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sábado, 13 de março de 2021
Governo de Minas Gerais assina termo de compromisso para construção de biofábrica no estado
O Governo de Minas Gerais assinou, nessa quinta-feira (11/3), termo de compromisso para construção de uma biofábrica e implementação do Método Wolbachia para controle das arboviroses nos municípios impactados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. O custeio operacional será garantido por cinco anos.
O documento, firmado por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com apoio do Comitê Gestor Pró-Brumadinho e da Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG), utiliza recursos do Termo de Medidas de Reparação pelos danos ambientais e sociais decorrentes do rompimento da barragem B-1, em Brumadinho, celebrado em 4 de fevereiro de 2021, entre Governo de Minas, a mineradora Vale, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).
A construção da fábrica será em Belo Horizonte, com previsão para durar 15 meses, a partir da liberação do terreno cedido pelo Estado. O valor da obra ainda está sendo estimado, mas tem como orçamento preliminar R$ 10,7 milhões. A implementação do projeto Wolbachia terá investimento de aproximadamente R$ 57,1 milhões, recurso originado do termo de medidas de reparação.
Produção
A biofábrica vai produzir mosquitos com Wolbachia (bactéria), que serão soltos no ambiente para se reproduzirem com os Aedes aegypti locais. O objetivo é estabelecer uma população de mosquitos que tenha o microrganismo intracelular em sua composição, como ocorre na natureza com outros insetos. Cabe esclarecer que estes mosquitos não são transgênicos e não transmitem doenças. Ao contrário, ajudam no controle das arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Com o tempo, o percentual de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça alta sem a necessidade de novas liberações.
O processo biológico se dará por meio do Método Wolbachia, implementado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em conjunto com o World Mosquito Program (WMP), em parceria com a SES-MG. Os mosquitos produzidos serão utilizados para controlar a ocorrência das arboviroses, como a dengue, zika e chikungunya nos municípios da bacia do rio Paraopeba atingidos pelo rompimento da barragem.
A SES-MG esclarece que o acompanhamento dos dados de notificação de dengue nesses municípios não demostra alterações atípicas na ocorrência dessas doenças. O método, como ressalta a subsecretária de Vigilância em Saúde, Janaína Passos, vem mais como uma estratégia contra as arboviroses.
"Com a implementação do projeto, esperamos que a incidência de dengue seja ainda mais reduzida em áreas que recebam a intervenção com os wolbitos. Em contrapartida, é primordial que a população faça a sua parte, eliminando criadouros de mosquitos no entorno das casas”, afirma.
Há a possibilidade, também, caso haja disponibilidade financeira dos valores disponibilizados, de o projeto ser ampliado para outros municípios mineiros. No entanto, segundo Janaína Passos, o que está previsto neste momento para essas outras cidades são ações de rotina de combate às arboviroses, como operações para conter a proliferação do mosquito e controle das doenças.
Fábrica
A biofábrica será construída pela mineradora Vale, com apoio técnico da SES-MG, World Mosquito Program e Fiocruz. A instituição será responsável por construir, equipar e mobiliar a estrutura, que será de propriedade do Estado de Minas Gerais. A operacionalização será conduzida pela Fiocruz e pelo WMP, que deverão realizar a implementação do projeto nos municípios impactados.
A expectativa é de que a liberação de mosquitos seja iniciada cerca de quatro meses após a entrega da biofábrica e que a implementação completa do Método Wolbachia seja concretizada em cinco anos.
Método Wolbachia
O Método Wolbachia, iniciativa do World Mosquito Program (WMP), conduzida no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utiliza a bactéria Wolbachia para o controle de arboviroses, doenças que são transmitidas por mosquitos. Os insetos que nascem com o microrganismo são chamados wolbitos. Como já reforçado, eles não são transgênicos e não transmitem doenças.
A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução destas doenças.
O método tem eficácia comprovada. “Estudo realizado na Indonésia apontou redução de 77% dos casos de Dengue nas áreas que receberam os mosquitos com Wolbachia. No Brasil, dados preliminares apontam redução de até 77% de casos de Dengue e 60% dos casos de Chikungunya em Niterói, onde o método é implementado desde 2015”, afirma o pesquisador da Fiocruz e responsável pelo método no Brasil, Luciano Moreira.
Este método de controle das arboviroses foi desenvolvido na Austrália pelo World Mosquito Program e atualmente atua em 11 países e mais de 20 cidades. No Brasil, a iniciativa é conduzida pela Fiocruz, com financiamento do Ministério da Saúde, e atualmente está sendo implementada no Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Belo Horizonte (MG), Petrolina (PE) e Campo Grande (MS).
Mais informações sobre o Método Wolbachia estão disponíveis no site: wmpbrasil.org ou nas redes sociais: @wmpbrasil.
Presença de carbono no Sistema Solar interno pode ser explicada por cometas
Cometas e asteroides são fundamentais para nossa compreensão sobre o início do Sistema Solar. Nele, encontramos materiais, quase inalterados pelo tempo, presentes no início da formação do nosso e de outros planetas. No início de 2016, recebemos a visita do cometa C/2013 US10, conhecido como Catalina e, por um breve momento, foi possível estudar sua composição — e em seu brilho foi detectada a presença de carbono, bloco fundamental da vida.
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O Catalina apareceu próximo à constelação da Ursa Maior, no céu do hemisfério Norte, e sua breve visita foi uma boa oportunidade para que tantos observatórios o analisassem. Entre eles, estava o Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA), um telescópio acoplado a um avião Boeing 747. Através de sua leitura no infravermelho, o SOFIA identificou a impressão digital do carbono presente na cauda de poeira do cometa.
A importância disso é que esses dados podem ajudar a explicar a formação da vida aqui na Terra, pois é provável que cometas como o Catalina tenham sido uma fonte essencial de carbono tanto para o nosso planeta, quanto para Marte. Os resultados do SOFIA, trabalho da NASA em parceria com o Centro Aeroespacial Alemão, foram publicados recentemente no Planetary Science Journal.
Para o principal autor do artigo, Charles “Chick” Woodward, astrofísico e professor do Instituto de Astrofísica da Universidade de Minnesota, o carbono é a chave para compreender a origem da vida. “Ainda não temos certeza se a Terra poderia ter capturado carbono suficiente por conta própria durante sua formação, então os cometas ricos em carbono poderiam ter sido uma fonte importante de entrega deste elemento essencial que levou à vida como a conhecemos”, disse.
Cometas como o Catalina são originados nos confins do sistema solar, na Nuvem de Oort. Por conta dessa distância e o longo período de órbita, ao se aproximar do Sol, o cometa aparece relativamente intacto com seu material literalmente congelado no tempo. É uma ótima oportunidade para encaixar as peças que faltam nos estudos sobre o início do nosso sistema.
Conforme o cometa se aproxima do Sol, ele começa a evaporar e liberar seu material em gás e poeira, formando suas caudas. O SOFIA, através de suas observações em infravermelho, mostrou que o Catalina é rico em carbono, sugerindo que tenha se formado nas regiões externas do Sistema Solar primordial, onde havia grande quantidade do bloco fundamental da vida — o carbono.
A Terra primitiva e os outros planetas rochosos eram quentes demais para que elementos como o carbono não fossem perdidos ou esgotados. A presença do gigante gasoso Júpiter pode ter bloqueado a entrada de carbono para dentro do Sistema Solar, então fica a pergunta: como o nosso planeta, e seus vizinhos rochosos, são hoje ricos em carbono? Pesquisadores acreditam que uma pequena mudança na órbita de Júpiter permitiu que corpos celestes carregados de carbono adentrassem ao sistema solar interno. O cometa Catalina, rico em carbono, pode explicar como planetas quentes e pobres em carbono, no início do Sistema Solar, se tornaram ambientes com o elemento básico da vida.
“Todos os mundos terrestres estão sujeitos a impactos de cometas e outros pequenos corpos, que carregam carbono e outros elementos”, aponta Woodward. “Estamos chegando mais perto de entender exatamente como esses impactos nos primeiros planetas podem ter catalisado a vida”.
Novas observações de cometas são necessárias para saber se outros cometas na Nuvem de Oort são ricos em carbono. Para mais detalhes sobre os dados e pesquisa, basta acessar o estudo no Planetary Science Journal.
Fonte: NASA
Araxá adere 100% à Onda Roxa que autoriza venda de bebidas alcoólicas e funcionamento de supermercados aos domingos e feriados
A Prefeitura de Araxá aderiu integralmente a Onda Roxa do Programa Minas Consciente que autoriza a venda de bebidas alcoólicas a delivery até às 20 horas (ou retirada no balcão) e o funcionamento de supermercados, mercearias, mercados e similares aos domingos e feriados. A mudança já tem validade a partir deste sábado (13).
O Governo do Estado flexibilizou algumas medidas de restrições das regras de isolamento impostas para frear o avanço da Covid-19 nos municípios mineiros e reduzir o número de leitos clínicos e de UTI ocupados.
A Administração Municipal publicará ainda neste sábado (13) as novas recomendações estaduais para o combate ao coronavírus. O comércio delivery, por exemplo, também estará liberado para entregas de alimentos e medicamentos durante o toque de recolher.