O Projeto Refazendo Sonhos - Família Acolhedora já
beneficiou nove crianças e adolescentes em oito famílias habilitadas, uma delas
acolheu dois irmãos. A presidente da Fundação da Criança e Adolescente de Araxá
(FCAA), Taciana Almeida, diz que das 15 vagas ofertadas, 10 famílias já foram
habilitadas, sendo que oito delas já estão fazendo o acolhimento. “Atualmente,
o projeto está realizando a capacitação de outras oito famílias para preencher
as cinco vagas que restam”, informa. O projeto foi lançado pela FCAA em maio
com o objetivo de buscar famílias provisórias para crianças e adolescentes que
não possam no momento estar com as próprias famílias. Taciana reforça que o
afastamento do convívio da família de origem deve ser excepcional e provisório
e, antes que aconteça, é feito um trabalho social com as famílias de origem
para viabilizar um ambiente familiar saudável, em busca da reintegração.
“Excepcionalmente, deve haver a colocação da família substituta por meio de
adoção, guarda ou tutela. Hoje, temos três crianças e dois adolescentes, com as
famílias biológicas sendo trabalhadas pela equipe técnica e pela rede para este
retorno”, explica. De acordo com ela, estudos mostram que a cada um ano que a
criança vive em acolhimento institucional aguardando a reintegração à família
de origem ou a decisão judicial, resulta em quatro meses de déficit na cognição
geral. O Projeto Refazendo Sonhos - Família Acolhedora tem a premissa de que
toda criança e adolescente em condições de acolhimento deve se desenvolver em
um lar que tenha tratamento individualizado, diminuindo os danos causados pela
sua situação de vulnerabilidade. “É um programa muito lindo, que visa proporcionar
à criança e ao adolescente o desenvolvimento saudável no seio de uma família em
caráter provisório, até que eles possam ser recebidos por sua família de
origem, ou havendo essa impossibilidade, que possa ser encaminhada à adoção.
Afinal, o afeto de uma família tem poder transformador”, destaca. Cerca de 25
famílias procuraram a FCAA para se inscrever no projeto. Algumas desistiram e
outras foram classificadas como não aptas. Famílias interessadas em acolher
crianças e adolescentes em situação de risco ainda podem se inscrever para
cadastro reserva na sede da fundação, na rua da Bomba, nº 100, no bairro Leda
Barcelos, ou pelo número (34) 3691-7192.


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