O Comitê de Enfrentamento da Covid-19 de Araxá, se
reuniu na tarde da última terça-feira, dia 11 de maio de 2021, na sede da
Prefeitura de Araxá e deliberou a respeito do retorno gradativo das aulas no
modelo híbrido para escolas públicas municipais e particulares. Em
definição, as datas para o retorno das atividades presenciais se deu da
seguinte maneira: as escolas particulares voltarão dia 1° de junho, já as
escolas municipais, 1° de julho. Há mais de um ano, por causa da pandemia,
as escolas permaneceram fechadas. De acordo com as informações, as salas
devem receber obrigatoriamente a metade da capacidade de alunos e a outra parte
seguirá em casa acompanhando as aulas de maneira remota. Cada instituição irá
estabelecer grupos alternados para o modelo hibrido de ensino. Em nota da
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Araxá, foi informado que a Secretaria
Municipal de Educação vai definir as etapas para a volta gradual dos alunos de
toda a rede municipal de ensino público e privado..
quarta-feira, 12 de maio de 2021
Comitê define retorno de aulas presenciais em Araxá
COMO FUNCIONA A MENTE SÁDICA DE MANÍACOS SEXUAIS?
O neurocientista e neuropsicólogo, Fabiano de Abreu, analisou este tipo de distúrbio mental
Você já teve a curiosidade em saber como funciona a mente de maníacos sexuais? Pensando nisso, o Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris, Fabiano de Abreu Rodrigues, fala sobre o assunto e explica este tipo de distúrbio mental.
De acordo com o neurocientista, uma das características mais comuns entre os maníacos sexuais é a capacidade de sedução, envolvimento e fascínio. Por meio de personalidades aparentemente atraentes e inteligentes, os psicopatas conquistam suas vítimas.
Em geral, ele explica que são indivíduos simpáticos, que simulam ter interesse pela vítima, utilizando a persuasão para convencê-las. Contudo, não possuem nenhuma empatia, culpa ou remorso pelos seus atos.
“O padrão comportamental de um psicopata é ser cruel, portanto, completamente insensível ao outro. O outro só existe para ele, não como ser humano, mas como meio para ele conseguir o propósito egoísta, dessa forma o psicopata não tem amigos, não ama. Porém o que fica exposto e visível é um perfil extremamente sedutor, ele estuda a sua vítima e passa a fazer tudo por ela, ele busca saber do que ela gosta, do que ela precisa e prontamente aparece com o objeto ou a solução para a pessoa que ele escolheu como vítima. Ele trata esta pessoa muito bem e a vítima do psicopata pensa que teve muita sorte em conhecer alguém que é tão gentil. Assim, o psicopata faz tudo para a pessoa, a tratando muito bem. Até o momento em que passa a ‘arrancar’ tudo dela”, explicou Fabiano de Abreu Rodrigues.
*As características de um maníaco sexual*
No caso dos psicopatas sexuais as características comuns são: o charme superficial, tendência ao tédio, produção de mentira perseverante, manipulação, ausência de culpa ou remorso, insensibilidade afetiva, indiferença, impulsividade, descontrole comportamental, ausência de objetivos reais a longo prazo, irresponsabilidade e incapacidade de aceitar seus próprios erros, promiscuidade sexual, entre outras características que podem variar.
Ainda segundo Fabiano Abreu, todo transtorno mental tem causas biológicas, psíquicas e sociais. Isto é, a psicopatia é um transtorno de personalidade, que pode envolver outros fatores, como traumas de infância ou anomalias cerebrais.
“A psicopatia, seja sexual ou não, é um 'modo de ser'. Não há como mudar sua maneira de ser e de agir. Não há tratamento e não há cura. Sem afeto, o psicopata não possui nenhum problema cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação. Portanto, ele faz uso da razão, do intelecto para agir do modo que quer, tirando proveito de todos. Não quer mudar. Não há terapia nem medicação que o faça ser de outra forma”, concluiu o pesquisador.
Para o neurocientista é importante ressaltar que a psicopatia não é uma doença, mas sim, um distúrbio mental é um transtorno global de personalidade. Portanto, é um dos distúrbios mentais mais graves e um dos mais difíceis de diagnosticar.
Sobre Fabiano de Abreu
Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência, cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal. Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento e Federation of European Neuroscience Societies.O neurocientista e neuropsicólogo, Fabiano de Abreu, analisou este tipo de distúrbio mental
Você já teve a curiosidade em saber como funciona a mente de maníacos sexuais? Pensando nisso, o Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris, Fabiano de Abreu Rodrigues, fala sobre o assunto e explica este tipo de distúrbio mental.
De acordo com o neurocientista, uma das características mais comuns entre os maníacos sexuais é a capacidade de sedução, envolvimento e fascínio. Por meio de personalidades aparentemente atraentes e inteligentes, os psicopatas conquistam suas vítimas.
Em geral, ele explica que são indivíduos simpáticos, que simulam ter interesse pela vítima, utilizando a persuasão para convencê-las. Contudo, não possuem nenhuma empatia, culpa ou remorso pelos seus atos.
“O padrão comportamental de um psicopata é ser cruel, portanto, completamente insensível ao outro. O outro só existe para ele, não como ser humano, mas como meio para ele conseguir o propósito egoísta, dessa forma o psicopata não tem amigos, não ama. Porém o que fica exposto e visível é um perfil extremamente sedutor, ele estuda a sua vítima e passa a fazer tudo por ela, ele busca saber do que ela gosta, do que ela precisa e prontamente aparece com o objeto ou a solução para a pessoa que ele escolheu como vítima. Ele trata esta pessoa muito bem e a vítima do psicopata pensa que teve muita sorte em conhecer alguém que é tão gentil. Assim, o psicopata faz tudo para a pessoa, a tratando muito bem. Até o momento em que passa a ‘arrancar’ tudo dela”, explicou Fabiano de Abreu Rodrigues.
*As características de um maníaco sexual*
No caso dos psicopatas sexuais as características comuns são: o charme superficial, tendência ao tédio, produção de mentira perseverante, manipulação, ausência de culpa ou remorso, insensibilidade afetiva, indiferença, impulsividade, descontrole comportamental, ausência de objetivos reais a longo prazo, irresponsabilidade e incapacidade de aceitar seus próprios erros, promiscuidade sexual, entre outras características que podem variar.
Ainda segundo Fabiano Abreu, todo transtorno mental tem causas biológicas, psíquicas e sociais. Isto é, a psicopatia é um transtorno de personalidade, que pode envolver outros fatores, como traumas de infância ou anomalias cerebrais.
“A psicopatia, seja sexual ou não, é um 'modo de ser'. Não há como mudar sua maneira de ser e de agir. Não há tratamento e não há cura. Sem afeto, o psicopata não possui nenhum problema cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação. Portanto, ele faz uso da razão, do intelecto para agir do modo que quer, tirando proveito de todos. Não quer mudar. Não há terapia nem medicação que o faça ser de outra forma”, concluiu o pesquisador.
Para o neurocientista é importante ressaltar que a psicopatia não é uma doença, mas sim, um distúrbio mental é um transtorno global de personalidade. Portanto, é um dos distúrbios mentais mais graves e um dos mais difíceis de diagnosticar.
Sobre Fabiano de Abreu
Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência, cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal. Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento e Federation of European Neuroscience Societies.
Rinoplastia deve ser avaliada com cuidado para não gerar gatilhos emocionais
O fato de pacientes buscarem a intervenção como uma forma de suprir descontentamentos além da estética contribuem negativamente para a pessoa, alertam especialistas.
A rinoplastia é uma cirurgia plástica que tem como proposta melhorar e harmonizar a aparência. Ao remodelar o nariz, ela também tem o bônus de oferecer bem-estar e autoestima para as pessoas que optam por esse procedimento. Embora seja uma das intervenções estéticas mais populares do país, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica o procedimento superou a lipoaspiração e foi o mais realizado em 2020, é preciso equilíbrio para que essa alteração não seja gatilho para doenças emocionais.
De acordo com um levantamento da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, 87% das pessoas que procuram uma cirurgia estética se sentem mais felizes com a imagem corporal em geral, além de se contentarem com a parte do corpo que foi mudada. Os dados mostram como a relação entre intervenções estéticas e emocionais são diretas.
À exemplo da rinoplastia, um nariz desproporcional pode ocasionar uma visão distorcida do indivíduo sobre si, afetando, inclusive, suas relações pessoais e interpessoais, gerando prejuízos sociais e comportamentais. “É comum vermos pessoas acreditando que a cirurgia plástica resolverá problemas e frustrações pessoais, tais como insegurança com a autoimagem, rejeição à fotos e isolamento social, atitudes provenientes de uma possível rejeição com si mesmas. Pacientes com tal comportamento, dificilmente, estarão satisfeitos com qualquer resultado apresentado pela rinoplastia”, alerta Eduarda Granato, psicóloga especializada em psicologia da saúde pela PUC Rio.
Embora a intervenção cirúrgica possa atenuar ou modificar os aspectos físicos indesejados e trazer significativa melhora da autoestima, refletindo assim, na autoconfiança, o médico otorrinolaringologista e cirurgião Dr. Edson Freitas aponta que não se pode dizer que ela solucionará pendências emocionais ou imperfeições imaginárias referentes a uma condição psiquiátrica. Esse conceito adotado pelo médico é comprovado em um estudo feito pelo Centro de Pesquisas e Análises Heráclito.
Cuidados com os exageros
De acordo com o neurocientista Fabiano de Abreu, em meio ao cenário de pandemia, muitos indivíduos buscam procedimentos estéticos como uma maneira de alcançar a liberação da dopamina, hormônio neurotransmissor da recompensa. “Quando a ansiedade é constante, aumenta-se a necessidade da liberação de neurotransmissores que possam trazer sensações de prazer, principalmente devido a atmosfera negativa que nos colocamos ao acionar o sistema límbico como modo sobrevivência”, comenta.
O perigo desta interação é que disfunções nos neurotransmissores podem resultar em falta de percepção da realidade e o paciente pode passar a não entender o ideal do exagero. “Mesmo a cirurgia sendo realizada de maneira eficaz, atingindo a beleza procurada, o paciente nunca está satisfeito, sendo acometido por uma necessidade constante de mais e mais conquistas”, alerta o neurocientista, que defende que entender a verdadeira razão da cirurgia estética é crucial para, também, cuidar da saúde mental do paciente e definir a diferença numa necessidade real, ou um aprimoramento estético necessário, dos exageros.
Análise psicológica é fundamental
Em casos em que essa relação de dependência fica clara, Fabiano de Abreu e Eduarda Granato apontam que que fazer uma consulta psicológica no pré-cirúrgico é uma forma honesta do profissional resolver a verdadeira necessidade do paciente e buscar, através duma visão externa e racional, a real necessidade da cirurgia, inclusive, aumentando a credibilidade do profissional, resultando em mais fidelidade dos pacientes a longo prazo.
Em sua clínica, o otorrinolaringologista Dr. Edson Freitas une a avaliação médica da cirurgia de rinoplastia com uma análise psicológica, realizada por profissionais da área, que buscam avaliar a motivação, garantindo que se trata de um desejo genuíno e não uma tentativa de se enquadrar ao padrão de beleza imposto pela sociedade. “O objetivo é alinhar as expectativas com as possibilidades reais e técnicas. É comum atender pacientes que idealizam um nariz ‘perfeito’ com base em filtros de aplicativos, por exemplo”, aponta Dr. Edson Freitas.
Trabalhar os medos e anseios do paciente, explicando os riscos e possíveis complicações, descrever, dentro do possível, a rotina do grande dia é essencial para que o indivíduo tenha acesso às informações necessárias e entenda o motivo pelo qual deseja realizar a rinoplastia, garantindo satisfação estética e mental.
Queima de combustíveis fósseis eleva emissões no Sudeste
Consumo de energia, especialmente nos transportes, é a principal fonte de gases de efeito estufa na região, mostra mapeamento municipal inédito do Observatório do Clima
O setor de energia é a principal fonte de gases de efeito estufa entre os municípios mais emissores no Sudeste brasileiro. A região liberou 396,2 milhões de toneladas brutas de gás carbônico equivalente (CO2e) na atmosfera em 2018, o correspondente a 20% do total nacional. O uso e a produção de energia respondem pela maior parte (44%) desse total. Os dados constam da primeira edição do SEEG Municípios, uma iniciativa do Observatório do Clima. O cálculo considera o CO2 e outros gases de efeito estufa, como metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).
Chama a atenção o fato de que o setor de energia é o principal emissor em apenas 22% dos 1.668 municípios do Sudeste. Na maioria das cidades (67%), é a atividade agropecuária a maior responsável pela liberação de gases de efeito estufa na região. Apesar disso, em termos absolutos, a agricultura e a pecuária emitiram menos em comparação ao setor de energia.
“Isso ocorre porque municípios mais populosos, como capitais e grandes áreas metropolitanas, têm no setor de energia sua principal fonte de emissões, sobretudo devido ao consumo de combustíveis fósseis nos transportes”, explica Felipe Barcellos e Silva, pesquisador do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), organização responsável por compilar as informações sobre esse setor.
Com o crescimento urbano decapitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as emissões de gases de efeito estufa decorrentes do consumo de energia também aumentaram, avalia Barcellos. “Em 2000, o Sudeste emitiu 120 milhões de toneladas de CO2e no âmbito do setor de energia. Em 2018, foram mais de 173 milhões de toneladas de CO2e.”
Além da circulação de veículos movidos por motor a combustão, a queima de combustíveis fósseis também se destina a aquecer fornos industriais ou gerar energia mecânica e elétrica. Nos municípios fluminenses de Duque de Caxias e Macaé, por exemplo, as usinas termelétricas fósseis são as principais fontes de emissão de GEE.
Em Serra (ES), grande parte das emissões decorre do uso de combustíveis como coque de carvão mineral, a fim de se produzir ferro gusa e aço. “Nesse caso, o setor siderúrgico utiliza o combustível em processos industriais que visam a transformação química de materiais”, esclarece Barcellos.
Outro fator relevante na conta das emissões no Sudeste é o refino e o processamento de petróleo para a produção de diesel e gasolina, além de outros derivados, concentrada em municípios como Paulínia e São José dos Campos, no interior de São Paulo.
No quadro geral, as emissões do Sudeste aumentaram se comparadas com o total registrado no ano de 2000, quando a região emitiu 367,8 milhões de toneladas de CO2e. Além do setor de energia, a agropecuária também contribuiu para elevar as quantidades de gases de efeito estufa liberados na região. Nessa categoria, as emissões subiram de 95,7 milhões de toneladas de CO2e em 2000, para 99,6 milhões de toneladas em 2018.
A maioria dos municípios que mais emitem nesse setor está em Minas Gerais, informa Renata Potenza, coordenadora de projetos do Imaflora, uma das entidades que participaram do levantamento. “O estado corresponde a 55% das emissões provenientes da agropecuária na região Sudeste, devido principalmente à produção de gado de corte e de leite.” É o caso, por exemplo, das cidades mineiras de Uberaba, Unaí, Prata e Uberlândia.
“A chamada fermentação entérica é um dos fatores que contribuem para as emissões no âmbito da agropecuária'', diz Potenza. Ela se refere ao processo de digestão do rebanho bovino, durante o qual os animais liberam gás metano via eructação – o popular “arroto” do boi. Outro agente causador de emissões é o manejo do solo para o cultivo de soja e outras commodities. “A emissão de N2O em solos manejados decorre da aplicação de fertilizantes nitrogenados, da deposição de dejetos animais na pastagem e de resquícios agrícolas que passam por decomposição”, explica Potenza.
As emissões provenientes do setor de resíduos também apresentaram aumento no Sudeste. A liberação de gases de efeito estufa, nessa categoria, saltou de 31,7 milhões de toneladas de CO2e em 2000, para 42,6 milhões de toneladas em 2018. “Embora responda por apenas 4% das emissões brutas do Brasil, o tratamento de resíduos é uma fonte importante para as cidades, especialmente as mais populosas”, analisa Iris Coluna, engenheira ambiental do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade.
O Sudeste responde por 45% das emissões nacionais provenientes do descarte de resíduos. A cidade do Rio de Janeiro lidera esse setor, com 5,7 milhões de toneladas CO2e liberados em 2018, seguida por São Paulo, que, apesar de ter o dobro da população, emitiu 5,4 milhões de toneladas de CO2e. “A capital paulista apresenta maior eficiência no tratamento de lixo e na captura de metano para gerar energia em aterros sanitários”, diz Coluna.
A principal fonte de emissão no setor é a disposição final de resíduos sólidos em aterros sanitários, aterros controlados ou lixões. Em relação a isso, Coluna faz uma ressalva. “As emissões de municípios que depositam seus resíduos em aterros localizados fora da fronteira da cidade podem estar superestimadas.” Ela cita como exemplo o município de Caieiras (SP), onde se localiza o Aterro CTR Caieiras, que utiliza o biogás produzido como combustível para geração de energia elétrica.
Ocorre que, enquanto a estimativa de emissão de CO2e é realizada com base na quantidade de resíduos gerados em cada cidade, a taxa de recuperação de metano é baseada na localização do aterro sanitário. Como o Aterro CTR Caieiras recebe lixo doméstico coletado em cidades vizinhas, entre elas São Paulo, a recuperação de metano em Caieiras é bem maior do que as emissões por resíduos registradas no município.
A única atividade que apresentou redução das emissões no Sudeste foi a de mudanças de uso da terra e florestas, em sua maior parte provenientes do desmatamento. Em 2000, a região havia emitido 75,5 milhões de toneladas de CO2e; já em 2018, a taxa caiu para 34,1 milhões de toneladas de CO2e.
“Regiões que não mais apresentam grandes alterações de uso da terra possivelmente indicam que muitas áreas de vegetação nativa já foram degradadas em décadas anteriores”, avalia Bárbara Zimbres, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). De acordo com ela, as emissões por desmatamento estão mais concentradas ao norte de Minas Gerais, em municípios como João Pinheiro, Buritizeiro e Paracatu, onde a produção pecuária também é destacada.
“Além disso, a região Sudeste tem menos grilagem de terras públicas ou áreas indígenas quando comparada à região Norte. Isso porque as terras do Sudeste são menores em extensão e, portanto, mais fáceis de serem fiscalizadas”, comenta Zimbres.
O levantamento do Observatório do Clima não é feito só de emissões. As análises também levam em consideração ações de remoção de gases de efeito estufa colocadas em prática nos municípios. “É possível remover CO2 da atmosfera a partir de alterações de cobertura e uso da terra”, afirma Zimbres. “Isso pode ser feito por meio do manejo de áreas protegidas, como terras indígenas, ou de florestas secundárias, formadas em áreas degradadas”, explica a pesquisadora.
Mesmo com altas taxas de desmatamento, as cidades mineiras de João Pinheiro, Buritizeiro conseguem remover volumes consideráveis de carbono da atmosfera, reduzindo as chamadas emissões líquidas. Ao todo, o Sudeste foi responsável pela remoção de 56,8 milhões de toneladas de CO2e da atmosfera em 2018, graças à vegetação secundária, principalmente em Minas Gerais.
Para Iris Coluna, um dos méritos do SEEG Municípios é disponibilizar dados locais para que cada cidade possa elaborar suas próprias estratégias de redução de emissões. “Ter acesso a esse tipo de informação é importante, porque permite que o município compreenda sua realidade ambiental e enfrente os problemas de maneira mais efetiva.”
Na visão do engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador-geral do SEEG, o levantamento fornece informações para que gestores municipais e outros atores sociais possam se concentrar exclusivamente na elaboração de planos e políticas públicas.
“Até hoje, menos de 5% dos municípios brasileiros tinham algum inventário de emissões de gases de efeito estufa. Como os dados são disponibilizados de forma aberta e gratuita, significam também uma enorme economia de recursos públicos, que podem ser direcionados em ações para reduzir emissões”, observa Azevedo.
Os dados completos estão disponíveis na plataforma seeg.eco.br.
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Sobre o Observatório do Clima: rede formada em 2002, composta por 63 organizações não-governamentais e movimentos sociais. Atua para o progresso do diálogo, das políticas públicas e processos de tomada de decisão sobre mudanças climáticas no país e globalmente. Site: www.oc.eco.br.
Sobre o SEEG: O Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa foi a primeira iniciativa nacional de produção de estimativas anuais de emissão para toda a economia. Ele foi lançado em 2012 e incorporado ao Observatório do Clima em 2013. Hoje, é uma das maiores bases de dados nacionais sobre emissões de gases estufa do mundo, compreendendo as emissões brasileiras de cinco setores (Agropecuária, Energia, Mudança de Uso da Terra, Processos Industriais e Resíduos). As estimativas são geradas segundo as diretrizes do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), com base nos Inventários Brasileiros de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases do Efeito Estufa, do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).
Atuaram no SEEG Municípios pesquisadores das ONGs: Ipam e Imazon (Mudança de Uso da Terra), Imaflora (Agropecuária), Iema (Energia e Processos Industriais) e ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade (Resíduos). O SEEG Municípios é apoiado pela União Europeia, por meio do Instrumento de Parceria da UE e o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha (SPIPA/EU-BMU), pela Climate and Land Use Alliance e pelo Instituto Clima e Sociedade.
Evite futuras brigas e saiba hoje mesmo tipos e regras de como fazer um testamento.
O advogado Sergio Vieira, especialista na área cível, reitera a importância da criação do documento acompanhado de um profissional.
A nossa vida não é previsível e dificilmente podemos saber o que vai acontecer conosco daqui alguns minutos. Tudo é incerto, ainda mais tudo que estamos vivendo, hoje estamos bem, mas amanhã podemos morrer ou nos tornar inválidos. Seja qual for o caso, vamos precisar de pessoas para cuidar da nossa família e do nosso patrimônio.
Não é fácil, mas temos que pensar com cuidado quem cuidará da nossa herança. Segundo o advogado e especialista em direito cível Sergio Rodrigo Russo Vieira, não existe uma idade para poder começar a pensar quem vai herdar os bens e direitos. "Qualquer pessoa que esteja lúcida pode fazer um testamento, independente também do tamanho do patrimônio", explica.
*O que pode estar no testamento?*
O acompanhamento profissional na elaboração do testamento é fundamental, pois o especialista pode direcionar o que colocar no documento. O advogado pondera que, além do direcionamento do patrimônio, pode-se incluir informações pertinentes como reconhecer filhos e como futuras dívidas podem ser quitadas.
"Quanto ao patrimônio pessoal, 50% tem destinação obrigatória aos chamados herdeiros necessários (filhos e cônjuges) os outros 50% pode ser livre disposto da forma que melhor convier'', explica o advogado.
Sergio ainda pondera a situação dos empresários em relação às suas empresas. "Dentre as opções, o empreendedor pode criar uma holding familiar (controle patrimonial dos sócios), com todas as regras pré definidas em estatuto. Isso facilita em sobremaneira a sucessão e evita brigas e desgastes desnecessários entre os herdeiros".
Para tanto, mesmo que o documento já tenha sido definido e confeccionado, o testador tem total direito de fazer futuras alterações, mas o ideal é que antes de disponibilizar os bens em um testamento, a pessoa consulte um advogado, evitando assim anulações e quaisquer outros problemas no futuro. "Pode ser feito a qualquer momento. Respeitando o que dispõe a lei, tudo pode (e deve) ser feito com organização e planejamento", finalizou.
Sobre o advogado
Sergio Rodrigo Russo Vieira tem 37 anos (São Paulo em junho de 1983). Formado em Direito em 2006 na Universidade Salvador, assumiu o cargo de Sócio Diretor do escritório Nelson Wilians Advogados em Manaus, que é atualmente é o maior escritório do país e conta com filiais em todos os Estados da Federação, empregando cerca de 2.000 colaboradores e com 450.000 processos ativos em sua base.
Principais realizações:
*MBA em Gestão e Negócios ministrado pelo CIESA.
*Conselheiro Federal Suplente OAB Seccional AM pelo triênio 2019/2021.
*Membro da Comissão Nacional de Sociedade de Advogados junto ao Conselho Federal da OAB pelo triênio 2019/2021.
*Presidente da Comissão de Sociedades de Advogados Seccional AM pelo triênio 2019/2021