Décimo
terceiro salário deve injetar quase R$ 200 bilhões na economia brasileira
O pagamento do 13º salário deve
injetar R$ 197 bilhões na economia, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto
(PIB), segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos). Cerca de 84 milhões de brasileiros receberão um
rendimento adicional, em média, de R$ 2.192, incluindo trabalhadores do mercado
formal, beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de
pensão da União. O total a ser pago é R$ 15 bilhões maior (ou 8,2%) do que o
desembolsado em 2015. Apesar da diferença, o impacto na atividade econômica não
deve ser relevante. "O valor nominal significa uma estabilidade, porque
você desconta a inflação e gera um aumento real de apenas 0,6%", afirma o
analista econômico Everton Carneiro, da RC Consultores. O economista Rafael
Bacciotti, da Tendências Consultoria, lembra que boa parcela dos 84 milhões que
receberão o benefício são aposentados, e que estes receberam aumento no salário
mínimo, o que ajudou a elevar o dinheiro inserido na economia. Do total de
beneficiários, pelo menos 33,6 milhões (ou 39,9%) são aposentados ou
pensionistas do INSS. Os funcionários formais correspondem a 49,5 milhões de
pessoas, ou 58,9% do total. Os empregados domésticos com carteira assinada
somam 2 milhões, equivalente a 2,5% do total. O restante, cerca de 982 mil
pessoas, referem-se aos aposentados e beneficiários da pensão da União. A
parcela mais expressiva do 13º salário fica nos Estados do Sudeste, 50,9% -
região que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e
pensionistas. Outros 16,1% do montante a ser pago ficam na região Sul, igual
fatia que será destinada ao Nordeste 16,1%. Para o Centro-Oeste e Norte, irão,
8,9% e 4,8% do total, respectivamente. O
número de pessoas que receberão o 13° salário em 2016 é cerca de 0,2% superior
ao calculado para 2015. A maior parcela
do montante a ser distribuído caberá àqueles que estão empregados no setor de
serviços, que ficarão com 63,1% do total destinado ao mercado formal; os
empregados da indústria receberão 18,1%; os comerciários terão 13,1%; os que
trabalham na construção civil terão 4,8% do total; e aos trabalhadores da
agropecuária, 3,3%.
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