sábado, 17 de junho de 2017

MORRE EX VEREADOR PEZÃO DE ARAXÁ:



Ex-vereador Pezão de Araxá morre aos 56 anos
                                               José Gaspar Ferreira de Castro, conhecido como Pezão, ex-vereador de Araxá, faleceu na madrugada deste  sábado, dia 17 de junho de 2017. Pezão, já estava passando por problemas de saúde desde  2015. Ele tinha 56 anos era separado e deixou uma filha e um neto. José Gaspar foi encontrado morto em casa por uma irmã. A suspeita é de ele que tenha sofrido um infarto. A cerca de um mês durante a realização da Festa em Louvor à Mártir Filomena de Araxá, a reportagem do JORNAL INTERAÇÃO, conversou com o ex-vereador sobre o evento que ele sempre apoiava como voluntário a vários anos. Pezão estava bastante debilitado, ele disse que passa por problemas de saúde e ainda não havia se recuperado do trauma que teve no caso policial da Santa Casa de Araxá e também por causa da sua não reeleição à Câmara nas últimas eleições.  Conhecido pelo seu trabalho social de apoio aos romeiros de romaria ( Àgua Suja) – na festa de nossa Senhora da Abadia, da Festa da Mártir Filomena e também no trabalho de combate a pediculose ( tratamento do piolho) ele foi vereador da Câmara Municipal de Araxá por três mandatos alternados.  O ex-vereador havia sido indiciado e posteriormente inocentado no inquérito que apurou o desvio de dinheiro da Santa Casa de Araxá pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Pezão chegou a ser preso no Presídio Municipal de Araxá, durante as investigações. Na última entrevista que Pezão concedeu ao JORNAL INTERAÇÃO, no dia 20 de outubro de 2015, ele disse ter entrado em depressão profunda; confira parte da entrevista dele: “  Sinceramente até hoje eu não entendi porque  fui envolvido e preso. Eu acho que é por que o Miguel Júnior estava na Prefeitura era do meu partido. Eu sou inocente! Não roubei um centavo da Santa Casa. Espero que a Câmara também reconheça a minha inocência para que a gente possa voltar a trabalhar realizando as nossas ações sociais para o povo de Araxá.”   Finalizando, Pezão disse emocionado à reportagem do  JORNAL INTERAÇÃO que, “ olha, eu passei, nove dias na cadeia e parecia que meu mundo tinha acabado. Tive depressão e pensei até em tirar a minha vida, mas me apóie em Deus e rezei muito. Levei uma bíblia e fiquei rezando  ao lado do Miguel  Júnior, pois foram momentos intermináveis, difíceis mas Deus quis assim e a gente sempre confiou nele.” O corpo do ex-vereador foi  velado no velório municipal Passo da Saudade e o enterrado na tarde de sábado no cemitério das Paineiras.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAXÁ INFORMA:




MAIS SEGURANÇA PARA OS BAIRROS DE ARAXÁ:







Bairros de Araxá  serão prioridade na ampliação do videomonitoramento
                                                           Araxá ganhará mais reforço no combate à criminalidade. A Prefeitura Municipal definiu a escolha de posicionamento das 22 novas câmeras de videomonitoramento. A definição dos pontos foi realizada através de uma avaliação técnica junto a Polícia Militar, Polícia Civil e o Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep). Com ampliação do projeto, município contará com um total de 55 câmeras. Os bairros vão ganhar a maioria dos novos equipamentos para maior segurança dos moradores. Já o Centro receberá equipamentos para atender a demanda existente. O secretário municipal de Segurança Urbana e Cidadania, Élvio Bertoni, avalia que a instalação de mais câmeras de videomonitoramento acompanha o bom momento vivido pela segurança em Araxá, conforme apontado em pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Nós não podemos parar no tempo, então, o prefeito Aracely de Paula, já havia nos autorizado expandir o sistema de videomonitoramento na cidade. O processo de instalação dessas novas câmeras já está em andamento. A empresa responsável por essa ampliação está adquirindo os equipamentos e demarcando locais para a efetiva instalação”, comenta. Com essa ampliação, o município chega ao mesmo número de câmeras que Uberaba possui atualmente. Bertoni ressalta que a ação contemplará, tanto a região central como os outros setores da cidade. “Estamos trabalhando na área central alguns ‘pontos cegos’, que a gente reputa como importante. O Centro receberá de duas a três câmeras. As demais serão levadas aos bairros, especialmente nos maiores corredores de tráfico e movimentação de comércio. Assim, teremos uma melhor resposta. Não vamos levar só a sensação de segurança, mas uma segurança efetiva para a população dos bairros e para quem frequenta o Centro”, destaca o secretário. Bertoni reitera que, para definição desses pontos, é feita uma avaliação técnica junto a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Consep, órgãos ligados ao setor de Segurança, aonde é considerado o aglomerado de pessoas, a força do comércio, as vias de acesso aos bairros e também pontos que apresentam como regiões problemáticas a violência e a criminalidade, de acordo com levantamento da equipe do 37° Batalhão da Polícia Militar. “O setor Norte, por exemplo, já tem esse tipo de equipamento e receberá mais câmeras de videomonitoramento. Vamos fortalecer aquela região de comércio situada ao longo da avenida Washington Barcelos e estamos definindo também a melhor colocação para reforçar principalmente o bairro Bom Jesus e adjacências. Também vamos levar mais câmeras, por exemplo, para o bairro Santo Antônio, no setor Leste. Vamos instalar um outro equipamento nas proximidades do 37° Batalhão da Polícia Militar, de maneira que contemple o Batalhão, o Presídio e a APAC”, afirma o secretário. “O setor Oeste também receberá as câmeras e estaremos atentos ao movimento que se tem do Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá), da Unisa e empresas. Elas serão monitoradas pela câmera como, por exemplo, o CDA do Zema. Esse local é uma via de passagem pela cidade muito importante e que precisa ser observada. Em linhas gerais, toda a cidade será contemplada dentro dos critérios já mencionados”, observa.



sexta-feira, 9 de junho de 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAXÁ INFORMA:





MESTRE ERNESTO ROSA - O CONTADOR DE HISTÓRIAS:




Historiador Ernesto Rosa, faz palestra em Patrocínio, sobre a ‘Formação do Sertão da Farinha Podre’

O SEBRAE e o Edulcafé, café de exportação de Patrocínio, patrocinaram a ida do historiador Ernesto Rosa a Patrocínio para falar sobre a formação da região do Triângulo e Alto Paranaíba. A palestra foi no auditório da Cafeteria do Cerrado. Na primeira parte do importante evento, que foi no sábado passado, Ernesto falou sobre a história da região, em seguida, seguiram-se os debates. Houve muitas perguntas que mostravam as ligações históricas entre Araxá e Patrocínio, cidades irmãs que construíram a história da região. Terminados os debates foi a hora da grande fila de autógrafos. O evento continuou com músicas, danças e violas. Foi uma importante tarde cultural em Patrocínio. O professor Ernesto Rosa, também é um dos conceiutados articulistas do JORNAL INTERAÇÃO e da REVISTA ARAXÁ.

LANÇANDO LIVRO EM ARAXÁ:



Afonso Borges lança livro de contos na livraria Nobel, em Araxá amanhã
                                                                             
                                                                              O mineiro Afonso Borges lança seu primeiro livro de contos “Olhos de Carvão”, pela editora Record. Criador do projeto Sempre Um Papo, que há 31 anos promove o encontro de escritores com o público para falar de suas obras, em 112 páginas, ele lança mão dessa larga experiência na literatura para trazer à tona pequenos contos fictícios, que trazem situações e lugares variados. Autor de três livros de poesia e um infantil, a linguagem poética é que dá unidade aos textos. Como se pode ler nos depoimentos de Alberto Mussa, Lya Luft, Ruy Castro, Mary Del Priore e Sérgio Abranches, Afonso Borges descobriu um estilo próprio, mesmo dedicando-se uma vida toda a livros e histórias de amigos escritores. 

O lançamento, com a presença do autor será nas seguintes cidades e datas:

10/6 - 18h - Araxá/MG - Livraria Nobel - R. Dom Jose Gaspar, 267, Centro. Logo após, às 19h30, ele faz mediação do debate com André Trigueiro, no Teatro Municipal, pelo projeto Sempre Um Papo.

19/6 - 19h - BH - Mercado Distrital do Cruzeiro - rua Opala S/N, Cruzeiro

20/6 - 19h - SP - Blooks SP - Shopping Frei Caneca, 569, 3 piso, Consolação

21/6 - 19h - RJ - Blooks RJ - Espaço Itaú de Cinema, Praia de Botafogo,  Botafogo

22/6 - DF - Restaurante Carpe Diem - SCLS 104, bloco D, loja 01, Asa Sul, Brasília


Sobre o autor

Afonso Borges é escritor, produtor cultural, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1962. É o responsável pela criação e curadoria do Festival Literário de Araxá - Fliaraxá - realizado, anualmente, desde 2012, no município mineiro. Desde 1986, dirige os trabalhos da AB Comunicação e Cultura, sendo o responsável pela criação, coordenação e desenvolvimento do “Sempre Um Papo. Trata-se de um dos projetos mais respeitados de incentivo ao hábito da leitura do Brasil, que promove a difusão do livro e seu autor. Já atuou em mais de trinta cidades de oito estados brasileiros, além de ter sido realizado durante um ano na Casa de América, em Madri, Espanha. Sob o comando de Afonso Borges, são mais de 6.000 eventos, com um público presente estimado em 1,7 milhão de pessoas. 

Afonso Borges faz colunas diárias de rádio há 11 anos, no programa “Mondolivro”, no ar, atualmente, pela Rádio Bandnews Fm. É colunista do portal “O Globo”. Em 2012, foi curador da Bienal do Livro de Minas Gerais. Escreve em jornais desde os 16 anos e já trabalhou, alternando  funções de colaborador, repórter e editor, em diversos jornais e  revistas. Colaborou, como jornalista e pesquisador, nos livros “Chatô – O Rei do Brasil” (Companhia das Letras), de Fernando Morais,  “O Desatino da Rapaziada – Jornalistas e Escritores em Minas Gerais” (Companhia das Letras), de Humberto Werneck.

Afonso Borges possui cinco livros publicados: o infantil “O Menino, o Assovio e a Encruzilhada”  (SESC Editora, 2016); “Retrato de Época” (poemas, 1980), “Bandeiras no Varal” (poema-plaquete, 1983), “Sinal de Contradição – Conversas com Frei Betto” (Ed. Espaço & Tempo, Rio de Janeiro, 1988), publicado também na Suíça (”Zeichen des Widespruchs”/Edition Exodus, Fribourg/1989) e na Argentina, e “Profecia das Minas” (poemas, 1993).


Orelha - “Olhos de Carvão”  - Por Alberto Mussa

É célebre o verso de Noel Rosa que diz “ninguém aprende samba no colégio”. E eu me arrisco a acrescentar: nem samba, nem literatura. 
Literatura é sobretudo vivência. Só depois de um profundo mergulho em livros é que se pode esperar a emersão de um autor, em poesia ou prosa. Escritor é apenas o leitor que escreve.
Afirmo isso a propósito da grata surpresa que foi ler os originais deste Olhos de carvão, de Afonso Borges, este grande amigo das letras brasileiras.
Poeta, com três volumes publicados, Afonso estreia pronto na ficção, demonstrando raro domínio do ofício de prosador. A construção ou depuração desse talento não se deve a nenhum colégio; não há nele nenhum ranço de academismos e modismos teóricos; não se encontra nada que sugira a preocupação de acompanhar a corrente.
O que se percebe em Afonso Borges é, primeiro, uma amplíssima bagagem literária; um convívio longo, íntimo e intenso com a arte narrativa. Seus pequenos contos passam por muitos lugares e exploram situações variadas. Não há um tema comum: o que lhes dá unidade é a persistência de um mesmo tom, e um mesmo ritmo. Posso dizer numa só frase: há um estilo aqui — que me parece único na literatura brasileira.
A linguagem, sempre poética, resvalando do plano real para o simbólico, dá aura singular à abordagem do assunto, que muitas vezes não passa de um flagrante, mais próximo da crônica que do conto tradicional. Outro trunfo de Afonso é saber mesclar linhas narrativas, alternando tempo ou espaço — técnica muito difícil de executar em dimensão tão curta, que se assemelha aos dribles do futebol de salão.
O leitor certamente encontrará outros méritos neste Olhos de carvão, porque se trata de algo muito original, obra de um autor que — por sua vasta cultura — soube encontrar a sua própria voz.

Depoimentos sobre “Olhos de Carvão”: 

“De onde Afonso Borges tirou essas histórias? 
Em que camadas invisíveis da realidade, secretas quartas dimensões ou sei lá o quê, elas se escondiam? Será que estavam acontecendo sob as nossas barbas, numa espécie de zona fantasma, sem que as percebêssemos?
Seja como for, só Afonso Borges poderia contá-las. Só ele tem a chave desse universo paralelo, em que homens e mulheres vivem histórias que parecem  acontecer numa suspensão química.
Mas, agora, solucionadas e reunidas em Olhos de carvão, todos nós poderemos palmilhar esse universo e, ao fim dele, descobrir um escritor.”  (Ruy Castro)

Um gênero tão difícil, tão ingrato. Mas não para Afonso Borges, que os abraçou com paixão e conseguiu criar algo novo: um estilo. E estilo marcado por um ritmo - quase cardíaco - que vai dos títulos à formulação das frases e dos parágrafos. Ritmo cuja repetição revela o domínio técnico do autor, reage a impessoalidade dos congêneres e faz da pontuação uma marca. Leem-se seus contos numa batida que é caminhada e música.  (Mary delPriore)

Como tantas vezes, com seu livro "Olhos de Carvão" Afonso Borges me surpreendeu. Como me surpreendeu trinta anos ou mais atrás ao apresentar seu projeto de reunir escritores e leitores. Lygia Fagundes, Nélida e eu e mais alguns nos comovemos e colaboramos apostando sem muito acreditar naquele menino mineiro idealista: resultou no belíssimo "Sempre Um Papo" que hoje nos prestigia.
Assim me surpreende com os excelentes contos de "Olhos de Carvão", bem escritos, bem tramados, encantadores e instigantes.  (Lya Luft)

Afonso Borges vive na literatura. Não sei se vive da literatura. Coleciona escritores e livros e transforma, ambos, em amigos íntimos. Afonso tem um papo manso, de mineiro, que transferiu para a mais aconchegante das for- mas de entrevistar autores, desde os desinibidos e confiantes aos tímidos e ensimesmados. Era apenas natural que Afonso escrevesse e que, na escrita, fosse breve como suas frases, mas com a densidade de sua vivência literária. Seus contos abrigam poesia, como breves epifanias: “aura índigo”, “misto de calma e pânico”, “os olhos de carvão”, “um nó, absoluto e impossível”, “túneis escuros de esperança e ódio”, “o olhar triste do mundo”. Tem linguagem própria, autêntica, inclusive nas referências a outros autores. Os contos começam cotidianos, como um caso mineiro, desses que se con-ta ao pé do fogo, com uma pinga boa rodando a roda. Mas não terminam cotidianamente. Como em todo bom conto, irrompe ora o inesperado, ora o apenas insinuado, um toque de mistério ou uma pitada de absurdo. Não raro o puro absurdo do cotidiano de nossos tempos. Afonso Borges é da linhagem dos contistas econômicos nas palavras. Autor de contos curtos e densos, que começam pequenos e terminam metafísicos. 
O conto é um gênero nobre da literatura, tratado com desprezo pela maioria dos editores no Brasil. Praticamente todos os grandes autores, em todos os tempos e lugares, foram exímios contistas: Machado, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Joyce, Hemingway, Tolstoi, Dostoyevski, DorisLessing, Virginia Woolf e cada um pode adicionar os autores de sua predileção. O Brasil, e Minas Gerais em particular, têm uma preciosa tradição no conto, basta lembrar Murilo Rubião, que só escreveu contos, Rubens Fonseca, SérgioSant’anna, Luiz Vilela, Lúcio Cardoso, Ivan Ângelo. Era natural que Afonso, colecionador de amigos escritores e livros, entrasse para a confraria dos contos. (Sergio Abranches)