O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de dezembro fechou
em 1,69, uma leve alta em relação a novembro (1,67).
Os preços das commodities agrícolas, principalmente
açúcar, etanol, soja e milho, apresentaram ligeira queda, em dólar, em relação
ao mês anterior, devido a uma demanda doméstica retraída e à proximidade da
entrada de uma nova safra de grãos.
No mercado internacional de fertilizantes ainda há pouca atividade
compradora na maior parte das principais regiões consumidoras. Enquanto do lado
da oferta, cada nutriente tem enfrentado um desafio em particular: Nitrogenados
segue sendo o nutriente de maior volatilidade, com isso a tendência de alta foi
revertida devido ao recuo nos preços de gás natural alinhado à um excesso de
oferta na última licitação Indiana. Potássio, há uma grande preocupação em
relação à oferta da Bielorrússia e as ações de bloqueio de exportação. Fósforo,
mercado segue firme diante da ausência de um dos maiores produtores: China.
Vale salientar que a rentabilidade das principais lavouras no Brasil em
21/22 deve ser positiva, impulsionada principalmente pelo Real desvalorizado e
bons preços internacionais das principais commodities.
ÍNDICE DE FERTILIZANTES EM DEZEMBRO
|
Dez/21 |
Dez/20 |
Mês Anterior |
Média 2019 |
Média 2018 |
Média 2017 |
|
|
IPCF geral |
1,69 |
0,68 |
1,67 |
1,13 |
1,12 |
1,00 |
Observação: quanto menor o IPCF, maior é o poder de compra de fertilizantes
O índice é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, uma das
maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados. O índice
consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.
Entendendo o IPCF.
O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na
relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities
agrícolas. Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais
acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00
significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo
período.
O cálculo do IPCF leva em consideração as
principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.