Março é o mês de conscientização do câncer colorretal. Exame de
colonoscopia consegue retirar lesões pré-cancerígenas e, assim, evitar o câncer
O câncer
colorretal é o terceiro tumor mais frequente e a segunda maior causa de morte
por câncer no mundo em toda a população. “É um tumor que merece atenção
especial, principalmente porque é considerado um câncer evitável em uma grande parcela dos casos e quase sempre curável
quando diagnosticado em estágios iniciais”, diz o oncologista e sócio do
Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, David Pinheiro Cunha. O médico reitera a importância de março ser
o mês da conscientização do câncer colorretal. “É essencial divulgarmos a
necessidade de se submeter anualmente, a partir dos 50 anos, ao exame de
colonoscopia, além de evitar a exposição aos fatores risco que pode reduzir de
forma significativa as chances de ter um câncer de intestino. Por isso, manter um
estilo de vida saudável com atividade física no mínimo três vezes por semana,
manter peso adequado, realizar dieta rica em fibras, evitar o tabagismo,
etilismo e excesso de carne vermelha e embutidos são ações efetivas para manter
esse câncer afastado”, comenta o médico.
Entidades e
associações ligadas ao câncer têm alertado que os esforços no combate à
pandemia de COVID-19 vêm fazendo com que as pessoas deixem de realizar exames
essenciais para identificar a doença. “Todos estamos focados em vencer essa
batalha contra a COVID-19, respeitando o isolamento social e tomando as medidas
de proteção pessoal. Mas nenhum câncer espera e o câncer colorretal continua
muito frequente e não podemos flexibilizar a realização dos exames preventivos,
a colonoscopia principalmente. Vamos aproveitar o mês de março para reforçar
isso”, orienta.
O Instituto
Nacional do Câncer (INCA) estima 20.520 casos novos em homens e 20.470 casos em
mulheres para ano de 2021, representando o segundo tumor mais frequente nos
homens e também nas mulheres. “Vale ressaltar que, mesmo dentro do Brasil, a
incidência é variável de acordo com as regiões do nosso território. Nas regiões
Sudeste e Sul, o tumor é mais frequente quando comparados com as regiões Norte
e Nordeste. Essa diferença pode ser explicada porque o câncer colorretal está diretamente relacionado aos hábitos de vida como
excesso de alimentos industrializados, sedentarismo e obesidade. Além
disso, o acesso aos exames diagnósticos pode contribuir para essa disparidade”,
aponta.
O câncer
colorretal ocorre geralmente após os 50 anos, com predomínio na população
idosa. Entretanto, um estudo divulgado pela American Cancer Society mostrou
dados intrigantes na população norte-americana: houve redução no número de
casos de câncer colorretal nas últimas décadas. Porém, verificou-se aumento em
adultos jovens. A taxa de novos casos de câncer de cólon aumentou de 1 a 2,4%
por ano desde meados da década de 1980 em adultos de 20 a 39 anos, e de 0,5 a
1,3% desde meados de 1990 em adultos de 40 a 50 anos. O aumento na taxa de
câncer de reto foi ainda mais expressivo, 3,2% por anos de 1974 a 2013 em
adultos de 20 a 29 anos. “Essa alteração na faixa etária pode ser justificada
pela mudança do estilo de vida do mundo atual, principalmente nos países mais
desenvolvidos”, continua Dr. David.
Minoria tem como causa a predisposição genética
O oncologista
David Pinheiro Cunha diz que a predisposição genética individual para se
desenvolver um câncer ainda não pode ser modificada. Porém, segundo ele, a
minoria dos canceres tem origem hereditária. “Alimentação saudável, exercícios
físicos e exames preventivos periódicos é o que – ativamente – podemos fazer
para mudar a nossa história”, afirma.
Sintomas como
dor abdominal, sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia
ou constipação) ou perda de peso podem ser sinais deste tipo de câncer. “Porém,
infelizmente, quando esses sintomas estão presentes o tumor já está mais
avançado e as chances de cura são menores. Logo, é preciso realizar os exames
de rastreamento e novamente ressaltamos a colonoscopia, que é realizada em
pessoas assintomáticas, com intuito de diagnosticar lesões pré-malignas ou
tumores iniciais, aumentando, assim, as chances de cura e reduzindo a
agressividade do tratamento. No Brasil,
está indicado o rastreamento na população entre 50 a 74 anos”, indica.
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David Pinheiro Cunha é
oncologista com residência em Oncologia Clínica pela Unicamp. Graduado em
medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) e
residência em Clínica Médica pela PUC Campinas. Possui título de especialista
em Oncologia Clínica pela Associação Médica Brasileira – AMB/SBOC. Realizou
observership no serviço de Oncologia em Northwestern Medicine Developmental
Therapeutics Institute, Chicago, Illinois, EUA. É membro da Diretoria
Científica da disciplina de cancerologia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de
Campinas (SMCC). É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
(SBOC) e da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). É sócio do Grupo
SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua na Oncologia do Radium Instituto de
Oncologia, do Hospital Santa Teresa e do Hospital Madre Theodora.
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e
Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento
oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento
integral, humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Radium
Instituto de Oncologia e Madre Theodora, três importantes centros de tratamento
de câncer em Campinas, e na Santa Casa de Valinhos. O Grupo oferece
excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética,
científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre
comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por dez especialistas sendo
cinco deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do Grupo os
oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da
Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana
Ramalho, Leonardo Roberto da Silva e Higor Montovani e os hematologistas
Bruno Kosa Lino Duarte e Sonia Iantas.
Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais @gruposonhe.