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O avanço da ciência proporciona impactos para a nossa vida todos os
dias. Diversas pesquisas exploram o uso de novas matérias-primas que
possam substituir com eficiência materiais como plástico, tijolo, ferro,
borracha, etc., com a vantagem de serem biodegradáveis, com custo mais
baixo e sem impacto ambiental.
Pois são essas as características
do material produzido à base de fungos por pesquisadores da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. No caso deste insumo, a expectativa é de
que ele possa substituir plásticos, poliestireno expandido e outros
materiais amplamente utilizados na construção civil, mas cuja produção
envolve danos ao meio ambiente.
O fungo é “alimentado” dentro de
moldes com materiais orgânicos como talos, bagaços e cascas. Quando
ocupa todo o espaço desses moldes, ele é inativado, passando a ter uma
utilização 100% segura. Algumas propriedades do produto chamam a atenção
para as necessidades da construção civil. De acordo com os
pesquisadores, o material é durável, leve, e mostra boa resistência ao
calor e à umidade, além de alta capacidade de retenção acústica.
Diretor
comercial da empresa de revestimentos sustentáveis Ecogranito, Renato
Las Casas vê com entusiasmo a pesquisa para a produção de um material à
base de fungos, além de outros estudos que já contribuíram para o setor.
“Existem
muitas pesquisas que resultam em avanços para a construção civil. E
ainda há quem duvide da aplicabilidade desses materiais inovadores, mas
os tijolos ecológicos, o ecogranito e o bioconcreto estão aí, à
disposição no mercado, sendo utilizados em larga escala”, explica Renato
Las Casas. “A ideia nem sempre é de substituir totalmente o que já
existe, mas ampliar o leque de produtos com grande potencial para a
construção, obedecendo ao gosto e aos custos de quem quer levantar um
empreendimento”, esclarece Las Casas.
Em tempos de pandemia de COVID-19, a preocupação com a saúde é sem dúvidas universal. Manter uma alimentação saudável e rica em diferentes componentes é indispensável. Dentre os alimentos que devem fazer parte de uma dieta balanceada está o suco de uva, que possui propriedades anti-inflamatórias e auxilia no fortalecimento do sistema imunológico, podendo ajudar na defesa contra alguns vírus e bactérias.
De acordo com a consultora técnica da Associação Brasileira dos Elaboradores de Suco de Uva Puro e biomédica, mestre e doutora pela Universidade de Caxias do Sul e pós-doutora pela Georgetown University, Caroline Dani, a ação de fortalecimento imunológico pelo suco de uva acontece devido à presença de polifenóis, substâncias produzidas pela própria videira e que são transferidas para a bebida durante a elaboração. “Os polifenóis possuem importante atividade antioxidante, anti-inflamatória e auxiliam no equilíbrio das bactérias intestinais, auxiliando assim na prevenção de doenças do coração, neurodegenerativas, câncer, e melhoram as defesas imunológicas.
O que dizem as pesquisas:
Um estudo realizado em 2011 por Cheryl A. Rowe avaliou 85 adultos saudáveis, sendo que parte do grupo recebeu 360 ml de suco de uva durante nove semanas e o restante recebeu um placebo. Os autores observaram um aumento de 67% na produção de um tipo específico de célula imune, a célula Gamma delta T, no grupo de suco de uva em comparação com o grupo placebo. (Este tipo de célula T detecta patógenos potenciais e alerta o sistema imunológico para responder.) Foi constatado também que os indivíduos que consumiram o suco de uva apresentaram níveis significativamente mais elevados de vitamina C sérico, que funciona como um antioxidante, tornando o sistema imunológico saudável.
Principais benefícios:
O suco de uva possui em sua composição de 1,5 a 3,0 gramas por litro de minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio, zinco etc., contribuindo de forma eficaz para o suprimento de minerais essenciais à manutenção e ao bom funcionamento do organismo. Além disso, dentre a grande variedade de substâncias que compõe o suco de uva, estão presentes as antocianinas, resveratrol, catequina, epicatequina, procianidinas e ácido ascórbico, todos componentes antioxidantes, ou seja, capazes de neutralizar os radicais livres, minimizando o estresse oxidativo.
O consumo desses nutrientes promove, segundo apontam evidencias científicas dos estudos de Manoel Miranda Neto (2017) e Isabela Maia Toaldo (2016), uma melhor modulação de importantes parâmetros fisiológicos como: funções vasculares e plaquetária; pressão sanguínea; processos inflamatórios e disfunções endoteliais.
Estudos recentes, publicados pelo grupo da Pesquisadora Caroline Dani, demonstram que o suco de uva é um excelente aliado ao combate as alterações associadas às doenças neurodegenerativas, como o Parkinson.
Ainda, muito promissor é o consumo de suco de uva por praticantes de atividade física, visto que o suco funciona como repositor energético e antioxidante, minimizando possíveis danos após a prática de exercícios.
Fonte: Dra. Caroline Dani
Tipos de suco de uva:
É importante lembrar que existem diferentes tipos de suco de uva disponíveis no mercado. Na dúvida sobre qual produto levar para casa, a orientação para o consumidor é que leia sempre os rótulos para identificar qual opção oferece os melhores benefícios.
Buscando facilitar a vida do consumidor nesse sentido, foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Elaboradores de Suco de Uva Puro o Selo Suco de Uva Puro, que certifica os produtos que contém uva e nada mais, garantindo assim, um produto capaz de oferecer 100% dos benefícios da fruta sem adição de qualquer outro componente. Os tipos de suco de uva que podem ser encontrados nas prateleiras dos supermercados são:
Suco de uva puro: suco 100% uva e só uva, sem adição de água, açúcar, corantes, conservantes ou antioxidantes (produto químico utilizado na produção do suco para evitar a oxidação do produto)
Suco de uva integral: suco 100% uva, sem adição de água e açúcar, mas pode conter conservante ou antioxidante.
Suco de Uva 100%: Mais conhecido como suco reconstituído, proveniente de suco concentrado e com adição de água. Pode conter açúcar, conservante ou antioxidante.
Néctar: Bebida com sabor uva, possui obrigatoriamente 50% de uva em sua composição, além de adição de água e açúcar. Pode ter conservante ou antioxidante.
Bebida: sabor uva e contém, pelo menos, 30% de uva. Contém água e açúcar e com possibilidade de adição de conservante ou antioxidante.
Cirurgia com neuroestimulador pode ajudar a reduzir cerca de 80% da medicação, além de adiar a evolução da doença
Lentidão
nos movimentos, tremores e rigidez muscular estão entre os sintomas
mais conhecidos do Mal de Parkinson, doença que afeta principalmente
idosos, mas que também pode atingir a população mais jovem.
Segundo
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% da população
mundial com mais de 65 anos é portadora da doença, indicando que mais de
4 milhões de pessoas vivem com o Mal de Parkinson no mundo atualmente.
“Com
o aumento da expectativa de vida da população, a estimativa é de que
esse número dobre pelos próximos 20 anos”, destaca o Dr. Nilton Lara,
neurocirurgião da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Parkinson
é uma doença progressiva do sistema neurológico que afeta
principalmente o cérebro. Com a evolução do quadro, alterações
cognitivas e comportamentais tendem a impactar severamente o dia a dia
dos pacientes.
O médico ressalta que, embora o Parkinson não
tenha cura, atualmente a medicina conta com diversos recursos que
contribuem para diminuir sintomas significativos da doença.
“Com
o tratamento adequado, é possível devolver ao paciente mais autonomia,
fazendo com que ele tenha qualidade de vida por mais tempo”, explica.
De
acordo com o Dr. Nilton, o tratamento com medicamentos costuma trazer
ótimos resultados em pacientes por um período de 5 a 10 anos.
No
entanto, ao longo do tempo, os remédios começam a causar efeitos
colaterais que podem ser mais prejudiciais que os próprios sintomas da
doença. “Esse é o melhor momento para realizar a cirurgia”, afirma.
Como funciona a cirurgia
A
cirurgia consiste no implante de eletrodos em pontos específicos do
cérebro, conectados a um neuroestimulador. “Ele funciona como um
marca-passo, trata-se de um equipamento muito pequeno implantado sob a
pele na região abdominal ou abaixo da clavícula”, explica o médico.
Ele
destaca que o procedimento é pouco invasivo e pode ser executado sob
sedação, permitindo rápida recuperação. A partir daí, o implante é
regulado progressivamente e leva cerca de 3 meses para chegar ao ponto
de estimulação máximo.
“A estimulação diminui os sintomas motores, o tremor, a rigidez e
os movimentos involuntários, além de reduzir os problemas com
equilíbrio, a marcha e a fala, levando o paciente a adquirir mais
independência para se locomover e se comunicar”, complementa.
Esses
foram alguns dos benefícios obtidos pelo paciente do Dr. Nilton, Lucas,
56, que realizou a cirurgia quando já apresentava sintomas altamente
incapacitantes.
Diagnosticado aos 42 anos de idade, a doença
evoluiu muito ao longo dos anos, comprometendo suas funções motoras e
cognitivas. “Ele tinha muitos tremores, rigidez, marcha comprometida e
perda da qualidade vocal, além de sofrer com insônia e depressão”, conta
Josiane, esposa de Lucas.
Depois de realizar o implante com o
neuroestimulador, o paciente afirma ter percebido melhoras importantes
logo nos primeiros dias. “Voltei a ter mais qualidade de vida, consigo
ser mais independente e tenho minha capacidade intelectual preservada.
Se não tivesse feito a cirurgia, estaria fisicamente dependendo de um
cuidador.”
O médico ressalta que o apoio de uma equipe
multidisciplinar também é muito importante para a melhora na qualidade
de vida do paciente, como no caso de Lucas, que faz acompanhamento com
especialistas, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas.
“Esse
suporte faz toda a diferença, pois as terapias de reabilitação ajudam a
potencializar os resultados e, principalmente, ampliar o bem-estar do
paciente”, destaca o especialista. “Hoje sou uma pessoa muito grata pela
oportunidade de ter feito essa cirurgia. O meu único desejo é ter uma
vida longa com essa atual qualidade de vida. Tenho muitos planos e
sonhos, e agora sei que consigo realizá-los”, finaliza o paciente.
Sobre a Rede de Hospitais São Camilo
As
Unidades da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo prestam
atendimentos de emergência e eletivos em mais de 60 especialidades,
cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. O
hospital da Pompeia é acreditado pela Joint Commission International (JCI). A unidade São Camilo Oncologia, por sua vez, é referência em Pesquisa Clínica no Brasil, sendo considerada Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.
Os
hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40
unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que
atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados
brasileiros.
No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São
Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por
Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois
colégios e dois centros universitários.