Adolescentes e mulheres em
vulnerabilidade social estão recebendo, desde dezembro, junto com demais itens
de saúde básica e limpeza, absorventes higiênicos. Em média, a Secretaria
Municipal de Ação Social distribui 1.200 cestas por mês e dessas, cerca de 80%
contemplam os lares com os absorventes. Essa entrega busca amenizar a falta de
acesso ao produto.
A inclusão dos absorventes nas cestas básicas é direcionada para casas que
tenham em sua composição adolescentes e mulheres em idade fértil. A família
realiza o pedido no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), nos
Núcleos de Convivência ou na Secretaria Municipal de Ação Social. No momento da
solicitação da cesta, o responsável informa o número de moradores e é realizada
uma visita social.
Os técnicos da secretaria realizam a marcação na ficha de requisição, indicando
que a cesta de determinado lar deve ser contemplada com o item e a quantidade
ideal para que a saúde básica seja mantida durante o mês. A maioria das
famílias que vivem em precariedade possui número relevante de adolescentes e é
chefiada por mulheres.
De acordo com a secretária Cristiane Gonçalves Pereira, a pobreza menstrual não
se restringe somente à falta de dinheiro para comprar os absorventes. Tem
relação com a ausência da estrutura do ambiente em que vivem, como banheiros,
água e saneamento. “O uso inadequado de papel, tecido ou outros itens para a
contenção do fluxo também podem causar infecções recorrentes a essas mulheres.
O município percebeu essa questão e logo definiu a distribuição gratuita dos
absorventes nas cestas, que é extremamente essencial”, relata Cristiane.
Sobre a pobreza menstrual
Vinte e cinco por cento (25%) das adolescentes brasileiras não têm acesso a
absorventes. Estudo do Banco Mundial estima que pelo menos 500 milhões de
mulheres no mundo não dispõem de instalações adequadas para a higiene no
período menstrual.
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