quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Vinhos, azeites, cafés e queijos atraem turistas para diferentes regiões de Minas
Minas Gerais foi eleito como um dos destinos mais acolhedores do mundo de acordo com o ranking global do Traveller Review Awards 2021. Essa é a primeira vez que locais brasileiros estão na lista dos "dez mais". A hospitalidade dos mineiros, as riquezas históricas, as belezas naturais e as comidas típicas estão alçando voos internacionais. Nesse sentido, os incentivos do Governo de Minas à pesquisa agropecuária são fundamentais.
Vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), por exemplo, colabora para alavancar o setor, gerando tecnologias para impulsionar o mercado de produtos tipicamente mineiros e torná-los cada vez mais conhecidos. Vinhos, azeites, cafés e queijos premiados em concursos fora do país são atrativos para turistas em várias regiões.
Vinhos
Quando se trata de turismo do vinho, ou do enoturismo, o destaque vai para municípios do Sul de Minas e da região da Mantiqueira. A partir de pesquisas da Epamig, a tecnologia da dupla poda foi implantada em uma série de cidades e, hoje, é possível produzir vinhos finos de inverno, atrair visitantes e proporcionar experiências gastroturísticas encantadoras. A pequena Andradas, situada na microrregião de Poços de Caldas, já colhe bons resultados.
A Casa Geraldo é um exemplo de vinícola que possibilita ao turista conhecer as estruturas da propriedade, passear pelos vinhedos, experimentar vinhos premiados e aprender mais sobre técnicas de degustação da bebida. O sócio-proprietário, Luiz Henrique Marcon, lembra que, antes da pandemia, o espaço recebia cerca de mil visitantes por semana.
"A ideia é fazer com que nosso complexo promova a marca e que a gente consiga agregar mais valor aos nossos produtos. O enoturismo é muito importante porque ganhamos com a produção dos vinhedos e também vendemos a experiência com a viticultura", destaca.
O fundador da vinícola Stella Valentino, José Procópio Stella, também situada em Andradas, chama atenção para o fator impulsionador que o enoturismo causa em outras cadeias produtivas do município. Para ele, o vinho atua como um 'chamariz' que beneficia redes hoteleiras, restaurantes, artesãos e demais indústrias locais.
"O vinho, por natureza, é um produto que chama turistas. Isso ocorre no mundo inteiro. Em Minas Gerais não é diferente, principalmente depois que começamos a produzir vinhos finos com o auxílio das tecnologias da Epamig. Creio que temos potencial para produzir vinhos em praticamente todo o estado, não só na Mantiqueira", enfatiza.
Azeites
Em 2008, a Epamig foi a responsável pela extração do primeiro azeite extravirgem brasileiro. O feito ocorreu no pequeno município de Maria da Fé, na Mantiqueira, e hoje a região conta com cerca de 200 olivicultores e 60 marcas de azeites destaques em circuitos gastronômicos, detentoras de prêmios nacionais e internacionais.
O azeite também embala roteiros e desperta a curiosidade de turistas na região. Segundo o pesquisador da Epamig em olivicultura, Pedro Moura, grande parte dos produtores locais está focado no gastroturismo. O modelo de negócio consiste em equipar as propriedades para proporcionar aos turistas imersões completas na produção do azeite.
Em Poços de Caldas, o empresário Moacir Carvalho Dias administra a fazenda Irarema, que tem a maior parte de seus ganhos financeiros em decorrência do gastroturismo. O empreendimento é familiar e inclui restaurante, cafeteria e visitas à propriedade, fundada em 1870.
De acordo com Dias, a fazenda recebe, em média, 500 visitantes por final de semana, mas o número chega a dobrar em feriados prolongados. Ele conta que dificilmente o empreendimento sobreviveria apenas com a venda de azeites em lojas e supermercados. A possibilidade de atrair visitantes maximiza os lucros, diversifica as fontes de renda e gera valor agregado ao produto final.
"O que mais chama atenção dos turistas durante as visitas é o conjunto da obra. A gente faz um 'tour' didático por todo ciclo de produção do azeite: explicamos as etapas, mostramos como é fabricado, promovemos degustações, ensinamos como detectar azeites adulterados e instruímos o turista a sempre comprar azeites brasileiros”, explica.
Café
Minas é o maior produtor de café do Brasil e possui o título de melhor café do mundo conquistado no Cup of Excellence, principal concurso internacional de qualidade da bebida. Em novembro de 2020, o grão produzido com a cultivar Paraíso H419 da Epamig, no município de Coromandel, alcançou o 1° lugar na 8ª edição do Prêmio Região do Cerrado. A saca com 60 quilos foi leiloada por R$ 20.717,00.
O reconhecimento concedido aos cafés mineiros desperta a atenção de turistas. Para a Q-Grader, Larissa Fassio, o gastroturismo do café tem o poder de transformar as pessoas por meio de estímulos dos sentidos. De acordo com a especialista, o entendimento além dos sabores presentes na xícara promove a valorização do trabalho e do empenho dos produtores.
"Caminhar por cafezais desperta o sentimento de pertencimento, de envolvimento com o processo produtivo como um todo. Faz com que o turista tenha mais consciência na hora de consumir o café. Como consequência, ele valoriza mais o grão e propaga a cultura. Tudo se liga, se encaixa e transforma para melhorar a vida das pessoas", reforça.
No Sul de Minas, principal região produtora do grão, um percurso de 35 quilômetros compõe a Rota do Café. O trajeto compreende os municípios de Carmo de Minas e São Lourenço e proporciona aos turistas uma experiência única em fazendas centenárias. Já em Patrocínio, maior município produtor de café de Minas e do Brasil, os turistas têm a possibilidade de visitar uma série de propriedades.
Queijo
Minas Gerais possui a mais antiga escola de laticínios do país, o Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), da Epamig. Fundado em 1935, ele contribui para a indústria brasileira de produtos lácteos com pesquisas, difusão de tecnologias e cursos técnicos e de capacitação. A empresa também mantém o Centro de Pesquisa e Treinamento em Queijos Artesanais em São João del-Rei, que dá suporte à cadeia produtiva de queijos de leite cru.
O produtor de queijos da Serra da Canastra, Rafael Soares, recebe turistas em sua propriedade e exibe, com orgulho, todo o processo de confecção de queijos, desde a ordenha até a comercialização em queijaria própria. "Ao atrair uma pessoa interessada em conhecer todo o processo produtivo de um queijo mineiro, eu consigo agregar valor ao meu produto final e não preciso passar por atravessadores que reduzem minha margem de lucro", observa.
Além da Serra da Canastra, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) reconhece como regiões produtoras de Queijos Minas Artesanais (QMA): Araxá, Campos das Vertentes, Cerrado, Mantiqueira de Minas, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.
Minas também possui regiões produtoras de Queijos Artesanais Mineiros (QAM) reconhecidas pelo IMA: Alagoa (Queijo Artesanal de Alagoa), Mantiqueira de Minas (Queijo Artesanal Mantiqueira de Minas), Serra Geral, Vale do Jequitinhonha (Queijo cabacinha) e Vale do Suaçuí (Queijo Artesanal do Vale do Suaçuí).
Essas manchas não são sujeira, são acantose nigricante; saiba as causas e o tratamento
Quem vê as imagens acima talvez acredite que as pessoas fotografadas precisam de mais bucha e sabão, mas a questão é outra, não tem a ver com higiene. Trata-se de acantose nigricante (ou acantose nigricans), um escurecimento da pele que afeta geralmente quem tem resistência à insulina. Demorou para que a estudante de psicologia e criadora de conteúdo digital Camila Cruz descobrisse que eram acantose as lesões que começaram a aparecer quando ela tinha 13 anos. “Eu entendia que aquilo era uma coisa relacionada ao sol. Quem notou que a mancha permanecia foi minha mãe, tanto que muitas vezes ela achava que eu não tomava banho direito.”
Sugestões de receitas caseiras – um perigo – não faltaram. “Molhar o pescoço, passar sabão e deixar e depois vir com a unha para remover. Esse foi um dos métodos mais agressivos, porque chegava a machucar e eu percebia que não funcionava. Também me indicaram passar limão com água oxigenada.” É claro, não resolveram.
A mãe chegou a levá-la a um dermatologista, mas o médico não percebeu que era acantose nigricante e receitou um creme para clarear manchas de sol. A estudante voltou a procurar um profissional da saúde no início do ano passado, quando foi a um clínico geral após perceber que as manchas estavam maiores.
O que é acantose nigricante?
“É um escurecimento e espessamento da pele que pode acometer principalmente regiões de dobras, como pescoço, cotovelos, axilas e virilha e pode acometer também as costas. Em geral, ela é um sintoma de resistência insulínica, que acomete principalmente pessoas com diabetes, pré-diabetes, sobrepeso ou obesidade”, explica o dermatologista Lucas Miranda.
O tratamento
Miranda afirma que é importante tratar a causa da acantose nigricante, identificando se o paciente tem algum dos problemas de saúde acima. Foi o que ocorreu com Camila. Quando ela buscou a ajuda de um clínico geral e falou sobre as manchas, recebeu pedidos de exame. Batata: “Foi identificado que eu estava com resistência à insulina.”
Ela, então, iniciou um tratamento para diminuir o excesso de açúcar no sangue, com dieta, medicamento e exercícios físicos. “Fui perdendo medidas, fiquei 30 dias sem consumir açúcar e percebi que as manchas estavam quase desaparecendo. Continuei monitorando a alimentação e fazendo atividades físicas.”
Camila perdeu 8 kg e, além das medidas, viu as manchas diminuírem. “Na região da barriga e entre os seios, que é onde eu tinha muitas manchas escuras, praticamente não tem mais. As que permanecem mais nítidas, mas menos do que antes, é no pescoço e nas axilas.”
O dermatologista afirma, porém, que quando não se descobre o que provoca a acantose ou quando a causa já foi solucionada mas as manchas permanecem, há outras alternativas. “Alguns tratamentos podem ser tentados, como cremes com alguns ácidos e clareadores, peelings e lasers, mas é muito importante para o sucesso do tratamento a correção da causa”, ressalta.
Autoestima
Camila conta que passou por uma fase de abalo na autoestima devido à acantose. “Eu cheguei um certo tempo a não usar biquíni e camiseta. Chega um tempo que você fica obsessiva para eliminar a mancha. E hoje, que eu sei a real causa do meu problema, consigo lidar melhor com a questão. Foi uma construção diária.”
Lucas Miranda faz uma observação importante em relação às manchas, diante olhares preconceituosos contra quem tem as manchas. “A lesão de pele em si não gera consequência física, mas é uma questão que gera muito desconforto social, pois as pessoas olham com estranheza. Existe um certo estigma com pessoas que possuem acantose nigrigante. Muitas vezes essas lesões são confundidas com sujeira, má higiene. É muito importante a gente alertar que isso não é contagioso e não é má higiene”.
Prefeitura de Araxá atende solicitação de pacientes da Associação de Câncer
Uma simples medida, mas que vai tornar menos difícil as viagens diárias dos pacientes que fazem tratamento de câncer em Barretos (SP). A diretoria da Associação de Amparo às Pessoas com Câncer de Araxá (Ampara) solicitou ao prefeito Robson Magela a mudança de rota do ônibus que faz o transporte dos araxenses atendidos no Hospital de Amor. A alteração do trajeto, que trará menos desgaste aos pacientes, já aconteceu nesta quarta-feira (3). O encontro também contou com a presença do presidente da Câmara Municipal Araxá, Raphael Rios.
O presidente da Ampara, José Humberto, aproveitou a oportunidade e apresentou outras demandas da instituição que atende cerca de 300 pessoas. “Hoje, o prefeito me contou da mudança de rota e todos estamos muito emocionados com essa notícia. É uma solicitação simples, que fazemos há anos, e que fomos atendidos tão rapidamente. Ter esse canal, esse diálogo aberto com o prefeito, deixa todos nós muito esperançosos em oferecer condições mais dignas aos pacientes. ”
De acordo com o prefeito, a Administração Municipal vai disponibilizar toda estrutura possível para tornar menos sofrido o tratamento de pacientes fora de Araxá.
“Nosso objetivo é oferecer o tratamento de câncer na nossa cidade. Esse é o projeto que vamos tentar viabilizar. Enquanto isso não for uma realidade, vamos oferecer todo o apoio às instituições que oferecem esse serviço de saúde em Araxá. Precisamos ter, no mínimo, um local com estrutura adequada para receber essas pessoas”, destaca Robson.
Araxá inicia segunda etapa da vacinação de profissionais da saúde
A vacinação dos profissionais da saúde foi retomada em Araxá nesta quarta-feira (3). O município recebeu 1.600 doses referentes ao segundo lote dos imunizantes encaminhadas pelo Governo do Estado no início desta semana.
O objetivo é vacinar todos os profissionais da rede pública e privada que atendem casos suspeitos e confirmados de coronavírus e fazem parte da primeira fase de vacinação definida pelo Ministério da Saúde.
A Prefeitura de Araxá iniciará também a aplicação das 749 vacinas que estavam reservadas para aplicação da segunda dose dos idosos que moram em instituições de longa permanência e profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate ao Covid-19.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o próximo lote de vacinas priorizará a imunização de idosos, conforme o Plano de Vacinação.