Chegamos ao 2º outono da pandemia da Covid-19 no Brasil – e quiçá um terceiro pode estar se avizinhando. Os números e seus recordes mostram as perdas para todos em variadas dimensões e intensidades, indo dos que perderam a vida (mais de 312 mil), aos enlutados na dor pela perda dos que partiram, aos sobreviventes … |
Chegamos ao 2º outono da pandemia da Covid-19 no Brasil – e quiçá um terceiro pode estar se avizinhando. Os números e seus recordes mostram as perdas para todos em variadas dimensões e intensidades, indo dos que perderam a vida (mais de 312 mil), aos enlutados na dor pela perda dos que partiram, aos sobreviventes sequelados até o sistema de saúde colapsado. Fica também visível como a Gestão Estratégica e Operacional faz falta e é extremamente necessária – principalmente para um país que sente há anos os efeitos do pífio desempenho da economia. Pena que o horizonte segue perdido no modo realista.
Partindo da premissa de que tudo começa com a gente e que precisamos estar bem para que possamos cooperar com as outras pessoas, a começar pelas que estão próximas, podemos até fazer uma analogia com a orientação dada no início de uma viagem de avião para que, em caso de despressurização da cabine, coloque primeiro a sua máscara para só depois ajudar outras pessoas. Meu ponto aqui é refletir e dar consequência ao aprendizado que pode advir dos “telecontatos” que eu, você e nós provavelmente estejamos protagonizando nesses momentos de tantas incertezas e desafios à continuidade da vida.
A pergunta padrão que tenho ouvido no início das conversas é “Como vai você na pandemia?”. Na maioria das ocasiões respondo que estou indo bem dentro do possível, observando e praticando com muita disciplina todas as determinações dos padrões sanitários vigentes. Realço que é preciso muita resiliência e que tento ser semelhante ao bambu que “enverga, mas não quebra”. Só não sei até quando. Algumas vezes respondo com a lembrança da música Sinal Fechado (1970), de Paulinho da Viola, dizendo ou cantarolando:
“Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro, e você? Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo, quem sabe quanto tempo, pois é. Quanto tempo?”.
Mas indo como, diante de tantas ameaças? É possível ter um sono tranquilo hoje, às vezes me pergunta alguém. Na verdade tenho buscado viver um dia de cada vez essencialmente em casa, mantendo uma observação e análise críticas em relação às informações e conhecimentos que surgem em diferentes meios. O que vem pela frente é um aspecto sempre levantado. Tenho dito que minha expectativa maior é pelo aumento rápido da velocidade da vacinação, para que as pessoas tenham um comportamento adequado ao momento e que os dirigentes do país em todos os níveis cumpram as suas obrigações lastreadas na verdade.
Quanto pior, pior mesmo!
Luis Borges é araxaense e engenheiro.
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