A planta-piloto de pesquisa e desenvolvimento de bateiras de lítio e de supercapacitor permitirá a produção e teste de novas tecnologias de baterias de lítio utilizando materiais nacionais. Além disso, a planta-piloto de P&D tem como objetivo desmistificar a ideia de que tecnologias de ponta só podem ser produzidas ou desenvolvidas em grandes centros mundiais como América do Norte, Europa e Ásia”, afirma Marcos Berton, pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, onde a planta piloto está instalada.
Com a planta-piloto em operação, várias indústrias nacionais poderão se beneficiar, entendendo em detalhes o processo produtivo das baterias e, consequentemente, avaliarem como produzir matéria-prima nacional para a baterias de íons-lítio”, além da formação de recursos humanos qualificados, explica.
A planta-piloto permitirá desenvolver as baterias em diferentes formatos, desde a cilíndrica, tipo “pouch cell”, até a “botão” e a prismática. A planta também estará configurada e estruturada para desenvolver supercapacitores, que são dispositivos de armazenamento de energia, similares às baterias. “Vários tipos de projetos podem ser desenvolvidos na planta-piloto, mas todos com um objetivo em comum: desenvolvimento de novos materiais com tecnologia nacional”, afirma Berton.
A planta terá como parceira a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Para Robson de Souza Monteiro, especialista sênior de desenvolvimento de mercado da CBMM, a iniciativa é importante para promover a criação de ecossistema para a produção de baterias de íon-lítio no Brasil. “Objetivamos criar e alavancar um ecossistema para a produção de baterias de íons-lítio no Brasil em escala semi-piloto. A planta proporcionará o surgimento de desenvolvedores de materiais componentes – cátodos, ânodos, eletrólitos e separadores – destas baterias, dando a estes atores a oportunidade de testar os seus materiais em uma célula completa, o que catalisaria a formação da cadeia produtiva.. A médio prazo, espera-se o surgimento de empresas que possam produzir no Brasil estes componentes para a produção e a comercialização em escala industrial de baterias de íon-lítio”, analisa.
Berton corrobora: “o conhecimento da tecnologia da bateria, dos materiais que compõe o dispositivo e seu processo construtivo permitirão em curto período atrair indústrias para desenvolverem em conjunto baterias de íons lítio e supercapacitores com alto grau de nacionalização e, consequentemente, viabilizar vários projetos que hoje esbarram nos custos das baterias e supercapacitores. Além disso, ter um centro de excelência em baterias pode ser um indutor para atrair investimentos para o Brasil para a cadeia produtiva ou mesmo a fabricação de baterias de íons lítio ou supercapacitores”.
Para conhecer o ISI em Eletroquímica acesse senaipr.org.br/tecnologiaeinovacao/nossarede/eletroquimica
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