sexta-feira, 7 de maio de 2021

ARAXAENSES QUE VESTIRAM A CAMISA DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

 





Armindo: Entre tantos araxaenses que se destacaram e brilham em vários setores profissionais, artístico, cultural, entre outros; no futebol também temos conterrâneos talentosos que vestiram a camisa da Seleção Brasileira de Futebol. O primeiro foi o saudoso Chico Formiga, na década de 50. Formiga também jogou com Pelé no Santos. Depois o atacante Edmar do Cruzeiro e Corinthians, na década de 80. E por fim o goleiro Neto do Barcelona, em 2016 e 2017.

PCMG realiza na tarde desta sexta-feira (7), em Araxá, operação Noakes

 



A  Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realiza na tarde desta sexta-feira (7), em Araxá, operação Noakes visando combater fraudes em emplacamento de veículos. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária e mandados de busca e apreensão de veículos. Outras informações serão repassadas em momento oportuno.  


UNIARAXÁ INFORMA:

 

LINK UNIARAXÁ : https://site.uniaraxa.edu.br/


Gordofobia: 3 verbos para saber se ela está presente na sua vida

 



FELIPE KOLESKI

 

Seis a cada 10 adultos no Brasil estão acima do peso. Cerca de 96 milhões de brasileiros têm sobrepeso ou obesidade, mostra a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE. A questão é que ninguém é obeso porque quer. A genética, o estresse, a ansiedade, a cultura familiar e até baques emocionais e medicamentos desencadeiam o ganho de peso. E às vezes tudo junto, pois a obesidade é multifatorial.

O problema é que ainda lançamos um olhar de advogado de acusação para as pessoas portadoras de obesidade, atribuindo equivocadamente ao desleixo algo que não depende só de força de vontade. Por que fazemos isso? A resposta está na desinformação geral, mas também é uma questão de atitude individual. Selecionei três verbos para você identificar se a gordofobia, o preconceito contra quem tem obesidade, está presente na sua vida:

 

1.    Simplificar

Como vimos, a obesidade não é uma escolha. É uma doença crônica, incurável, com múltiplas causas e recidivante, ou seja, mesmo tratada ela volta a se manifestar de modo recorrente. Outra informação que você precisa saber é que a obesidade desencadeia doenças como câncer, diabetes, hipertensão, gordura no fígado e outras. Por isso, encarar a obesidade apenas como escolha ou desleixo com o próprio corpo é revelar desconhecimento. Não existem soluções simples para questões complexas – e a obesidade, decididamente, não é algo simples.

 

2.    Rotular

Usar a característica física para adjetivar uma pessoa portadora de obesidade é um rótulo inadequado. Ninguém se refere a alguém com uma doença crônica como “Fulano é aquele hipertenso ali”. Por que então se referir ao portador de obesidade como “aquele gordo” ou “aquela gordinha”? Outro comentário a vigiar: “Fulana emagreceu e ficou bonita”. Vamos desmistificar a ideia de que a beleza só existe no padrão longilíneo, uma estética hegemônica só na propaganda. Uma pessoa bonita não precisa ser necessariamente magra. Cada ser humano é único, e a verdadeira beleza está em ver a individualidade como ela realmente é.

 

3.    Julgar

Já reparou como todo mundo se acha no direito de dar palpite sobre o corpo da pessoa portadora de obesidade? É dica sobre o que vestir ou não vestir para parecer mais magra, é comentário sobre o que pode ou não pode usar em lugares como praia ou piscina, é patrulha na academia ou na hora de praticar exercício no parque... Vamos deixar pra lá o julgamento e permitir que a própria pessoa decida o que é melhor para ela?

 

Se você conjuga ou é alvo desses verbos – como já fui, antes de tratar a minha própria obesidade – repense as suas atitudes ou reveja o ambiente onde você anda. Respeito acima de tudo.

Redução de minhocas compromete a fertilidade em áreas sob plantio direto

 



       Estudos comparativos realizados ao longo de 40 anos pela Embrapa e parceiros apontaram um acentuado declínio das populações de minhocas, em áreas mais antigas de plantio direto (PD) de distintas regiões do Paraná. O dado parece contraditório, já que as minhocas são vistas como símbolo dessa prática conservacionista, a mais adotada do País. No entanto, os pesquisadores alertam que o problema não se deve ao PD especificamente, mas ao manejo inadequado que vem sendo realizado nos últimos anos. O sistema plantio direto (SPD) baseia-se em três princípios que devem ser observados: mexer minimamente o solo, manter a cobertura vegetal e usar rotação e diversificação de culturas (veja  o quadro sobre as diferenças entre o PD e o SPD).

O uso de maquinário pesado que compacta o solo, o revolvimento da terra com grade, o aumento do uso de pesticidas (especialmente fungicidas) e a ausência de rotação de culturas são alguns dos manejos inadequados que podem estar relacionados à queda das populações de minhocas.

Especialista nesses animais, o pesquisador George Brown, da Embrapa Florestas (PR), conta que, em 2003, quando publicou a primeira síntese sobre minhocas em plantio direto, os dados mostravam uma correlação significativa e positiva entre a abundância de minhocas e a idade do PD. Ou seja, quanto mais antiga a adoção do plantio direto, mais minhocas ocorriam, e o inverso foi destacado para áreas sob plantio convencional. De 2003 para cá, o número de locais avaliados aumentou de dez para 169 áreas com PD. Em 128 delas foram feitos estudos detalhados para relacionar a idade do PD e a abundância de minhocas.

Usando os dados compilados até 2019, foi encontrada uma relação negativa entre a abundância de minhocas e a idade do PD. A riqueza de espécies também foi avaliada (em 93 áreas), porém, não foi constatada relação com a idade do PD. Estudos mais recentes também foram realizados em três áreas referências de pioneirismo na adoção do SPD no estado paranaense: Faxinal (32 anos), Mauá da Serra (46 anos) e Palmeira (44 anos). Nesse trabalho foi encontrada, no máximo, só uma minhoca por metro quadrado (Palmeira) e entre três (Faxinal e Mauá da Serra) e cinco (Palmeira) espécies de minhocas. 

As razões do declínio 

De acordo com Brown, as propriedades rurais avaliadas possuem tempos diferentes de prática de plantio direto. “Mas conhecendo a realidade do manejo do plantio direto no Paraná, sabemos que são principalmente áreas de produção de soja e milho no verão e de trigo, aveia e culturas de cobertura no inverno, que permitem fazer a generalização para outras áreas de plantio direto na Região Sul do País”, explica. 

Para a pesquisadora Marie Bartz, da Universidade de Coimbra (UC), em Portugal, uma das principais causas do declínio é a flexibilização dos três pilares do SPD. “Quando não se praticam os três princípios, já não é sistema e os problemas surgem, como compactação do solo e falta de cobertura. Isso acaba afetando a população de minhocas e toda biologia do solo”, analisa a cientista, que também participou das pesquisas.

Além disso, Bartz acredita que, na última década, houve muito “comodismo” de todos os envolvidos, agricultores, pesquisadores e governo. “Tanto o agricultor quanto o pesquisador acharam que já sabiam tudo sobre PD/SPD, enquanto o governo também acabou com as políticas públicas para incentivar a prática. De 2010 em diante, começamos a ver os problemas: retorno da erosão e solos compactados, cenas muito severas. A gente ouve falar: ‘Vou dar aquela mexidinha no solo para fazer uma descompactação’, mas o agricultor não tem ideia de que essa ’mexidinha‘ com grade compromete toda a estruturação de biologia construída durante aquele tempo. Para mim, não há um limite aceitável. Se descumprir algum desses princípios, é preciso estar ciente que será preciso arcar com as consequências, retrocedendo e voltando à estaca zero do que construiu ao longo dos anos com o sistema”, enfatiza.

Minhocas como indicadoras de qualidade

Monitorar a abundância e a riqueza de minhocas ao longo do tempo é uma atividade importante realizada pela pesquisa, pois elas são vistas como indicadoras de qualidade do solo. Esses pequenos animais realizam importantes serviços ecossistêmicos e contribuem para a formação do solo, a ciclagem de nutrientes, o sequestro de carbono, a disponibilidade de água, o controle da erosão e a produtividade vegetal. 

“Além de criar uma estruturação melhor do solo, as minhocas promovem populações de microrganismos benéficos e ajudam na disponibilização de nutrientes para as plantas. Uma boa parte das minhocas brasileiras também possui glândulas calcíferas, que absorvem o CO2 que está em altas concentrações no solo, e o combinam com cálcio produzindo carbonato de cálcio. O carbonato de cálcio é a cal agrícola, aplicada sobre o solo para reduzir sua acidez (aumentar o pH). Ou seja, além de as minhocas processarem material orgânico e mudarem o pH, elas aumentam a disponibilização de nutrientes, principalmente cálcio, magnésio, fósforo e nitrogênio nos coprólitos (dejeções das minhocas)”, explica Brown.

Pesticidas

Outra possível causa apontada pelos pesquisadores tem a ver com a quantidade de agrotóxicos utilizada nas duas últimas décadas. “No início dos anos 2000, nas áreas de lavouras no Brasil, especialmente nas culturas de soja e milho, houve uma mudança substancial na prática do uso dos pesticidas. Desde então, ocorreu um importante aumento na quantidade de aplicações, o que também pode estar relacionado ao que estamos observando”, aponta Brown. Marie Bartz reitera a hipótese, e relata sobre o uso excessivo de fungicidas. “Com a ferrugem asiática, por exemplo, começou-se a usar mais fungicidas que estão entre os pesticidas maléficos às populações de minhocas”, frisa.

Os pesquisadores vêm alertando sobre as consequências que a agricultura moderna, com o uso de maquinários pesados e pesticidas em excesso, tem trazido para os solos. Segundo eles, essas práticas causarão impactos nos custos para os agricultores e na produção de alimentos para a sociedade. “Temos visto os solos se esterilizando. Eles não têm uma biologia ativa e não conseguem ser produtivos nessas condições”, comenta Bartz. A pesquisadora cita como exemplos de ferramentas para auxiliar na recuperação da biota ativa o uso de produtos biológicos, como a produção on farm de microrganismos para ajudar no desenvolvimento das plantas; e a humificação da matéria orgânica.

Outras alternativas apontadas para melhoria dos solos e redução dos impactos são o uso de mix de plantas de coberturas, manejo integrado de pragas e a inoculação com fixadores de nitrogênio e fungos micorrízicos, que ajudam na absorção de fósforo e nitrogênio pelas plantas. “A tecnologia existe, o que falta é colocarmos em prática tudo o que foi desenvolvido. Mas é uma via de duas mãos, pois o agricultor precisa fazer a parte dele e o governo precisa criar as políticas públicas para incentivar o agricultor nesse sentido. Além disso, todos nós precisamos apoiar o trabalho do agricultor que, apesar de todas as incertezas, produz alimentos para abastecer toda a sociedade”, afirma a pesquisadora.

Plantio direto (PD) e Sistema Plantio Direto (SPD)

O SPD é considerado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) um modelo a ser seguido por outros países. Contudo, de acordo com Bartz, “SPD e PD são diferentes. Plantio Direto é quem planta sobre a palhada para proteger contra erosão e foi como tudo começou. O PD evoluiu para o SPD, que possui requisitos para funcionar na sua potencialidade”. No Brasil, o PD vem sendo praticado desde os anos de 1970 e abrange atualmente cerca de 33 milhões de hectares, dos quais 15% estão no Paraná. Devido à sua importância para a conservação do solo, várias pesquisas vêm sendo realizadas no intuito de monitorar a qualidade dos solos sob essa prática. Até o ano 2019, 17 trabalhos avaliaram a abundância de minhocas (quantidade) e outros nove coletaram dados sobre a riqueza de espécies (tipos diferentes) nesse sistema.

Comparado com o plantio convencional, o PD e o SPD protegem o solo, pois promovem menor perturbação física e proporcionam cobertura vegetal superficial quase constante. Outras vantagens são a redução do uso de maquinário e de combustíveis fósseis, maior sequestro de carbono no solo, e maior acúmulo de matéria orgânica. “A consequência é a melhora da fertilidade e o aumento da biodiversidade, uma série de aspectos que permitem que o agricultor não precise fazer adubação todos os anos, porque o solo começa a ficar rico. À medida que o tempo passa, o SPD promove maior produtividade”, diz Bartz.

Há, porém, um período de transição na adoção do PD e do SPD, em que pode ocorrer uma maior incidência de pragas e doenças, que afetam a produtividade. Outra desvantagem, segundo Bartz, é que o SPD, ao preconizar a rotação e diversificação de culturas, esbarra na agricultura imediatista, em que se planta agora, para produzir na próxima safra. “O que a gente sugere é o mix de coberturas, que vão ajudar a alimentar o solo e ativar a sua parte biológica. Esse é um investimento que os produtores acham caro e que não é possível fazer. Mas, se analisarmos os benefícios a médio e longo prazo que essa utilização de culturas traz para o solo, monetariamente, o agricultor verá que a relação custo-benefício vale a pena”, declara a cientista.

Adotando o SPD segundo suas premissas, o ambiente acaba ficando mais resiliente e equilibrado para passar pelas intempéries, como as secas. “O solo muito bem estruturado, com matéria orgânica, conseguirá absorver e manter mais umidade do que um sistema que não está apto a essas condições. São investimentos que o agricultor faz agora, e que a médio e longo prazo trarão retorno. Os benefícios que as atividades dos organismos do solo, como as minhocas, vão trazer, são inúmeros. Uma população de minhoca ativa vai criar galerias e coprólitos (excrementos), o que promove a fertilidade física e química do solo e impacta diretamente na produtividade da lavoura”, enfatiza.

Menos de 10% faz SPD

Além de pesquisadora de minhocas e do SPD, Marie Bartz traz consigo a “genética” desse sistema, pois é filha de Herbert Bartz, agricultor pioneiro na América Latina em utilizar o plantio direto em escala comercial na sua propriedade no norte do Paraná, e falecido recentemente. De acordo com a experiência da pesquisadora, em suas incursões e estudos pelo Brasil, menos de 10% dos 33 milhões de hectares que utilizam PD em áreas brasileiras são efetivamente manejados usando o SPD.  “A visão do lucro imediato e simplificação do manejo fazem com que não tenhamos um SPD mais difundido. Temos um potencial de melhorar muito ainda, se os agricultores se engajarem em fazer o SPD na sua essência”, diz.

CBMM INFORMA

 

LINK CBMM https://youtu.be/pFAnL0bCVlg

Covid-19: isolamento não pode ser sinônimo de sedentarismo, ansiedade e depressão

 


Estudos mostram redução na prática de atividades físicas devido à pandemia, mas é possível manter a saúde física e mental, mesmo com as dificuldades e incertezas

 

CURITIBA, 05/05/2021 - Um estudo conduzido por sete pesquisadores de quatro universidades (Cambridge e Ulster, na Inglaterra, Yonsei, na Coreia do Sul, e abrasileira Federal de Santa Maria) mostrou que os índices de atividade física caíram de forma significativa durante a pandemia. Publicado em fevereiro de 2021 com o título “Mudanças na atividade física e em comportamentos sedentários de antes e durante a pandemia de Covid-19: uma revisão sistemática”, a pesquisa mostrou que a prática de atividades físicas e a diminuição de comportamentos sedentários afetam positivamente “tanto a saúde física quanto a mental”, recomendando a divulgação de maneiras para elevar as taxas de exercícios, especialmente durante a pandemia.

 

A pesquisa sugere que o isolamento social, assim como a mudança para o home office, contribuiu para a queda das atividades físicas e com o aumento do tempo de sedentarismo e a permanência à frente de telas. Especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e em Cardiologia, Marcelo Bichels Leitão, que faz parte do movimento “O Que Conecta Você às Pessoas”, idealizado pela startup MCities (www.mcities.com.br), com foco na saúde física e mental no período da pandemia, afirma que é fundamental se manter ativo durante este momento por inúmeros motivos: melhora da resposta imunológica (inclusive para vacinas), evoluções mais brandas de doenças e benefícios metabólicos, entre outros.

 

“Se pensarmos também na saúde mental, o exercício físico ajuda a reduzir os níveis de ansiedade e depressão, que têm demonstrado, segundo estudos, um aumento significativo pela pandemia”, diz o também membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). Muitas pessoas se sentem inseguras para sair de casa, mas não é motivo para deixar a atividade física de lado: boa parte dos exercícios pode ser realizados de maneira saudável dentro de casa.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de atividades aeróbicas de baixa intensidade e duas sessões de exercícios de força semanais. “A imensa maioria das pessoas que está habituada vai manter atividades que já conhecem, adaptando condições, como a corrida na esteira. Em geral, essas pessoas já conhecem a resposta do seu organismo ao exercício”, explica.

 

Se a pessoa for sedentária, por outro lado, é preciso ter mais cuidado. “Para quem nunca fez exercício físico, a recomendação é para iniciar em atividades de intensidade mais suave e, desde que não tenha queixas, como dores articulares ou musculares, cansaço desproporcional, aperto no peito, pode ir aumentando a duração e a intensidade do exercício de forma gradativa”, acrescenta. Em caso de dúvidas, é possível buscar orientação por meio da telemedicina.

 

Um olhar para a saúde mental

 

Diretor da Cadmo Clínica Médica, o médico psiquiatra Gustavo Sehnem afirma que, assim como o corpo, a saúde mental também é afetada pela pandemia. Situações como o distanciamento social, a incerteza e a insegurança modificaram a rotina e o planejamento de muitas pessoas, afetando os seus hábitos, o que pode refletir na saúde mental. “O estresse prolongado pode ser motivador para situações de ansiedade, depressão, entre outros quadros”, diz Sehnem.

 

O home office fez com que muitas pessoas não consigam definir os horários para se desconectar. Em muitos casos, no início da pandemia, as pessoas se tornaram até mais produtivas, mas não é algo sustentável. “O organismo é interligado. A criação de hábitos, uma rotina de sono, uma alimentação equilibrada e horários de atividade física interferem no dia a dia. Na clínica, observamos como a rotina é importante para as pessoas com os mais diversos quadros”, explica Sehnem.

 

Não é só um potencial aumento de trabalho que gera problemas. Para muitas pessoas, controlar o tempo de exposição às telas – a internet, em especial – se tornou uma dificuldade. “Na pandemia, ficou claro que muitos dos maus hábitos se devem ao uso indevido da tecnologia, incluindo a desculpa da ‘falta de tempo’ para deixar de praticar atividades físicas”, afirma Leitão.

 

Dicas para sua saúde

 

Segundo Sehnem, pessoas ansiosas ou depressivas podem ter dificuldade em fazer uma autoavaliação para perceber se estão mais angustiadas ou irritadas. “Nesses casos, é importante ouvir a opinião dos familiares: eles estão criticando certos comportamentos? A internet atua no setor de prazer e de recompensa cerebral, o que pode gerar quadros compulsivos”, explica.

 

O contato com familiares, inclusive, é um dos focos do movimento “O Que Conecta Você às Pessoas?”. As ações propostas pela MCities nesta campanha envolvem uma maior atenção à família e também à rotina, que foi modificada com a pandemia e precisa ser retomada de maneira responsável, com atenção para a saúde mental e física. “Qualquer simples estímulo positivo de uso do tempo tem poder de criar um ambiente favorável para o enfrentamento dos maus hábitos”, comenta Paulo Hansted, CEO da MCities.

 

Ficando atento às recomendações das Secretarias de Saúde em relação a bandeiras mais brandas, é possível praticar exercícios em espaços abertos. “O estímulo tem que existir”, opina Hansted. “Não se deve abandonar os passeios com animais de estimação, mesmo que seja para dar uma volta na quadra. Isso mantém a atividade física e ainda dá estímulos visuais, por exemplo, que aliviam a tensão psicológica do momento.”

 

Aproveitando situações

 

O médico psiquiatra dá outras dicas para gerenciar a saúde:

 

- Crie uma rotina: Divida as 24 horas do dia de forma organizada: 6 a 8 horas de sono, preferencialmente noturno; 8 horas para se manter intelectualmente ativo; 8 horas para se alimentar, fazer atividade física, momentos de lazer e de relação com a família.

 

- Estimule os seus hobbies: Descubra algo que te dê prazer (leitura, música, estudos) e o incentive dentro de suas possibilidades.

 

- Não agrida o seu organismo: Observe atividades que dão prazer imediato, caso do álcool ou comer de forma compulsiva. Em geral, elas geram prazer imediato, mas são prejudiciais no longo prazo.

 

- Faça coisas por você: Questione-se: “O que tenho feito por mim? A alegria é contagiante, assim como a irritabilidade. Se eu estiver bem, consigo estar melhor para a minha família e o trabalho. Não é ser egoísta, mas cuidar de si”, explica Sehnem.

 

- Saia da rotina: Dentro do que for possível, siga as orientações das autoridades e mude a sua rotina, o que ajuda a recarregar as baterias.

 

- Filtre o que assiste: Evite permanecer muito tempo em redes sociais ou assistindo ao noticiário. “Somos influenciados pelo que lemos e assistimos”, completa Sehnem.