terça-feira, 27 de abril de 2021

Coluna do Luis Borges:

 


Alguns problemas que a pandemia escancarou
por Luis Borges  27 de abril de 2021  Gestão em pauta


Estamos chegando aos 15 meses da pandemia da Covid-19, agora com outras variantes advindas das mutações do vírus cujo combate necessita do conhecimento científico e gerencial.

Às vezes podemos ter a sensação de que estamos diante de um grande problema, e realmente estamos, mas muitas pessoas acreditam que antes da pandemia as coisas estavam até indo bem, no melhor estilo “agora vai”. Entretanto não podemos e não devemos nos iludir diante das tentativas de mostrar que muitos problemas só pioraram por causa da pandemia, que surpreendeu todo mundo.

Segundo o dicionário eletrônico Houaiss a palavra problema, em um de seus verbetes, é “mau funcionamento crônico de alguma coisa, que acarreta transtornos, pobreza, miséria, desgraças etc., e que exigiria grande esforço e determinação para ser solucionado”.

Do ponto de vista de um sistema de Gestão de Negócios de qualquer natureza o conceito mais simples de problema diz que ele é o resultado indesejável de um processo, que por sua vez, é um conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos. Fundamentalmente é a relação causa e efeito que nos ajuda a compreender os fenômenos e como eles são gerados.

Ainda do ponto de vista da gestão podemos dizer que gerenciar é resolver problemas e isso traz sempre o desafio do “como fazer” para chegar a um resultado desejável e com método, não na “bistunta”. Um caminho esta no método de análise e solução de problemas – MASP – principalmente para os casos em que um pequeno problema não resolvido no início torna-se crônico com o passar do tempo e a sua solução mais cara. É claro que a primeira condição para quem quer resolver um problema é admitir que ele existe ao invés de negar ou ignorar a sua presença.

Vale lembrar como estavam alguns problemas crônicos em janeiro de 2020, portanto há 16 meses. A economia brasileira cresceu apenas 1,1% no ano anterior e seu crescimento era estimado em 2,5% no final do ano. Veio a pandemia e com ela uma retração de 4,1% na economia, que muitos consideram razoável mas se esquecem que as comparações foram feitas com uma base anterior fraca, praticamente no fundo do poço. Um problema que se arrasta praticamente por toda a última década.

Também em janeiro de 2020 o número de pessoas desempregadas já era de aproximadamente 12 milhões e hoje se aproxima dos 14,5 milhões. Na mesma época, quais eram as dificuldades para marcar uma consulta médica ou conseguir uma vaga para se internar numa UTI, tanto pelo SUS quanto pelos planos de saúde? No início da pandemia já era grande o temor de um colapso do sistema de saúde e ficou tudo escancarado nessa segunda onda da pandemia.

Na educação, o ensino a distancia também escancarou a desigualdade e a concentração da renda. Estão postas as diferentes condições dos alunos para ter acesso a um dispositivo tecnológico e à internet nas diferentes regiões do país, inclusive nas condições físicas de suas moradias.

Luis Borges é araxaense e engenheiro.

UNIARAXÁ INFORMA:

 

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Prefeitura de Araxá abre cadastro reserva para estágio nas áreas de Direito e Sistema de Informação

 


A Prefeitura de Araxá abriu Processo Seletivo para formação de cadastro reserva para futura contratação de estagiários que estão cursando Direito e Sistema de Informação, com o objetivo de auxiliar as atividades das Secretarias Municipais.

As inscrições gratuitas e terminam hoje, dia 30 de abril, das 8h30 às 11h30 e 14h30 às 17h30, nas dependências da Secretaria Municipal de Governo (organizadora do processo seletivo), situada na sede do Poder Executivo “Presidente JK”, no Centro Administrativo.

O candidato deve estar munido de um documento de identificação com foto, declaração de matrícula da faculdade conveniada (Uniaraxá ou Uniube) e anexar currículo de no máximo duas páginas.

O processo ocorre em três etapas: avaliação curricular, prova e entrevista. Todas as informações e critérios exigidos estão no edital disponível no site da Prefeitura de Araxá - 
www.araxa.mg.gov.br -, na aba “Serviços”; “Cidadão”: “Processo Seletivo de Estagiários”.

Araxá identifica duas pessoas que receberam doses trocadas de vacina contra Covid

 


Cerca de 2,5 mil pessoas, espalhadas por mais 400 municípios mineiros, podem ter recebido de forma equivocada doses do imunizante contra a Covid-19 de fabricantes diferentes. De acordo com o levantamento realizado por jornal “O Tempo”, a partir das fichas registradas no Ministério da Saúde, 2.360 pessoas tomaram a primeira dose da Covishield (AstraZeneca/Fiocruz) e o complemento da CoronaVac (Sinovac/Butantan), enquanto outras 195 trilharam o caminho oposto.

A reportagem aponta de forma errada que Araxá notificou quinze supostas ocorrências de pessoas que receberam doses trocadas de vacina. De acordo com as fichas de notificações da Secretaria Municipal de Saúde, encaminhadas ao Ministério da Saúde e à Superintendência Regional de Saúde, a cidade registrou até o momento duas pessoas que receberam doses distintas contra Covid-19.

O Setor de Vacinação aguarda a resposta das ocorrências, conforme determinação estabelecida no Plano Nacional de Imunização, para tomar as medidas necessárias. Em Araxá, todos os profissionais de saúde estão orientados a informar qual dose o cidadão receberá em cada etapa e comunicar o conhecimento de qualquer erro para o departamento responsável.

A coordenadora do Departamento de Imunologia, Marcela Mesquita, explica que até o momento foram investigados quatro casos de eventuais falhas de imunização. “Temos quatro registros. Duas de pessoas que receberam doses de fabricantes diferentes, uma que teve a segunda dose aplicada com um intervalo menor de 14 dias para CoronaVac e outra que estava amamentando e só informou após receber a imunização. Todas essas ocorrências são informadas via sistema.”

Segundo a enfermeira, falhas na plataforma de informatização do Ministério da Saúde são identificadas frequentemente. “O sistema tem inconsistências, dados trocados de um município para o outro. Periodicamente, solicitamos a correção das informações com base nos documentos de registro que temos e que incluímos nesse sistema do Governo Federal. Temos que parabenizar os profissionais de saúde que estão à frente da vacinação, pois a quantidade de investigações registradas até o momento é muito pequena diante o número de doses aplicadas”, ressalta Marcela.

Eventos adversos

A Secretaria Municipal de Saúde informa que o município registrou até o momento o relato de 93 pessoas que apresentaram reações adversas após serem vacinadas contra a Covid-19. Todas as notificações são comunicadas ao Ministério da Saúde e à Superintendência Regional de Saúde.

Os eventos adversos muito comuns previstos na bula da CoronaVac são dor de cabeça, cansaço e dor no local da aplicação. No caso da bula da Oxford/AstraZeneca, entre esses efeitos mais comuns estão sensibilidade, dor, sensação de calor, fadiga, calafrio, dor de cabeça e enjoos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária considera que os eventos adversos mais frequentes relacionados às vacinas contra a Covid-19 não são graves e estão dentro do esperado.

UNIARAXÁ INFORMA:

 

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ALERTA FAKE NEWS: Doses de vacinas vencidas aplicadas

 


A Prefeitura de Araxá alerta sobre a divulgação em redes sociais e aplicativos de mensagens de texto informando sobre a aplicação de uma dose vencida de vacina contra a Covid-19. A informação incorreta publicada pelo portal Metrópoles aponta irregularidades na vacinação em 160 municípios do país.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que não houve qualquer tipo de aplicação de doses vencidas em Araxá. “O município recebeu doses de dois dos três lotes citados. Porém, a aplicação ocorreu dentro do prazo de validade estabelecido pelo laboratório. Tudo está registrado e informado ao Ministério da Saúde. Além disso, cada ampola realiza 10 aplicações, sendo impossível somente uma dose estar supostamente vencida”, informa a coordenadora do Departamento de Imunologia, Marcela Mesquita.


Sempre Um Papo recebe Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz

 



O Sempre Um Papo segue com a programação de 2021, ano de comemoração dos 35 anos do projeto, recebendo Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz para o lançamento do livro “Enciclopédia Negra” (Companhia das Letras).  Essa será mais uma edição do #SempreUmPapoEmCasa, com mediação de Afonso Borges. O encontro será no dia 27 de abril, terça-feira, às 19h, com acesso gratuito e transmissão no Youtube, Instagram e Facebook do Sempre Um Papo.

O Sempre Um Papo é viabilizado com o patrocínio do Itaú, Rede Mater Dei e Usiminas, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do turismo.

Enciclopédia Negra” (Companhia das Letras)

A história do Brasil, da colonização aos dias atuais, é recontada por Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz a fim de restabelecer o protagonismo negro. De Abdias do Nascimento a Zeferina e Zumbi dos Palmares, 416 verbetes biográficos que encenam um reencontro do Brasil com a memória singular, multifacetada e profundamente silenciada de milhões de pessoas negras.

São profissionais liberais; mães que lutaram pela alforria da família; ativistas e revolucionários; curandeiros e médicos; líderes religiosos que reinventaram outras Áfricas no Brasil, pessoas cujas feições foram apagadas pela história. Por isso, a enciclopédia reúne retratos inspirados pelos verbetes criados por 36 artistas negros, negras e negres. 

Em um momento de produção e disseminação errática de informações, a obra é um repositório seguro de experiências individuais e coletivas às quais é possível recorrer em busca de inspiração e orientação.

Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), Brasil: Uma biografia (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e Lima Barreto: Triste visionário (2017, prêmio Jabuti de Biografia).

Flávio Dos Santos Gomes é historiador e professor da UFRJ. Dentre outros livros, escreveu A hidra e os pântanos (2006), O alufá Rufino (2011), em coautoria com João José Reis e Marcus J. M. de Carvalho) e organizou, juntamente com Lilia Moritz Schwarcz, o Dicionário da escravidão e liberdade (2018). 

Jaime Lauriano é artista visual. Com diversas exposições individuais no Brasil e no exterior, concebeu uma obra especial para a sobrecapa do Dicionário da escravidão e Liberdade (2018), organizado por Lilia M. Schwarcz e Flávio dos Santos Gomes