segunda-feira, 31 de maio de 2021

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Covid-19 aumenta o número de requerimentos de benefícios de pensão por morte ao INSS




Por Carla Benedetti, sócia da Benedetti Advocacia, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos
 
Atualmente, no Brasil, há mais de 450 mil vítimas da covid-19. Neste cenário, há homens e mulheres de diferentes idades. Alguns que estavam aposentados, outros que trabalhavam registrados, ou que contribuíam para a Previdência Social na qualidade de autônomo, e alguns, também que exerciam suas atividades profissionais de maneira informal. Nessa estatística, se encontram ainda as donas de casa e os estudantes, e que ainda que pudessem contribuir para a previdência, de forma facultativa, nem sempre faziam.
 
Desta parcela da população, herdeiros de um cenário trágico da pandemia, há os que garantiram aos dependentes de vários destes segurados da Previdência Social, o direito ao recebimento do benefício de pensão por morte, desde que cumprido os requisitos presentes em lei. Assim, observa-se, que a grande quantidade de óbitos gerados pela pandemia trouxe também um aumento no número de requerimentos da pensão por morte.
 
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Seguridade Social, em 2018 foram concedidas 373.015 pensões, em 2019 foram 428.512 e em 2020 foram 416.341 pensões por morte concedidas. Embora os números de 2020 sejam menores, houve um aumento considerável a partir de agosto de 2020, quando o país contava com aproximadamente 100 mil mortes. Mas insta salientar que as concessões, em regra, são finalizadas meses após o requerimento do pedido. Portanto, estes pedidos foram realizados alguns meses anteriores a agosto, para que o volume fosse cada vez mais frequente.
 
Para se ter uma estimativa sobre o aumento do número de concessões de pedidos de pensão por morte e que, provavelmente, possuem relação com o número de mortes em razão da pandemia, enquanto em dezembro de 2019 houve a concessão de 34.246 pedidos, em dezembro de 2020 este número saltou para 53.202.
 
O mesmo cenário ocorre em janeiro de 2019, quando foram concedidas 30.199 pensões por morte, e em janeiro de 2020, 27.999. Todavia, em janeiro de 2021, em plena pandemia, o número foi de 45.896. O mesmo salto ocorreu em relação ao mês de fevereiro, que contabilizou 43.040 em 2019; 40.739, em 2020, mas, 59.917 em 2021. Tal número crescente, possivelmente seria bem maior nos meses de março e abril de 2021, se os dados já tivessem sido disponibilizados.
 

Salienta-se que tal cenário também pode trazer reações no orçamento da Previdência Social, se não fosse pelo fato de que alguns segurados já estavam aposentados e, portanto, eram já beneficiários do sistema, ou, ainda, pelos reflexos oriundos da publicação da mais recente reforma da previdência, por meio da EC 103/19, que alterou sensivelmente os critérios de cálculo que asseguravam, antes da mudança da lei, uma pensão por morte com valores mais vantajosos. 

Construir o sonho da casa própria está mais caro

 



Quem deseja investir na construção de imóveis deve prestar atenção nesses números: A inflação da construção civil é a maior em 28 anos, alerta o empresário Rafael Scodelario.

 

Quem nunca sonhou com a casa própria, não é mesmo? Porém, se por um lado o momento está propício para quem deseja comprar um imóvel, por outro a vantagem não é tanta para quem deseja construir.

 

A razão disso é que os produtos na construção civil registram, em maio, a maior inflação acumulada em 12 meses dos últimos 28 anos. O aumento de 38,66% no período foi apontado pela Fundação Getúlio Vargas, em um levantamento elaborado a partir do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de maio.

 

Segundo o especialista em mercado imobiliário e proprietário do Grupo Escodelar, Rafael Scodelario, o crescimento neste período é preocupante. “para se ter ideia, a inflação de material, equipamentos e serviços dentro do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu para 30,86% em 12 meses até maio, também um recorde”, conta.

 

Por que aumentou?

 

Segundo Rafael, a inflação de itens na construção, hoje, está sendo pressionada pelo crescimento dos preços de commodities minerais e metálicas usadas para matérias-primas de produtos no setor. “Soma-se a isso o dólar alto, o aumento de demanda por projetos residenciais, com elevação de procura de material, a alta em preço de fretes, e as dificuldades em importação de itens usados no setor para atender o mercado”, explica.

 

Se por um lado os materiais de construção aumentaram tanto, há uma parcela desta cadeia produtiva que não teve o mesmo impacto. “Até maio, o INCC-10 acumula alta de 13,49% em 12 meses, enquanto que na mão de obra sobe 2,98%, no período”.

 

Por ser o maior aumento em 28 anos, Scodelario observa que os números trazem um alerta para o consumidor. “O IGP-10 foi criado em 1993, um ano antes do Plano Real, e naquela época o Brasil ainda vivia um momento de hiperinflação. Por isso, comparado com período, a taxa em 12 meses até maio deste ano de inflação de material de construção ainda é superior”, observa.

 

Outra razão para isso acontecer é que o mundo está saindo da crise imposta pela pandemia, reforça o proprietário do Grupo Escodelar. “Os países estão sendo vacinados, e a economia está voltando a se aquecer. E, quando ela volta a crescer, de modo global, é natural que a procura por commodities aumente”.

 

Além disso, também há outros fatores que podem justificar este aumento: “A escassez de matéria-prima e desorganização de comportamento de consumo, que devido a pandemia pararam o mundo há um ano atrás. Além disso, há o dólar, como disse, e os fretes caros. O custo por logística também impacta muito nos dias atuais”, acrescenta o especialista.

 

Sobre a falta de matéria-prima, Rafael Scodelario observa que o seu preço disparou, e isso também impacta os números. “Observe que o minério de ferro, de 16 de março de 2020 até 17 de maio deste ano, subiu 97,61%. O cobre, no mesmo período, subiu 111%”.

 

Diante deste cenário, Scodelario acredita que as empresas que investem em projetos residenciais devem estar avaliando os custos de produções. “Com isso, novos lançamentos devem ser adiados, ainda que o mercado de modo geral esteja favorável para quem deseja comprar um imóvel”, completa o especialista.

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7 benefícios do home care

 



Além de ajudar a desafogar hospitais, contato mais próximo com familiares pode acelerar a recuperação de pacientes

Passar por um tratamento médico é mais comum do que se imagina e hoje, há várias formas de enfrentar isso. A assistência por home care, por exemplo, é um dos métodos de dar continuidade ao tratamento de algumas doenças, internações ou de reabilitação do paciente e esta modalidade está em alta. Segundo o último levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o aumento foi de 22%. Para João Paulo Silveira, CEO da Domicile Home Care, esse tipo de atendimento teve um aumento ainda maior durante a pandemia, um salto de 40%.

"Os convênios já estão olhando mais para o home care e as vantagens desse tipo de atendimento. Os hospitais podem retirar pacientes dos leitos e direcioná-los para o tratamento em casa, isso traz benefícios tanto para os hospitais, que conseguem desafogar muito mais rápido o sistema de saúde, algo que é fundamental neste período de COVID, como também pode ser benéfico para o próprio paciente", avalia Silveira.

Para falar sobre a qualidade do home care, o especialista separou sete benefícios deste tipo de atendimento. Confira:

Humanização
Um dos principais benefícios é a humanização do atendimento e o afeto durante o tratamento do paciente. Essa modalidade permite mais contato entre médicos, pacientes e familiares, com isso, o processo de reabilitação torna-se muito mais transparente e desestressante, já que todos conseguem assistir de perto aos quadros clínicos.

Equipe Multidisciplinar
O home care possui uma equipe multidisciplinar, ou seja, que funciona como no hospital, cuidando de todo o quadro clínico do paciente, porém, dentro de casa.

Afeto durante o tratamento
Seguindo o mesmo caminho da humanização do atendimento, o afeto durante o tratamento pode trazer melhoria para a saúde, afinal, estar mais próximo de amigos e familiares e da sua própria rotina e hábitos de referência, podem tornar o processo de recuperação mais eficaz. Segundo a revisão de 148 estudos feitos nos Estados Unidos por especialistas da Brigham Young University e da Universidade da Carolina do Norte mostrou que pessoas com vínculos afetivos ativos tinham 50% mais chances de sobrevivência. Esses mesmos autores também concluíram que a sensação de solidão e falta de amigos são comparáveis aos problemas provocados pela obesidade, abuso do álcool ou consumo de 15 cigarros por dia. "Esse é um dos principais pontos, as pesquisas já alertam sobre a importância do afeto e durante a pandemia assistimos diversos quadros de ansiedade e depressão desencadeados pelo distanciamento social", avalia o especialista.

Infecção hospitalar
Como um enfermo tem a imunização afetada, bactérias e vírus de hospitais podem ser grandes vilões na hora da recuperação. Manter um paciente em casa pode privá-lo de ter contaminações, pois ele fica menos exposto aos riscos infectológicos que podem piorar o quadro dele. Além disso, neste cenário os familiares e conhecidos não precisam também se expor a este ambiente e correr risco de contrair alguma doença, como por exemplo, em dias atuais, o Covid 19.

Assistência individual
Em casa, cada profissional consegue dar uma atenção direcionada e integral ao quadro do paciente, ou seja, o contato do médico é muito mais personalizado. Este tipo de metodologia também oferece mais resolutividade e conforto para a evolução clínica do paciente.

Psicológico
Passar por uma doença já é difícil fisicamente e emocionalmente. O sentimento de isolamento, abandono e tristeza podem gerar depressão e piora do estado de saúde dos pacientes. Ao ser transferido para casa, um paciente deixa de lado a sensação de estar doente e isso traz a sensação para o subconsciente de cura e isso eleva a autoestima e bem-estar. Portanto, o home care tem impacto no tratamento de saúde, físico e emocional do paciente.

Desafogar hospitais
Os benefícios do home care se estendem também para os hospitais. A desospitalização de um paciente é positiva também para o quadro da saúde no Brasil que enfrenta superlotação. Quando um paciente é direcionado para o tratamento em casa ele dá espaço para pacientes que precisam, essencialmente, da supervisão em aparelhagem em um hospital. Diante da insuficiente infraestrutura hospitalar no Brasil, onde 74,3% dos municípios possuem menos leitos do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o estudo revela que, caso o setor de Atenção Domiciliar à Saúde encerrasse suas atividades, seriam necessários 20.763 leitos hospitalares adicionais ao ano para absorver os pacientes atendidos pela modalidade

Sobre João Paulo Silveira
João Paulo Silveira é CEO e fundador da Domicile Home Care, assistência médica em domicílio e é membro do Conselho Fiscal Efetivo da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Hospital das Clínicas Da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), já trabalhou em locais como o Grupo Hospitalar SOBAM/Hospital Pitangueiras com assistência domiciliar e, antes disso, como fisioterapeuta da UTI Geral do Hospital São Camilo. Além disso, possui curso de liderança 360 na Faculdade Getúlio Vargas (FGV), MBA em administração hospitalar e sistemas de saúde pela Fundação Getúlio Vargas.  

Ataques cibernéticos crescem 300%, segundo relatório da NTT

 



NTT Ltd., companhia global de serviços de tecnologia, lançou hoje seu Relatório de Inteligência de Ameaças Globais 2021 (GTIR), que revela como os cibercriminosos estão tirando proveito da desestabilização global visando indústrias essenciais e vulnerabilidades comuns da mudança para o trabalho remoto. Os setores de Saúde, Finanças e Manufatura viram um aumento nos ataques (200%, 300% e 53%, respectivamente), com esses três setores principais respondendo por um total combinado de 62% de todo os ataques em 2020, um aumento de 11% em relação a 2019. 

  

Enquanto as empresas correm para oferecer mais acesso remoto virtual por meio do uso de portais dos clientes, os ataques a aplicativos específicos e da web aumentaram, respondendo por 67% de todos os ataques, o que mais que dobrou nos últimos dois anos. O setor de saúde sofreu o impacto desses ataques na sua mudança para a tele saúde e atendimento remoto, com 97% de todas as atividades hostis direcionadas ao setor, sendo ataques de aplicativos da web ou ataques de aplicativos específicos. 

  

O GTIR traz informações das consultorias de segurança, Cybersecurity Advisory, realizadas pela NTT, que aplica uma pontuação de nível de maturidade de um programa de segurança por setor, com um número mais alto indicando um plano de ação mais maduro. De forma peocupante, Saúde e Manufatura têm pontuações relativamente baixas em relação à maturidade, com 1.02 e 1.21 respectivamente. Essas pontuações diminuíram desde a linha de base de 2019 de 1.12 e 1.32, enquanto as taxas de ataque aumentaram significativamente. A Manufatura experimentou um declínio de três anos nas pontuações, provavelmente devido a mudanças no ambiente operacional e a evolução dos ataques. Por outro lado, as Finanças continuaram a mostrar a maior pontuação de referência de maturidade pelo terceiro ano consecutivo, de 1.84, uma redução de 0.02 em relação ao ano passado. 

  

Kazu Yozawa, CEO da divisão de segurança da NTT diz: “Ano passado previmos um aumento de ataques oportunistas e direcionados e, infelizmente, isso se provou verdadeiro. Embora esses setores tenham feito seu melhor para manter os serviços essenciais em tempos difíceis, a queda dos padrões de segurança quando as empresas mais precisam é preocupante. À medida que serviços continuam a se mover online e se tornam cada vez mais digitais para dar conta do novo normal, as organizações devem ser extremamente vigilantes na defesa e manutenção das melhores práticas em sua segurança.” 

  

Malware sofre metamorfose: Malware criptográfico surge enquanto os Trojans se tornam mais comuns 

  

Embora o malware esteja se tornando mais comum em recursos e funcionalidades, também se tornou mais diverso ao longo dos anos com o aumento do malware multifuncional. Mineiradores de criptomoedas substituíram o spyware como o malware mais comum do mundo, mas o uso de certas variantes de malware contra setores específicos continuam a evoluir. Os worms apareceram com mais frequência nos setores financeiro e manufatureiro. A Saúde foi afetada por trojans de acesso remoto, enquanto a indústria tecnológica foi alvo de ransomware. O setor da educação foi atingindo por mineiradores de criptomoeda devido à popularização da mineração entre alunos que exploram infraestruturas desprotegidas. 

  

O mercado de criptomoedas é um excelente exemplo, com criptomineradores respondendo por impressionantes 41% de todos os malwares detectados em 2020. O XMRig coinminer foi a variante mais comum, representando quase 82% de toda a atividade de coinminer e quase 99% especificamente na EMEA. 

  

Mark Thomas, que lidera o Central de Inteligência de Ameaças Globais da NTT, comenta: “Por um lado você tem atores de ameaças tirando proveito de um desastre global e, por outro lado, os cibercriminosos capitalizando em explosões de mercado sem precedentes. O traço comum em ambas as situações é a imprevisibilidade e o risco. Mudanças nos modelos operacionais ou adoção de novas tecnologias apresentam oportunidades para agentes mal-intencionados e com um mercado crescente de cripto-moeda popular entre estudantes inexperientes; ataques estavam prestes a acontecer. Agora, conforme entramos em uma fase mais estável da pandemia, organizações e indivíduos devem priorizar a higiene da segurança cibernética em todos os setores, incluindo a cadeia de suprimentos .“ 

  

Outros destaques do GTIR de 2021: 

  • Os ataques contra a manufatura aumentaram de 7% no ano passado para 22%; no setor de saúde aumentaram de 7% para 17%; e no financeiro aumentou de 15% para 23%. 
  • Organizações em múltiplos setores viram ataques relacionados à vacina para Covid-19 e cadeias de suprimentos associadas. 
  • Ataques de oportunismo por conta da Covid-19 aumentou, com grupos como Ozie Team, Agent Tesla e TA505, juntamente com atores estatais como Vicious Panda, Mustang Panda e Cozy Bear muito ativos em 2020. 
  • As formas de malware de ocorrência mais comum em 2020 foram Miners: 41%; Trojans: 26%; Worms: 10%, Ransomware 6%. 
  • Mineiradores de criptomoedas dominaram a atividade na Europa, Oriente Médio e África (EMEA) e nas Américas, mas eram relativamente raros na Ásia-Pacífico (APAC). 
  • OpenSSL foi a tecnologia mais visada nas Américas, mas não estava nem na lista dos 10 primeiros na APAC. 
  • As consequências contínuas após a decisão do Schrems II invalidaram o Privacy Shield UE-EUA e impuseram obrigações adicionais às organizações que transferem dados pessoais da UE para países terceiros. 
  • Pesquisa da NTT mostra que 50% das organizações globalmente estão priorizando a proteção de seus serviços em nuvem -tornando-se o principal foco de segurança cibernética nos próximos 18 meses. 

CBMM INFORMA

 

LINK CBMM https://youtu.be/pFAnL0bCVlg