quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Boletim Epidemiológico confirma 153 casos positivos e 4 óbitos por Covid-19 em Araxá

 


O resultado de viagens, festas e aglomerações do período de carnaval já começa a ser identificado em Araxá. A Secretaria Municipal de Saúde registrou o recorde de casos e óbitos confirmados por Covid-19 desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram 153 novos registros de pessoas que testaram positivo para o coronavírus e quatro óbitos confirmados – dois que estavam em investigação e outros dois que estavam internados em Uberaba devido a outras comorbidades.

Um aumento de 48,5% em relação ao então maior número de casos positivos notificados no município (103), registrado no Boletim Epidemiológico de Enfrentamento à Covid-19 em 10 de fevereiro. O maior número de mortes registradas anteriormente em um único boletim era de dois pacientes.

O município decretou uma série de medidas para tentar frear o avanço da doença no município nos últimos dias. Dentre elas, o cancelamento do ponto facultativo e revogação do feriado de Carnaval e a proibição total de venda de bebidas alcoólicas durante 15 dias em Araxá.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Diane Dutra, o recorde de casos é fruto de viagens, festas e aglomerações do Carnaval. “Mesmo com o cancelamento do ponto facultativo e feriado do Carnaval, algumas empresas concederam o recesso aos trabalhadores. Segundo o monitoramento realizado desses casos, muitas dessas pessoas estiveram em viagem, festas em ranchos, cidades vizinhas e aglomerações em casa.”

Diane explica que o resultado das medidas de restrições publicadas no último decreto municipal, válidas a partir do dia 16 de fevereiro, será identificado na próxima semana. “Somente na próxima semana que vamos conseguir avaliar se as medidas impostas surtiram o efeito esperado. Por enquanto, o que temos é o resultado do Carnaval, que mesmo com a ação do município, muitos não respeitaram.”

Óbitos

A Secretaria Municipal de Saúde informa que quatro óbitos foram registrados nas últimas 24 horas, dois estavam em investigação e outros dois estavam internados em Uberaba devido a outras comorbidades. Todos são do sexo masculino, com 71, 78, 79 e 84 anos. Com isso, Araxá chega a 65 óbitos confirmados até o momento.

CBMM INFORMA:

 

LINK:  https://www.youtube.com/watch?v=QpED1KJ5NWI

Na semana do Dia Internacional da Obesidade, especialista em Nutrição oferece vídeos gratuitos

 


São Paulo, fevereiro de 2020 - Além da pandemia do coronavírus, o mundo todo -inclusive o Brasil- vive uma outra pandemia crônica, a da obesidade, que prejudica a qualidade de vida e mata milhares de pessoas todos os anos. O dia 4 de março marca o Dia Mundial da Obesidade (World Obesity Day), data em que estudiosos do mundo todo se mobilizam pela conscientização contra a doença.

Pensando em ajudar no combate à obesidade, a PHD em nutrição Sophie Deram, autora do best-seller "O Peso das Dietas", disponibilizará para o público em geral oito vídeos gratuitos do evento online "Manifesto para o novo olhar sobre a obesidade", realizado em novembro de 2020. O conteúdo poderá ser acessado pelo site do Manifesto, de forma 100% gratuita, entre os dias 04 e 06 de março".

"Vemos a data mundial (World Obesity Day) como uma oportunidade para chamar a atenção para a doença, além de promover a mudança no enfoque do tratamento dado aos obesos. Enquanto o foco principal for a perda de peso, o quadro de saúde da população tende a piorar. A saúde é um conceito que engloba o bem estar físico, mental e social da pessoa e sua qualidade de vida, não somente o seu peso", explica Sophie.

Palestrantes

Além da idealizadora, o manifesto contou com a mediação da jornalista Fabíola Cidral e com as participações de palestrantes renomados: o sociólogo e antropologista francês Claude Fischler; o coordenador da Assistência Clínica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), o psiquiatra Táki Cordás; a médica Paula Teixeira, fundadora do centro brasileiro de Mindful Eating; e os pesquisadores e também nutricionistas Dennys Cintra e Maria Carolina Mendes, da UNICAMP.

O evento visa despertar a reflexão sobre como lidar de forma mais atualizada e humana com o tratamento da obesidade. Foram apresentadas alternativas para enfrentar a condição, que afeta 19,8% da população brasileira, segundo o Ministério da Saúde. Os convidados também apresentaram estudos científicos que apontam possíveis caminhos para tratar o obeso sem recorrer a dietas restritivas.

O encontro não teve fins lucrativos nem conflito de interesses com as indústrias alimentícia e farmacêutica.
"Com o ‘Manifesto’, vamos na contramão do discurso tradicional e do posicionamento da maioria dos profissionais da saúde, e pretendemos chamar a atenção das autoridades para o novo olhar sobre a obesidade. É necessário rever a abordagem com urgência, adotando um olhar novo e mais empático", defende.

Serviço
Vídeos Gratuitos- "Manifesto para o novo olhar sobre a obesidade"
Quando: 04 a 06 de março
Como acessar: Pelo site (https://manifesto-obesidade.com.br/)


Sobre Sophie Deram: Autora do livro "O Peso das Dietas", é engenheira agrônoma de AgroParisTech (Paris), nutricionista franco-brasileira e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) no departamento de Endocrinologia. Além de especialista em tratamento de Transtornos Alimentares pelo AMBULIM - Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP, é coordenadora do projeto de genética e do banco de DNA dos pacientes com transtorno alimentar no AMBULIM no laboratório de Neurociências.

Mais Informações
Ortolani Comunicação e Marketing

Cronograma Limpeza Urbana, Iluminação Pública e Tapa-Buracos - 24/02/21 em Araxá

 


ILUMINAÇÃO PÚBLICA

EQUIPE 1

- Novo Horizonte

- Jardim Cecília

- Leda Barcelos

- Camuá

- Jardim Europa

 

EQUIPE 2

- Vila Estância

- Veredas da Cidade

 

TAPA-BURACOS

 - Rua Elza Lemos, Vila Silvéria

- Rua Romeu Castro Alves, Vila Silvéria

- Rua Dulce Mascarenhas Torres, Vila Silvéria

 

LIMPEZA E CAPINA

- Entorno Uninoroeste

- Praça Escola Estadual Dom José Gaspar

- Avenida Dâmaso Drummond

- Avenida Divino Alves Ferreira

 


CBMM INFORMA:

 

LINK:  https://www.youtube.com/watch?v=QpED1KJ5NWI

O esporte cooperativo na inclusão de PCD

 

Francisco Sogari*

 


Num país em que as políticas de inclusão da pessoa com deficiência parecem andar na contramão das conquistas da sociedade organizada, sobretudo das minorias, se faz necessária uma análise mais aprofundada do papel do esporte na vida deste segmento que representa 5% da população.

O esporte é um fenômeno sociocultural com formas de manifestações heterogêneas, envolvendo aspectos físico, emocional, econômico e social. É indicado desde a fase inicial do processo de reabilitação e oferece às pessoas com deficiência a oportunidade de experimentarem sensações e movimentos, que frequentemente são impossibilitados pelas barreiras físicas, ambientais e sociais.

O processo de inclusão social através do esporte configura-se como um importante meio de empoderamento de pessoas com deficiência. Mas o componente competitivo lhe confere uma face excludente, na qual vence a capacidade atlética, a força e a velocidade.

A deficiência é associada à falta de produtividade, o fracasso é facilmente apontado e o sucesso quando percebido é atribuído ao mérito, desvalorizando o esforço depositado para atingir esta meta.

Durante duas décadas, o Instituto Gabi promoveu a inclusão de pessoas com deficiência utilizando o esporte como ferramenta. Exercícios físicos, aulas de judô e karatê, vôlei, basquete, equoterapia e outras práticas mostraram os importantes benefícios que contribuem para a reabilitação. Os campeonatos com premiação, torneios ou festivais não são competitivos, mas cooperativos. Mesmo sendo individual, a prática é reconhecida na sua coletividade.

A experiência mostra que o esporte gera um sentido para a vida  destes atletas anônimos, desempenha o papel de  percepção de competência e identidade pessoal. Fortalece a independência e autoconfiança para a realização das atividades diárias, além de uma melhora do autoconceito e da autoestima.

*Francisco Sogari é Mestre em Comunicação, Professor de Jornalismo e Fundador do Instituto Gabi, que há 20 anos se dedica à Inclusão Social de pessoas com deficiência, buscando ser referência no atendimento e na construção de políticas públicas para pessoas com deficiência.

www.institutogabi.org.br


   

Um ano de pandemia no Brasil: O que mudou em nós?

 


Quase um ano de isolamento social e distanciamento físico no Brasil. A “quarentena” que ainda não acabou trouxe profundas transformações que serão permanentes para toda a sociedade. Neuropsicóloga Leninha Wagner mostra que “sequelas” serão levadas para as próximas gerações como fruto das experiências vividas durante a pandemia.

Não é segredo para ninguém o quanto a Covid-19 trouxe um grande impacto nas vidas em nível global, chamando a atenção pelo alcance que teve e pela velocidade com a qual se disseminou. Alguns dados históricos, embora ainda muito recentes para uma análise rigorosa, revelam essa dinâmica espaço-temporal da doença.

Vale lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS)recebeu a notificação, em 31 de dezembro de 2019, de casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na China, com suspeita de serem provocados por uma nova cepa de Coronavírus. Uma semana depois, as autoridades chinesas confirmaram se tratar de um novo tipo do vírus, recebendo o nome de SARS-CoV-2. Ainda no mesmo mês, no dia 30 de janeiro, a OMS emite alerta de emergência de Saúde Pública de importância internacional devido à velocidade com a qual se espalhava entre os continentes e, em 11 de março, a situação é classificada, oficialmente, como uma pandemia, embora já se apresentasse em quase todos os continentes no mês anterior.

Diante deste contexto, a neuropsicóloga Leninha Wagner define que a pandemia terá impactos significativos e ainda não completamente dimensionados sobre a sociedade. “Trata-se de um evento inédito na história, dado que, no passado, epidemias parecidas se desenvolveram em um cenário de muito menor integração entre países e pessoas, divisão do trabalho e densidade populacional”.

Por se tratar de uma doença e de uma situação novas, Leninha destaca que “as lacunas de informação e conhecimento ainda são muito grandes: taxas de letalidade, potencial de transmissão, tratamento, existência de outros efeitos ou sequelas no organismo dos que foram infectados, todas essas informações ainda são preliminares”, reforça.

Mas há esperança. Afinal, como bem ressalta a neuropsicóloga a vacina “é a melhor aposta para controle da disseminação, a observação, coleta e análise dos dados seguem em franca pesquisa para posterior cruzamento de informações, no sentido de criarmos mecanismo que possam deter o futuro aparecimento de novas cepas. Impedindo assim novas ondas de transmissão”.

Passado este um ano de isolamento social no Brasil, Leninha Wagner acredita que já é possível afirmar que houve uma mudança profunda no comportamento humano. “A forma de se relacionar, de consumir (vender e comprar), na maneira de trabalhar e estudar. Tudo ganhou nova configuração. Jogamos luz sobre os problemas domésticos e a falta de harmonia familiar veio à tona. Tornando urgente a busca por uma “reconciliação familiar” ou realizando uma desconfiguração total, muitos casais separam durante a pandemia e tantos outros se casaram”.

De fato, tudo mudou, acrescenta a neuropsicóloga. “Lares foram desfeitos; bem como alguns receberam reforma e decoração novas. O brasileiro que sempre foi tão sociável e extrovertido, se tornou por um momento introvertido e ainda mais ansioso. Descobriu que tinha uma ‘família’ e que a casa não comportava seus membros. Assim, fomentou-se o setor da construção civil, reformas e decoração. Com a possibilidade de economizar, pois estavam impossibilitados de sair, viajar, diminuindo o consumo, obtendo forçadamente uma folga financeira, tornou-se possível mudar para uma casa/apartamento maior ou remodelar o que já habitava”.

Além disso, as doenças da alma também vieram à tona com força total neste período tão difícil. “A ansiedade e a depressão, também ganharam os holofotes, elevando o cuidado com a saúde mental ao grau máximo. Os atendimentos desse setor ganharam prioridade, rompendo o velho preconceito. Hoje sabemos de forma definitiva que temos um corpo que adoece e que precisa de tratamento e uma mente que da mesma forma e com a mesma urgência necessita de cuidado”, define Leninha.

Foi preciso também “aprender uma nova maneira de aprender”, explica Leninha. “A forma como a educação vinha sendo praticada, ficou obsoleta. Foi necessário aprender em tempo recorde utilizar a tecnologia a favor do aprendizado. Essa capacitação contemplou professores, pais e alunos. Aproximando os três segmentos da cadeia ensino/aprendizagem”.

Definitivamente, a pandemia transformou até a economia. Como ela bem recorda, “a forma de vender/comprar também foi alterada para delivery, os pequenos e microempresários de forma surpreendente se adaptaram e obtiveram maior resultado financeiro. Pois tornou-se desnecessário manter salas, escritórios, consultórios abertos. Evitando maiores despesas com taxas, aluguéis, mobiliários, trânsito, combustível, estacionamento”, salienta. Aliás, apesar de um primeiro momento assustador, “os mais bem adaptados, os mais flexíveis e abertos a mudanças, encontraram lugar no ‘novo mundo’, para continuarem atuando e aquecendo o cenário econômico”, acrescenta Leninha.

E uma mudança visual e profunda: a metáfora das máscaras. “Essa também foi algo surpreendente no cenário social. A pandemia nos fez utilizar máscaras para nos proteger do contágio pelo Covid-19, mas deixamos cair nossas próprias máscaras sociais. Fomos revelados no tempo cronológico, percebemos que não podemos manter o personagem durante muito tempo. A natureza primitiva de cada ser, se revelou, quem é de fato altruísta e solidário encontrou muitas oportunidades para demonstrar através de ações esse traço de personalidade. Quem é egoísta e egocêntrico encontrou legalidade na pandemia para seus argumentos de isolamento e distanciamento social”.

De tudo vivido durante este período, Leninha tem uma certeza de que essas mudanças ficarão para sempre: “A verdade é as transformações promovidas pela contingência da vida, no cenário pandêmico foram de caráter estrutural e entraram de forma definitiva para a história humana. O que for bom permanecerá e o que se tornar obsoleto ou inadequado, sofrerá novas mudanças. Porque assim é a vida, dinâmica, urgente em suas vicissitudes”, finaliza.