Famosa hoje pelo seu uso estético, a substância foi usada pela primeira vez para tratar o estrabismo, em 1983.
São Paulo, 09 de março de 2021 – Sim! A toxina botulinica pode ser usada para tratar o estrabismo!
Poucas pessoas sabem, mas a toxina botulínica foi descoberta em 1822 pelo médico alemão Dr. Justinus Kerner. Na época, ele identificou que a salsicha continha um veneno que causava uma espécie de gastroenterite, depois chamada de botulismo. Botulus, em latim, significa salsicha.
Mas, foi apenas em 1983 que o médico oftalmologista americano Alan B. Scott iniciou a aplicação da toxina botulínica como uma terapia alternativa para tratar o estrabismo, sem necessidade de cirurgia. A substância provoca um relaxamento dos músculos, bloqueando a atividade motora involuntária.
Vantagens ou desvantagens?
Segundo Dra. Marcela Barreira, Oftalmopediatra e Especialista em Estrabismo, embora seja uma ótima alternativa e um recurso adicional no tratamento dos desvios oculares, a toxina botulínica tem algumas desvantagens.
“Em alguns pacientes, o resultado pode não ser tão eficaz. Isso porque podem acontecer algumas situações, como a necessidade de nova aplicação ou até mesmo a falta de resposta do organismo à toxina”, explica a médica.
“Hoje em dia, o principal uso da toxina botulínica é no estrabismo paralitico, ou seja, naquele desvio adquirido por uma paralisia do músculo, principalmente no músculo reto lateral”, diz Dra. Marcela.
Ela conta ainda que outros estrabismos também podem se beneficiar da toxina botulínica, como os estrabismos convergentes (olho para dentro) de pequeno e médio ângulos.
A toxina botulínica pode ser usada em todos os tipos de estrabismo?
De acordo com a médica, pode. Mas, os estudos feitos demonstram uma resposta muito menos satisfatória em relação ao alinhamento dos olhos quando a toxina é aplicada em estrabismos de grande ângulo.
“Esses casos, normalmente, exigem mais aplicações para tentar se obter um bom resultado. E quando estamos falando de uma criança, múltiplas aplicações requerem múltiplas anestesias gerais e ainda assim não é possível garantir que a criança não precisará de cirurgia depois dessas aplicações”, afirma Dra. Marcela.
“É por esse motivo que em estrabismos convergentes, de médio e grande ângulo, a cirurgia é a primeira escolha, pois o resultado é mais confiável e seguro. Em desvios pequenos, por outro lado, sua utilização é extremamente bem difundida e os resultados são excelentes, tanto para crianças quanto para adultos. Em desvios verticais pequenos, sua utilização também tem bons resultados”.
Segundo Dra. Marcela, nos desvios divergentes (olhinho para fora) a utilização da toxina botulínica é bem menos frequente, porque o efeito no músculo reto lateral (músculo que puxa o olhinho para fora) é pior (não se sabe o motivo dessa pior resposta nesses músculos). Portanto, nesses casos, a melhor opção ainda é a cirurgia.
Cada caso de estrabismo deve ser avaliado individualmente para determinar qual é o melhor tratamento, sendo o médico especialista em Estrabismo o profissional mais bem preparado e capacitado para realizar o diagnóstico e o tratamento desta condição ocular.
Poucas pessoas sabem, mas a toxina botulínica foi descoberta em 1822 pelo médico alemão Dr. Justinus Kerner. Na época, ele identificou que a salsicha continha um veneno que causava uma espécie de gastroenterite, depois chamada de botulismo. Botulus, em latim, significa salsicha.
Mas, foi apenas em 1983 que o médico oftalmologista americano Alan B. Scott iniciou a aplicação da toxina botulínica como uma terapia alternativa para tratar o estrabismo, sem necessidade de cirurgia. A substância provoca um relaxamento dos músculos, bloqueando a atividade motora involuntária.
Vantagens ou desvantagens?
Segundo Dra. Marcela Barreira, Oftalmopediatra e Especialista em Estrabismo, embora seja uma ótima alternativa e um recurso adicional no tratamento dos desvios oculares, a toxina botulínica tem algumas desvantagens.
“Em alguns pacientes, o resultado pode não ser tão eficaz. Isso porque podem acontecer algumas situações, como a necessidade de nova aplicação ou até mesmo a falta de resposta do organismo à toxina”, explica a médica.
“Hoje em dia, o principal uso da toxina botulínica é no estrabismo paralitico, ou seja, naquele desvio adquirido por uma paralisia do músculo, principalmente no músculo reto lateral”, diz Dra. Marcela.
Ela conta ainda que outros estrabismos também podem se beneficiar da toxina botulínica, como os estrabismos convergentes (olho para dentro) de pequeno e médio ângulos.
A toxina botulínica pode ser usada em todos os tipos de estrabismo?
De acordo com a médica, pode. Mas, os estudos feitos demonstram uma resposta muito menos satisfatória em relação ao alinhamento dos olhos quando a toxina é aplicada em estrabismos de grande ângulo.
“Esses casos, normalmente, exigem mais aplicações para tentar se obter um bom resultado. E quando estamos falando de uma criança, múltiplas aplicações requerem múltiplas anestesias gerais e ainda assim não é possível garantir que a criança não precisará de cirurgia depois dessas aplicações”, afirma Dra. Marcela.
“É por esse motivo que em estrabismos convergentes, de médio e grande ângulo, a cirurgia é a primeira escolha, pois o resultado é mais confiável e seguro. Em desvios pequenos, por outro lado, sua utilização é extremamente bem difundida e os resultados são excelentes, tanto para crianças quanto para adultos. Em desvios verticais pequenos, sua utilização também tem bons resultados”.
Segundo Dra. Marcela, nos desvios divergentes (olhinho para fora) a utilização da toxina botulínica é bem menos frequente, porque o efeito no músculo reto lateral (músculo que puxa o olhinho para fora) é pior (não se sabe o motivo dessa pior resposta nesses músculos). Portanto, nesses casos, a melhor opção ainda é a cirurgia.
Cada caso de estrabismo deve ser avaliado individualmente para determinar qual é o melhor tratamento, sendo o médico especialista em Estrabismo o profissional mais bem preparado e capacitado para realizar o diagnóstico e o tratamento desta condição ocular.
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