger podem contribuir para o progresso da sociedade e merecem o pleno reconhecimento de seus direitos e individualidade dentro de um mundo neurodiverso.", remata.


Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558







Jennifer da Silva 
Suporte MF Press Global 
 
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