quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

CARRAPATOS QUE MATAM:



Dicas de prevenção para evitar a Febre Maculosa Brasileira
                                                           A Febre Maculosa Brasileira (FMB), transmitida ao ser humano por meio da picada do carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii, é uma doença grave e, se não tratada logo no início do aparecimento dos sintomas, pode levar à morte.  A doença, que apresenta casos registrados em áreas rurais e urbanas, se manifesta de forma aguda por meio de sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, mal estar, náuseas, vômitos e, em alguns casos, podem surgir manchas avermelhadas na pele, principalmente na palma das mãos e planta dos pés. Segundo a referência técnica do Programa da Febre Maculosa Brasileira da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Bruna Dias Tourinho, alguns cuidados são importantes para prevenção da doença. “É importante que a população esteja atenta para a vistoria frequente do corpo quando exposta a ambientes favoráveis à infestação ou presença de carrapatos, como áreas rurais, matas, cachoeiras, pasto sujo, áreas com presença de animais domésticos ou silvestres, parques, beira de rios e lagoas”, explica. Segundo a referência técnica, os sintomas iniciais da febre maculosa ocorrem entre o 2º e o 14º dia após a picada do carrapato e podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças. Por isso é fundamental que, diante dos primeiros sintomas, o paciente procure imediatamente o serviço de saúde e relate ao profissional médico que esteve em áreas propícias para a presença de carrapatos. A partir da suspeita de FMB, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, sem esperar a confirmação laboratorial do caso. Se não tratados, pacientes com FMB podem evoluir para estágios de confusão, torpor, alterações psicomotoras e outras manifestações graves (edema, manifestações hemorrágicas, icterícia), que requerem cuidados hospitalares intensivos e podem levar o paciente ao óbito em cerca de 80% dos casos, alerta a referência técnica em Febre Maculosa Brasileira, Bruna Dias Tourinho. A conduta laboratorial para o diagnóstico da Febre Maculosa Brasileira é definida de acordo com o tipo de amostra e o prazo entre o início dos sintomas e a coleta. A Imunofluorescência Indireta é realizada quando a coleta da amostra é realizada a partir do 7º dia após o início dos sintomas, período em que os anticorpos específicos que agem contra o agente que provoca a doença podem ser detectados. Amostras coletadas antes desse prazo, quando necessário, são encaminhadas para a Reação em Cadeia de Polimerase (em inglês Polymerase Chain Reaction – PCR), método que pesquisa diretamente o material genético da bactéria. Casos de Febre Maculosa Brasileira (FMB) são registrados em Minas Gerais desde a década de 1930. De 2008 a 2016 foram registrados 111 casos e 46 óbitos por causa da doença nas principais macrorregiões do estado. As que apresentaram maior frequência de casos foram Centro (26%), Sudeste (22,9%), Leste (15,6%) e Oeste (12,5%). Os municípios com maior número de registros da doença foram Divinópolis (8,3%), Juiz de Fora (7,2%), e Diamantina (4,2%).  Em 2016, até o momento, foram dez casos confirmados e quatro óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, além de Minas Gerais também há registros da doença nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espirito Santo, Santa Catarina e mais recentemente no Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará e Mato Grosso do Sul. Ao frequentar áreas propícias para a presença de carrapatos (áreas rurais, matas, cachoeiras, pasto sujo, áreas com presença de animais domésticos ou silvestres, parques, beira de rios e lagoas), devem ser tomados os seguintes cuidados:

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