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A Semana Santa, época de maior consumo de azeites no mundo, coincide com
a chegada de produtos da safra nacional 2021 para os consumidores brasileiros.
A colheita e o processamento das azeitonas, realizada na Serra da Mantiqueira e
em outras regiões do país, ocorreram no primeiro trimestre deste ano. A
produção ainda é reduzida, mas dá origem a azeites que se destacam pelo sabor e
pelo frescor.
“Os azeites produzidos na Serra da Mantiqueira são bem diversificados,
ainda mais quando se varia a cultivar de azeitona. Temos azeites mais suaves da
cultivar espanhola Arbequina, azeites mais amargos no caso da Grappolo, e os
mais picantes extraídos da azeitona Koroneiki, originada na Grécia. Além dos
blends, que são a junção de dois, três ou mais tipos para obter um azeite mais
equilibrado, com características de frutado, amargor e picância”, explica o
coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Empresa
de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Luiz Fernando de
Oliveira. Ainda segundo ele, há opções diversas tanto para paladar quanto para
harmonizar refeições.
Aperfeiçoamento
Oliveira destaca que o aperfeiçoamento dos processos na lavoura e
indústria, ao longo dos anos, fez com que a qualidade destes azeites se
tornasse um diferencial já comprovado pelo mercado gastronômico e em concursos
internacionais. “A expectativa é sempre melhorar, safra após safra,
apresentando excelente qualidade tanto na parte química, quanto na parte
sensorial”, avalia.
A produção ainda restrita e as características marcantes da região de
origem agregam valor aos azeites.
O azeitólogo e consultor Marcelo Scofano ressalta que os azeites
nacionais possibilitam ótimas harmonizações com produtos da culinária regional.
“Pode parecer precoce falar em características de terroir, já que a primeira
extração foi em 2008 e a produção se tornou mais constante a partir de 2011,
mas ouso falar em perfis sensoriais. Os azeites da Região da Serra da
Mantiqueira são mais complexos, possuem notas intensas, maduras, e combinam,
perfeitamente, com pratos típicos da culinária mineira como os derivados do
milho, por exemplo. Já os azeites da Serra Gaúcha possuem notas mais verdes. E,
isso não faz com que um azeite seja melhor que outro, apenas caracteriza e
diferencia as regiões. Eu sempre digo que o melhor o azeite é o mais próximo, o
mais fresco, e isso vale para qualquer região produtora do mundo”, completa o
azeitólogo, que se define como “um cozinheiro antes de tudo”.
Pesquisas
Os azeites da safra de 2021 já estão à venda no e-commerce das marcas e
em alguns empórios e lojas especializadas pelo país. No caso da marca Epamig,
os azeites Blend serão disponibilizados no Empório – Vitrine de Tecnologias –
na sede da Empresa, em Belo Horizonte, assim que a pandemia permitir.
O azeite da Epamig é destacado no Guia de Azeites do Brasil, publicação
realizada pelo professor do curso de pós-graduação em Gastronomia do Senac-SP e
degustador certificado pela Organizzazione Nazionale Assagiatori Olio d’Oliva
da Itália (ONAOO), Sandro Marques. A edição incluiu outras 74 marcas.
O Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé possui uma Vitrine
Tecnológica composta por 31 marcas de azeites da Serra da Mantiqueira.
“Esses exemplares foram trazidos pelos próprios produtores, para que pudéssemos
conhecer e divulgar os rótulos da nossa região”, conta o pesquisador Pedro
Moura, que acrescenta. “Nossa intenção é expandir essa vitrine, contemplando
cada vez mais marcas”. Para saber mais sobre esse trabalho, o produtor pode
entrar em contato pelo e-mail cemf@epamig.br ou telefone (35)
3662-1227.
Tecnologia
As pesquisas da Epamig sobre olivicultura começaram em 1970 e em 2008
houve a primeira extração de azeite extravirgem do Brasil. Desde então, a
Empresa se tornou referência na atividade.
Os serviços incluem da disponibilização de mudas à avaliação das
características do azeite em laboratório. “Temos também a parte de assistência
técnica e atendimento a produtores sobre plantio e condução do olival; contamos
com um laboratório, onde realizamos as análises químicas de qualidade do azeite
e; uma agroindústria, na qual prestamos serviços de extração, filtragem e
envase do azeite”, detalha o pesquisador Luiz Fernando de Oliveira.
Outro foco é a adaptação das cultivares de oliveira vindas de outros
países para a região da Serra da Mantiqueira. “Hoje, nós temos oito cultivares
nacionais da Empresa protegidas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa). Dentre essas, algumas se destacam mais, como a Grappolo
541, que possui um azeite herbáceo e está entre as mais plantadas na nossa
região. A cultivar Maria da Fé, que se originou da primeira variedade a chegar
aqui, com os imigrantes portugueses, e que ganhou esse nome em homenagem ao
município. E uma cultivar muito utilizada na fabricação de azeitonas em
conserva, a Ascolano 315”, conta o pesquisador Pedro Moura.
Azeitech
Com o objetivo de intensificar o debate e a transferência de tecnologias
sobre a olivicultura no Brasil, a Epamig promove a 16ª edição do Azeitech entre
os dias 15 e 17/6, evento on-line que reúne atividades do Dia de Campo de
Olivicultura.
Aos 84 anos, morreu neste sábado, dia 03 de abril de 2021, o cantor Agnaldo Timóteo, vítima do novo coronavírus.Estava internado desde o último dia 17 de março. Médicos acreditam que ele tenha contraído o vírus entre a primeira e a segunda dose da vacina. Iniciou a carreira na década de 60 e se consagrou com músicas românticas.
Na manhã desta sexta-feira, dia 02 de abril de 2021, (Sexta-Feira da Paixão), um grupo de padres de várias paróquias do município de Araxá e fiéis realizaram atividades alusivas à data. As celebrações promovidas pela igreja católica, tiveram como o ponto alto uma “Caminhada da Misericórdia” . Em um caminhão os religiosos percorreram as principais ruas e avenidas de Araxá. A carreata acompanhas por devotos e fiéis passou pelos hospitais da cidade e também pela UPA, com bênçãos dos padres aos pacientes internados nas casas de saúde do município. O ato religioso durou cerca de duas horas e percorreu em torno de 20 quilômetros. Um momento para a reflexão, orações e bênçãos, em função do momento delicado que passa o mundo todo, por causa da pandemia da Covid-19, que em Araxá matou até agora 113 pessoas.
O encerramento das atividades alusivas à Sexta-Feira Santa em Araxá, foi
no final da manhã com orações dos padres na escadaria da Igreja Matriz de São
Domingos, onde foram colocadas 113 cruzes, simbolizando as vidas perdidas pela
Covid-19 no município de Araxá. Até agora de acordo com dados oficiais da
Secretaria Municipal de Saúde de Araxá, 7.700 pessoas foram contaminadas pelo coronavírus
na cidade. O mês de março foi o pior período da pandemia em Araxá até agora,
com 1.929 casos da doença e 43 mortes.