quinta-feira, 11 de março de 2021
Conheça 12 doenças que não podem ficar sem tratamento médico
Cronograma Tapa-Buracos / Limpeza e Capina / Iluminação Pública - 11/03/2
Iluminação pública (continuação)
- Centro
- Distrito Industrial
- Pão de Açúcar
Tapa-buracos
- Av. Imbiara - Centro
- Av. Washington Barcelos - Urciano Lemos
- Av. Tancredo Neves - Setor Sul
- Av. Prefeito Aracely de Paula - Região Central
- R. Frederico Ozanan - Novo Santo Antônio
Limpeza e capina
- Av. Cassiano de Paula Nascimento - Santo Antônio
- Av. Imbiara - Centro
- Av. Danilo Cunha - Setor Norte
- Av. Rosalvo Santos - Setor Norte
- Bairro Max Neumann
Um ano de Covid: cirurgias oncológicas não podem esperar
Completamos um ano de Covid no Brasil. Um ano de medidas de isolamento social e mudanças drásticas nas rotinas de todos a fim de tentar conter uma pandemia mundial, que já vitimou mais de 250 mil pessoas só no Brasil.
Infelizmente, nem todos os setores puderam interromper os seus serviços neste período. Não havia, e ainda não há previsão para o fim desta situação, e diversos pacientes não podem esperar.
Diante deste cenário, profissionais e diversos setores da saúde trabalharam para se adaptar, criando protocolos seguros e garantindo a continuidade do atendimento a estes pacientes.
“Os pacientes oncológicos foram um dos grupos incluídos nos atendimentos que rapidamente tiveram que ser reestabelecidos. Especialmente aqueles com tumores mais agressivos, ou já com seus tratamentos em andamento”, explica o cirurgião geral e oncológico Dr. Arnaldo Urbano Ruiz.
Um destes casos é a carcinomatose peritoneal, que é a disseminação de um câncer pela cavidade abdominal, avalia o especialista.
“A doença sai de seu órgão de origem e se espalha pelo peritônio, membrana de revestimento interno do abdome.”
A carcinomatose pode se originar em órgãos como ovário, apêndice, intestino grosso (colón), reto, pâncreas, estômago, mama e primariamente do peritônio.
Antigamente não havia qualquer expectativa de cura para o paciente com carcinomatose peritoneal, que levava à morte em decorrência de complicações, como a obstrução intestinal.
Alta complexidade
“A cirurgia para a carcinomatose é extremamente agressiva e de alta complexidade, comparada a transplantes de órgãos. No procedimento, busca-se retirar toda a doença, o que pode levar muitas horas. O paciente passa alguns dias na UTI e depois segue internado por mais algum tempo até a alta hospitalar”, revela Dr. Arnaldo.
Atualmente, o procedimento é realizado em alas especialmente isoladas dos hospitais, mantendo paciente e profissionais envolvidos no procedimento protegidos. Este é mais um dos motivos para que a cirurgia só deva ser realizada em centros com experiência neste procedimento, com uma equipe multidisciplinar especialmente treinada para estas situações.
Além de UTI e centro cirúrgico devidamente equipados, são necessários, na equipe, cirurgiões, cardiologistas, clínicos, instrumentadores, anestesiologistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos preparados e habilitados para cuidar destes pacientes.
Estrabismo pode ser tratado com toxina botulínica?
Famosa hoje pelo seu uso estético, a substância foi usada pela primeira vez para tratar o estrabismo, em 1983.
Poucas pessoas sabem, mas a toxina botulínica foi descoberta em 1822 pelo médico alemão Dr. Justinus Kerner. Na época, ele identificou que a salsicha continha um veneno que causava uma espécie de gastroenterite, depois chamada de botulismo. Botulus, em latim, significa salsicha.
Mas, foi apenas em 1983 que o médico oftalmologista americano Alan B. Scott iniciou a aplicação da toxina botulínica como uma terapia alternativa para tratar o estrabismo, sem necessidade de cirurgia. A substância provoca um relaxamento dos músculos, bloqueando a atividade motora involuntária.
Vantagens ou desvantagens?
Segundo Dra. Marcela Barreira, Oftalmopediatra e Especialista em Estrabismo, embora seja uma ótima alternativa e um recurso adicional no tratamento dos desvios oculares, a toxina botulínica tem algumas desvantagens.
“Em alguns pacientes, o resultado pode não ser tão eficaz. Isso porque podem acontecer algumas situações, como a necessidade de nova aplicação ou até mesmo a falta de resposta do organismo à toxina”, explica a médica.
“Hoje em dia, o principal uso da toxina botulínica é no estrabismo paralitico, ou seja, naquele desvio adquirido por uma paralisia do músculo, principalmente no músculo reto lateral”, diz Dra. Marcela.
Ela conta ainda que outros estrabismos também podem se beneficiar da toxina botulínica, como os estrabismos convergentes (olho para dentro) de pequeno e médio ângulos.
A toxina botulínica pode ser usada em todos os tipos de estrabismo?
De acordo com a médica, pode. Mas, os estudos feitos demonstram uma resposta muito menos satisfatória em relação ao alinhamento dos olhos quando a toxina é aplicada em estrabismos de grande ângulo.
“Esses casos, normalmente, exigem mais aplicações para tentar se obter um bom resultado. E quando estamos falando de uma criança, múltiplas aplicações requerem múltiplas anestesias gerais e ainda assim não é possível garantir que a criança não precisará de cirurgia depois dessas aplicações”, afirma Dra. Marcela.
“É por esse motivo que em estrabismos convergentes, de médio e grande ângulo, a cirurgia é a primeira escolha, pois o resultado é mais confiável e seguro. Em desvios pequenos, por outro lado, sua utilização é extremamente bem difundida e os resultados são excelentes, tanto para crianças quanto para adultos. Em desvios verticais pequenos, sua utilização também tem bons resultados”.
Segundo Dra. Marcela, nos desvios divergentes (olhinho para fora) a utilização da toxina botulínica é bem menos frequente, porque o efeito no músculo reto lateral (músculo que puxa o olhinho para fora) é pior (não se sabe o motivo dessa pior resposta nesses músculos). Portanto, nesses casos, a melhor opção ainda é a cirurgia.
Cada caso de estrabismo deve ser avaliado individualmente para determinar qual é o melhor tratamento, sendo o médico especialista em Estrabismo o profissional mais bem preparado e capacitado para realizar o diagnóstico e o tratamento desta condição ocular.